AS DIFERENTES IDADES (Eras)
As Eras do homem são descritas por Hesíodo, em sua obra Os trabalhos e os dias, segundo ele a raça humana depois de criada teria passado por 5 eras ou idades, cada idade com uma raça correspondente. Mais tarde, o latino Ovídio aproveita tal cronologia para compor sua mais famosa obra, Metamorfoses, suprimindo apenas a "Era Heroica/dos Heróis".
Era e Raça de Ouro:
Ocorreu durante o governo de Cronos. Viveram livres de sofrimentos, paz e harmonia predominaram durante esta era. Os humanos não envelheciam, mas morriam pacificamente. A primavera era eterna e as pessoas eram alimentadas com bolotas de um grande carvalho, com frutas silvestres e mel que gotejava das árvores. A principal característica dessa era, de acordo com Hesíodo, era a de que a terra produzia comida em abundância, de modo que a agricultura era uma atividade supérflua. Esta característica também define quase todas as versões posteriores do mito. Esta era terminou quando Prometeu deu o segredo do fogo aos homens. Zeus puniu os homens, permitindo que Pandora abrisse sua caixa que originou todo o mal no mundo mortal, essa primeira raça foi transformada em gênios bons, guardiões dos mortais, chamados de Daímones Epictonicos, intermediários entre os deuses e os homens que agiam sobre a terra. Ao fim dessa idade, Astréia, deusa da justiça, abandona a Terra para não ver o sofrimento dos mortais nas próximas idades.
Era e Raça de Prata:
Zeus encurtou a primavera, criando as estações e assolando a terra com o frio e calor. Tornou-se necessário a invenção de casas e o desenvolvimento da agricultura, ocorreu também a extinção da juventude eterna. Em algumas versões essa raça viveu uma longa infância de 100 anos, mais crescendo, entregam-se a excessos e recusam-se "a oferecer culto aos imortais", após a morte, foram transformados em gênios inferiores, os chamados bem-aventurados, conhecidos como Daímones Hipoctonicos.
Era e Raça de Bronze:
Zeus cria então uma terceira raça de homens perecíveis, a raça de bronze, bem diferente da raça de prata. Violentos e fortes, com armas de bronze, eles acabaram sucumbindo nas mãos uns dos outros e foram levados para o Hades, "sem deixar nome sobre a Terra".
Era e Raça dos Heróis:
Em seguida surge a raça dos heróis, que combateram em Tebas e em Tróia, para eles Zeus reservou uma morada na Ilha dos Bem-Aventurados, onde vivem felizes, distantes dos mortais, sem contato com os vivos, alguns se tornaram deuses ao irem para o Olimpo; os heróis injustos iam para o mundo inferior, junto com os humanos normais.
Era e Raça de Ferro:
Finalmente vem o duro tempo da raça de ferro, que dura até hoje - tempos de incessantes misérias e angústias, mas quando "ainda alguns bens são misturados aos males". A essa raça aguardam dias terríveis: "o pai não mais se assemelhará ao filho, nem o filho ao pai, o hóspede não será mais caro a seu hospedeiro, nem o amigo a seu amigo, nem o irmão a seu irmão". Após a morte iam para o Hades e lá permaneciam como sombras, os considerados justos iam para os Campos Elíseos - onde ficavam 1000 anos até se apagar o que de terreno havia neles -, depois disto esqueciam toda a sua existência e segundo alguns reencarnavam e segundo outros realizavam metempsicose (reencarnar em animais) os Injustos iam para o Tártaro para toda a eternidade.
Bibliografia: Pré-Socráticos NOVA CULTURAL
DEUCALIÃO E PIRRA
O primeiro Deucalião foi um filho de Prometeu e Climene. Era casado com Pirra. Quando a fúria de Zeus foi lançada contra o holismo dos pelásgios, Zeus decidiu pôr um fim à idade do bronze com o dilúvio, mas antes, avisou o casal para que eles construíssem um barco para se salvarem do dilúvio.
