Texto: Lara Moncay
A personificação da força, do raio e o trovão, residia no maior dos palácios de Asgard, em Bilskirnir, uma grande deusa mansão com quinhentas e quarenta estâncias (o mesmo número que o das portas do Walhall) para alojar esplendidamente nelas todos as pessoas humildes após a sua morte, assegurando-lhes a felicidade eterna, em igualdade com os seus criadores e senhores, os guerreiros, para compensá-los de tudo o que na terra tinham padecido. Thor era também o defensor dos humanos perante o perigo dos gigantes do frio; tão respeitado e adorado era pela sua tutela que era considerado o segundo na ordem celestial, e a figura da sua arma, o martelo Miölnir, era também o signo que faziam os crentes para pedir a proteção divina, ao mesmo tempo em que se usava sacramentalmente essa ferramenta para bendizer o lar, para marcar com estacas as propriedades, para dar validade a um casamento ou para rematar a pira funerária. Quando da terra se ouvia o bramido da tempestade, os humanos sabiam que, por cima das suas cabeças, estava passando o carro de Thor, puxado pelas suas duas cabras de belfos de fogo, e podia ir lutar contra os gigantes gelados, o maior perigo para os nórdicos, sempre ameaçados pelo frio
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