Texto: Lara Moncay
Rainha dos Deuses
Frigga era uma deusa sensata e prudente, além da exemplar divindade tutelar do casamento e a maternidade. De Frigga, deusa e fiandeira das nuvens, se dizia que era filha de Fiorgyn, Se teve algum defeito, foi talvez o da vaidade, pois se conta que roubou um pouco do ouro destinado à estátua do seu marido para fazer um colar com ele. Mas também era uma deusa muito inteligente e soube enganar Odin quando o deus se encolerizou ao conhecer que alguém tinha subtraído o apreciado material e tratou, inutilmente, de achar o culpado de semelhante atropelo. Foi tanta a sua ira pelo desacato que abandonou Asgard durante sete meses, tempo em que o caos se apoderou do reino divino e os gigantes do gelo, os Jotuns, invadiram a terra. Mas Odin voltou e recuperou a terra para os humanos e restabeleceu a harmonia no céu, não sem ter voltado a sorrir, feliz por estar outra vez junto da sua amada esposa Frigga. Mas ainda nesse tempo em que Odin deixou o Asgard, Frigga não ficou sozinha; junto da rainha dos deuses estavam sempre: a sua irmã Fulla, símbolo da fecundidade e guarda das joias de Frigga; Hlin, a deusa que assegurava o consolo à dor dos mortais; Gna, a divina e veloz mensageira; Vara, que garantia o cumprimento dos juramentos e do castigo ao perjuro; Lofn, a padroeira do amor; Vjofn, tuteladora da paz e a concórdia; Eira, habilidade de medicina para todas a mulheres, únicos mortais que podiam praticar esta ciência entre os nórdicos; Syn, guarda do palácio de Fensalir; Gefjon, a boa padroeira dos que morriam solteiros; Vör, que sabia tudo o que acontecia no Universo; e Snotra, a representação da virtude.
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