História
Zeus observava espantado a humanidade, havia muitas guerras, o ódio estava instaurado. Então resolveu exterminar a espécie humana, certo de que fora o maior erro que os deuses cometeram. Os humanos não teriam direito a vida. Foi convocado o conselho dos deuses. Todos obedeceram à convocação e tomaram o caminho do palácio do céu. Esse caminho pode ser visto todas as noites claras, atravessando o céu, é chamado de Via Láctea. Ao longo dele ficam os palácios dos deuses ilustres. Dirigindo-se à assembléia, Zeus expôs as terríveis condições que reinavam na terra e anunciou que iria destruir todos os homens e criar uma nova raça que fosse mais digna de viver e que soubesse melhor cultuar os deuses. Tomou seu raio, e já ia atirar contra o mundo, destruindo-o pelo fogo, quando percebeu o perigo que um incêndio teria para os próprios deuses. Resolveu então inundar a terra.
O vento norte, que espalha as nuvens, foi encadeado; o vento sul foi solto e em breve cobriu todo o céu com escuridão profunda. As nuvens empurradas em bloco, romperam-se; correntes de chuva caíram; as plantações inundaram-se. Não satisfeito, pediu ajuda à seu irmão Posseidon. Este soltou os rios e lançou-os sobre a terra. Sacudia-a com um terremoto e lançou o refluxo do oceano sobre as praias. Rebanhos, animais, homens, casas e templos engolidos. Tudo se transformou em mar. Os peixes nadavam sobre os galhos das árvores; a âncora se prendia num jardim. De todas as montanhas, apenas o Parnaso ultrapassa as águas. Ali, Deucalião e Pirra encontraram refúgio - ele é um homem justo, e ela, uma devota fiel dos deuses. Zeus viu apenas eles haviam sobrevivido e cessou a tempestade. Posseidon retirou as águas. Deucalião dirigiu-se a Pirra e disse:
"- Ó esposa, única mulher sobrevivente, unida a mim primeiramente pelos laços do parentesco e do casamento, e agora por um perigo comum, pudéssemos nós possuir o poder de nosso antepassado Prometeu e renovar a raça, como ele fez, pela primeira vez! Como não podemos, porém, dirijamo-nos àquele templo e indaguemos dos deuses o que nos resta fazer."
Entraram em um templo coberto de lama e aproximaram-se do altar. Prostaram-se na terra e rogaram à deusa que os esclarecesse sobre a maneira de se comportar naquela situação. "- Sai do templo com a cabeça coberta e as vestes desatadas e atirai para trás os ossos de vossa mãe" - respondeu o oráculo. Pirra ficou confusa com o que o oráculo disse. Ela não poderia fazer o que ele estava pedindo. Deucalião pensou seriamente e chegou a conclusão de que se a terra era a mãe comum de todos, as pedras seriam seus ossos. Resolveram tentar. Os dois velaram o rosto, afrouxaram as vestes, apanharam as pedras e atiraram-nas para trás. As pedras amoleceram e começaram a tomar forma humana. As pedras atiradas pelas mãos do homem, tornaram-se homens; pelas mãos da mulher, tornaram-se mulheres. Era uma raça forte e bem disposta para o trabalho.
Dilúvio grego
A mitlogia grega relata a história de um grande dilúvio produzido por Poseidon, que por ordem de Zeus havia decidido pôr fim à existência humana, uma vez que estes haviam aceitado o fogo roubado por Prometeu do Monte Olimpo. Deucalião e sua esposa Pirra foram os únicos sobreviventes. Prometeu disse a seu filho Deucalião que construísse uma arca e nela introduzisse uma casal de cada animal, de forma análoga à Arca de Noé. Assim estes sobreviveram.
Ao terminar o dilúvio, a arca de Deucalião pousou sobre o Monte Parnaso, onde estava o Oráculo de Temis. Deucalião e Pirra entraram no templo, para que o oráculo lhes dissesse o que deviam fazer para voltar a povoar a Terra, e a deusa somente lhes disse:"Voltem aos ossos de suas mães" Deucalião e sua mulher adivinharam que o oráculo se referia às rochas. Destas formas, as pedras tocadas por Deucalião se converteram em homens, e as tocadas por Pirra em ninfas ou deusas menores, por que ainda não se havia criado a mulher.
Deucalião (filho de Minos)
O segundo Deucalião viveu muitas gerações depois, e governou Creta. Foi um filho de Minos e Pasífae, e aparentemente sucedeu seu irmão mais velho Catreu como rei de Creta. Este Deucalião foi o pai de Idomeneu, seu sucessor, que deixou um força cretense para a guerra de Tróia, bem como um filho bastardo chamado Môlo, pai de Meriones.
HÉRCULES (HERÁCLES):
Hércules (ou Héracles), o maior de todos os heróis gregos, era filho de Zeus e Alcmena. Alcmena era a virtuosa esposa de Anfitrião e, para seduzi-la, Zeus assumiu a forma de Anfitrião enquanto este estava ausente de casa. Quando seu marido retornou e descobriu o que tinha acontecido, ficou tão irado que construiu uma grande pira e teria queimado Alcmena viva, se Zeus não tivesse mandado nuvens para apagar o fogo, forçando assim Anfitrião a aceitar a situação. Nascido, o jovem Hércules rapidamente revelou seu potencial heroico. Enquanto ainda no berço, ele estrangulou duas serpentes que a ciumenta Hera, esposa de Zeus, tinha mandado para atacá-lo ao seu meio-irmão Íflico; enquanto ainda um menino, ele matou um leão selvagem no Monte Citéron. Na vida adulta, as aventuras de Hércules foram maiores e mais espetaculares do que as de qualquer outro herói. Por toda a antiguidade ele foi muito popular, o assunto de numerosas estórias e incontáveis obras de arte. Apesar das mais coerentes fontes literárias sobre suas façanhas datarem apenas do século III a.C., citações espalhadas por vários locais e a evidência de fontes artísticas deixam muito claro o fato que a maioria, se não todas, de suas aventuras era bem conhecida em tempos mais antigos.
Hércules (Romano)
Hércules (em latim: Hercules) era o nome em latim dado pelos antigos romanos ao herói da mitologia grega Héracles, filho de Zeus e da mortal Alcmena. As antigas fontes romanas indicam que o herói grego "importado" veio substituir um antigo pastor mitológico chamado pelos povos da Itália de Recaranus ou Garanus, e que era famoso por sua força. Enquanto o mito de Hércules incorporou muito da iconografia e da própria mitologia do personagem grego, ele também tinha um número de características e lendas que eram marcadamente romanas. (Imagem ao lado, do confronto Hércules com o Centauro Nesso).
Etimologia
O nome latino Hercules não veio diretamente do grego Herakles, mas antes é uma modificação do nome etrusco Hercle, derivado por sua vez do grego via síncope. Um juramento invocando Hércules (Hercle! ou Mehercle!) era uma interjeição comum no latim clássico.
Personagem
Nas obras de arte romanas e na arte renascentistas e pós-renascentistas que adaptou a iconografia romana, Hércules pode ser identificado por seus atributos, como a pele de leão e a clava: nos mosaicos era mostrado com a pele bronzeada, quase negra, um aspecto considerado viril. Apesar de ser um campeão e um grande guerreiro, Hércules também se utilizava de trapaças e de truques sujos a seu favor. No entanto, tornou-se renomado por ter "deixado o mundo seguro para a humanidade" ao destruir diversos monstros perigosos. Seu auto-sacrifício lhe obteve a ascensão aos reinos do Monte Olimpo, onde recebeu as boas-vindas dos deuses.
Mitos de Hércules:
Afrescos de Hércules no collegium de Herculano. Os romanos adotaram as histórias gregas sobre Héracles essencialmente inalteradas, acrescentando detalhes anedóticos próprios, alguns dos quais ligavam Hércules à geografia do Mediterrâneo Ocidental.
Na mitologia romana Aca Larência foi a amante de Hércules. Casada com Tarúcio, um rico mercador, e, quando este morreu, deu toda a fortuna que o marido lhe deixara para a caridade. Noutra versão do mito, era esposa de Fáustulo.
Na Eneida, Virgílio narra um mito sobre Hércules derrotando o monstruoso Caco, que vivia numa caverna sob o Palatino (uma das sete colinas de Roma).
Nascido, o jovem Hércules rapidamente revelou seu potencial heroico. Enquanto ainda no berço, ele estrangulou duas serpentes que a ciumenta Hera, esposa de Zeus, tinha mandado para atacá-lo ao seu meio-irmão Íflico; enquanto ainda um menino, ele matou um leão selvagem no Monte Citéron.
Venceu o Gigante Anteu, que tinha a sua força ligado a terra (sua mãe), quando Hércules suspendeu-o no ar (imagem ao lado), ele perdeu as forças e foi vencido.
Na vida adulta, as aventuras de Hércules foram maiores e mais espetaculares do que as de qualquer outro herói. Por toda a antiguidade ele foi muito popular, o assunto de numerosas estórias e incontáveis obras de arte. Apesar das mais coerentes fontes literárias sobre suas façanhas datarem apenas do século III a.C., citações espalhadas por vários locais e a evidência de fontes artísticas deixam muito claro o fato que a maioria, se não todas, de suas aventuras era bem conhecida em tempos mais antigos.
O fim de Hércules foi caracteristicamente dramático. Uma vez, quando ele e sua nova noiva Dejanira estavam atravessando um rio, o centauro Nesso ofereceu-se para transportar Dejanira, e no meio da correnteza tentou raptá-la.
Hércules matou-o com uma de suas flechas envenenadas, e ao morrer, Nesso, simulando arrependimento, incentivou Dejanira a pegar um pouco de sangue do seu ferimento e guardá-lo; se Hércules algum dia parecesse cansado dela, deveria embeber um traje no sangue e dá-lo para que ele o vestisse; após isso, ele nunca mais olharia para outra mulher.
Anos mais tarde Dejanira lembrou-se deste conselho quando Hércules, voltando de uma distante campanha, mandou à frente uma linda princesa aprisionada pela qual estava evidentemente apaixonado. Dejanira mandou a seu marido um robe tingido pelo sangue; ao vestir a roupa, o veneno da Hidra penetrou na sua pele e ele tombou em terrível agonia. Seu filho mais velho, Hilo, levou-o ao Monte Eta e depositou seu corpo, retorcido porém ainda respirando, numa pira funerária, a qual acabou sendo acesa pelo herói Filoctetes. Entretanto, os trabalhos de Hércules asseguraram-lhe a imortalidade, assim ele subiu ao Olimpo e assumiu seu lugar entre os deuses que vivem eternamente.
Associações com os germânicos:
O historiador romano Tácito registra uma afinidade especial dos povos germânicos por Hércules. No terceiro capítulo de sua obra Germania, escrita em 98 d.C., ele afirma:
"Entre eles existira a memória de Hércules, celebrado, como o primeiro dos heróis, ao marcharem para as pugnas. Têm eles também da mesma forma cânticos, cujos versos, a que chamam 'barito', acendem os ânimos e, de acordo com a nota cantada, auguram a fortuna da luta vindoura; tremem ou se agitam, segundo o que cantam as tropas."
Maças de Hércules do período romano aparecem a partir do século II, espalhando-se por todo o império, incluindo a Britânia Romana, a maioria feitos de ouro. Um exemplar descoberto em Köln-Nippes apresenta a inscrição "DEO HER [culi]" ("Ao Deus Hércules"), confirmando a associação com Hércules.
Do século V ao VII, durante o Período das Migrações, teoriza-se que o amuleto tenha se espalhado rapidamente, da área do Elba germânico para toda a Europa. Estas "Clavas de Donar" eram feitas de chifres de cervos, ossos ou madeira e, mais raramente, de bronze e outros metais preciosos. Eram encontrados quase sempre em sepulturas de mulheres, aparentemente vestidas penduradas no cinto, ou como um brinco. Este tipo de amuleto foi substituído durante a era viking pelo Martelo de Thor (Mjölnir), no decorrer da cristianização da Escandinávia ocorrida entre os séculos VIII ao IX.
Herácles (grego):
Na mitologia grega, Héracles (Hércules, na mitologia romana) era filho de Zeus e Alcmena. Seu pai tomou a forma do marido de Alcmena, Anfitrião (que estava na Guerra dos Sete Chefes), e uniu-se a ela. Ao nascer, Zeus, para torná-lo imortal, pediu a Hermes que o levasse para junto do seio de Hera, quando esta dormia, e o fizesse mamar. A criança sugou com tal violência que, mesmo após Héracles ter terminado, o leite da deusa continuou a correr e as gotas caídas formaram no céu a via-láctea e na Terra, a flor-de-lis.
Foi Héracles o mais célebre dos heróis da mitologia, símbolo do homem em luta contra as forças da natureza. Desde que nasceu teve de vencer as perseguições de Hera. Tanto é que, com oito meses de vida estrangulou com as mãos duas serpentes que a deusa mandou ao seu berço para o matarem. Quando homem, sobressaiu-se pela sua enorme força.
A sua primeira façanha deu-se quando se dirigiu a Beócia, cidade próxima de Tebas, e perseguiu e matou apenas com as mãos um enorme leão que devorava os rebanhos de Anfitrião e de Téspio. A caçada durou cinquenta dias consecutivos, durante que Héracles foi hóspede de Téspio, que aproveitou para unir cada uma das suas cinquenta filhas com ele, de maneira a criar uma aguerrida descendência, conhecidos pelos Tespíadas, que se espalharam até a Sardenha.
Por livrar a cidade de Tebas de um tributo que tinha de pagar à de Orcómeno, o rei da primeira, Creonte (filho de Meneceu), casou-o com a sua filha mais velha, Mégara. Num acesso de loucura provocado por Hera, Héracles matou os filhos tidos com Mégara. Após recuperar a sanidade, Héracles foi a Delfos consultar um oráculo sobre o meio de se redimir desse crime e poder continuar com uma vida normal. O oráculo ordenou-lhe que servisse, durante doze anos, o seu primo Euristeu, rei de Micenas e de Tirinto. Pondo-se Héracles ao seu serviço, o rei, simpatizante de Hera, que não cessava de perseguir os filhos adulterinos de Zeus, impôs-lhe, com a oculta intenção de o eliminar, doze perigosíssimos trabalhos, dos quais o herói saiu vitorioso.
OS DOZE TRABALHOS DE HÉRCULES:
Os trabalhos
Em seus trabalhos, Hércules tinha frequentemente a companhia de um jovem companheiro (um eromenos) - de acordo com Licímnio e outros autores antigos - como por exemplo Jolau, seu sobrinho. Embora ele devesse inicialmente realizar apenas dez trabalhos, este auxílio fez com que ele tivesse de realizar dois a mais, já que Euristeu não contou o trabalho da Hidra, porque Iolau o havia ajudado, ou os estábulos de Aúgio, pelo qual recebeu pagamento pelo trabalho, e que foi realizado pelas águas de um rio.
A ordem tradicionalmente aceita, encontrada em Apolodoro é:
1.O LEÃO DE NEMÉIA:
No Peloponeso, estrangulou o Leão de Neméia - filho dos monstros Ortro e Equidna - que devastava a região e que os habitantes do local não conseguiam matar. Na segunda tentativa de matá-lo, tendo a primeira sido infrutífera, estrangulou-o, após com ele lutar. Acabada a luta arrancou a pele do animal com as suas próprias mãos e passou a utilizá-la como peça do vestuário. A criatura converteu-se na constelação de leão.
2. HIDRA DE LERNA:
Matou a Hidra de Lerna, filha monstruosa de duas criaturas grotescas, a Equidna e Tifão. Era uma serpente com corpo de cão, que possuía nove cabeças (uma delas parcialmente de ouro e imortal), que se regeneravam mal eram cortadas, e exalavam um vapor que matava quem estivesse por perto. Hércules matou-a cortando suas cabeças enquanto seu sobrinho Jolau impedia sua reprodução queimando suas feridas com tições em brasa. A deusa Hera enviou ajuda à serpente – um enorme caranguejo, mas Hércules pisou-o e o animal converteu-se na constelação de Câncer (do latim cancer, "caranguejo"). Por fim, o herói banhou suas flechas com o sangue da serpente para que ficassem envenenadas.
3. CORÇA DE CERÍNIA DOS PÉS DE BRONZE:
Alcançou correndo a Corça de Cerínia, um animal lendário, com chifres de ouro e pés de bronze. A corça, que corria com assombrosa rapidez e nunca se cansava, era Taígete, ninfa que, para fugir a perseguição de Zeus foi transformada por Ártemis no animal. Como ela tinha uma velocidade insuperável, Hércules a perseguiu incansavelmente durante um ano até que, exausta, foi atingida por uma flecha disparada pelo herói. Ferida levemente, foi levada nos ombros do herói até o reino de Euristeu. Em outra versão do mito, Héracles tinha de capturar a corça, mas sem machucá-la; ele a perseguiu durante um ano, até conseguir pegá-la com uma rede, porém ela acabou se ferindo. O herói pôs então a culpa em Euristeu, para que Ártemis se zangasse com ele. Em uma terceira versão, Hércules levou um ano para realizar o trabalho a seguir, que era capturar a corça que habitava o monte Carineu. Este animal parecia ser mais tímido do que perigoso, e sagrado para Ártemis; Hércules finalmente aprisionou-a e estava levando-a para Euristeu quando se encontrou com Ártemis, que estava muito zangada e ameaçou matá-lo pelo atrevimento em capturar seu animal; mas quando ficou sabendo sobre os trabalhos, concordou em deixar Hércules levar o animal, com a condição que Euristeu o libertasse logo que o tivesse visto.
4. JAVALI DE EURIMANTO:
Capturou vivo o Javali de Eurimanto, que devastava os arredores, ao fatigá-lo após persegui-lo durante horas. Euristeu, ao ver o animal no ombro do herói, teve tamanho medo que foi se esconder dentro de um caldeirão de bronze. As presas do animal foram mostradas no templo de Apolo, em Cumas.
5. AS CAVALARIÇAS DE ÁUGIAS:
Limpou em um dia os currais do rei Aúgias, que continham três mil bois e que há trinta anos não eram limpos. Estavam tão fedorentos que exalavam um gás mortal. Para isso, Hércules desviou dois rios.
6. AS AVES DO LAGO ESTÍNFALE:
Matou no lago Estínfalo, com suas flechas envenenadas, aves monstros cujas asas, cabeça e bico eram de ferro, e que, pelo seu gigantesco tamanho, interceptavam no vôo os raios do Sol. Com seu arco, conseguiu matar alguns e os outros, expulsou a outros países.
7. O TOURO DE CRETA:
A sétima tarefa de Hércules era levar o Touro de Creta vivo até Euristeu, que por sua vez entregaria-o a Hera. O touro era enraivecido e aterrorizava o povo da ilha grega de Creta, pois Poseidon, o deus dos mares, o havia oferecido a Minos, rei local, cini sacrifício, e o rei não teve coragem de sacrificar um animal tão bonito e tão forte. Hércules não só capturou-o como, montado no animal, levou-o até Euristeu.
8. OS CAVALOS DE DIOMEDES:
Castigou Diomedes, filho de Ares, possuidor de cavalos que vomitavam fumo e fogo, e a que ele dava a comer os estrangeiros que as tempestades arrolavam à sua costa. O herói entregou-o à voracidade de seus próprios animais.
9. O CINTO DE HIPÓLITA:
Venceu as amazonas, tirou-lhes a rainha Hipólita, apossando-se do cinturão mágico que ela vestia.
10. OS BOIS DE GERION:
Matou o gigante Gerion, monstro de três corpos, seis braços e seis asas, e tomou-lhe os bois que se achavam guardados por um cão de duas cabeças, e um dragão de sete.
11. O CÃO DOS INFERNOS (Cérbero)
O décimo primeiro trabalho consistiu em trazer do mundo dos mortos o seu guardião, o cão Cérbero. Hades autorizou-o a levar Cérbero para o cimo da Terra sob a condição de conseguir dominá-lo sem usar as suas armas. Hércules lutou com ele só com a força dos seus braços, quase o sufocou, dominando-o. Depois levou-o a Euristeu, que, com medo, ordenou-lhe que o devolvesse.
12. O POMO DAS HERPÉRIDES:
Colheu os pomos de ouro do Jardim das Hespérides, após matar o dragão de cem cabeças que os guardava. O dragão foi morto por Atlas, a seu pedido, e durante o trabalho, ele sustentou o céu nos ombros no lugar do gigante.
Outras Façanhas:
Após esses trabalhos Héracles entregou-se a muitos outros, por sua livre vontade, na defesa dos oprimidos:
Matou, no Egito, o tirano Busíris que sacrificava todos os estrangeiros que aportavam ao seu Estado;
Tendo encontrado Prometeu acorrentado por Zeus no cume do Cáucaso, entregue a um abutre que devorava o seu fígado, libertou-o;
Estrangulou o gigante Anteu que, em luta, recuperava a força sempre que conseguia tocar, com os pés, o solo;
Entre as façanhas de Héracles, conta-se ainda separar os montes Calpe (da Espanha) e Ábilia (da África), abrindo assim o estreito de Gibraltar;
Disputou com Aquelos a posse de Dejanira, filha de Eneu, rei da Etólia. Como a princesa a Hércules preferia, Aquelos, furioso, transformou-se em serpente, e investiu contra ele; repelido, transformou-se em touro, e de novo arremeteu; mas o herói enfrentou-o, pela segunda vez, quebrando-lhe os chifres, e desposou Dejanira. Em seguida, tendo de atravessar o rio Eveno, pediu ao Centauro Nesso que conduzisse Dejanira ao ombro, enquanto ele faria a travessia a nado.
No meio do caminho, tendo Nesso se recordado de uma injúria que outrora Hércules lhe dirigira, resolveu, por vingança, raptar-lhe a esposa, passando com esse intuito, a galopar rio acima. O herói, tendo percebido as suas intenções, aguardou que ele alcançasse terra firme, e então atravessou-lhe o coração com uma das flechas envenenadas. Nesso tombou, e, ao expirar, deu a Dejanira a sua túnica manchada do sangue envenenado, convencendo-a de que seria, para ela, um precioso talismã, com a virtude de restituir-lhe o esposo, se este viesse em qualquer tempo, a abandoná-la;
Mais tarde, Héracles apaixonou-se pela sedutora Iole, e se dispunha a desposá-la, quando recebeu de Dejanira, como presente de núpcias, a túnica ensanguentada, e, ao vestí-la, o veneno infiltrou-se-lhe no corpo; louco de dores, ele quis arrancá-la, mas o tecido achava-se de tal forma aderido às suas carnes que estas lhe saíam aos pedaços. Vendo-se perdido, o herói ateou uma fogueira e lançou-se às chamas. Logo que as línguas de fogo começaram a serpentear no espaço, ouviu-se o rebombar do trovão. Era Zeus que arrebatava seu filho para o Olimpo, onde ganhou a imortalidade e, na doce tranquilidade, recebeu Hebe em casamento.
PERSONAGENS LIGADOS DIRETAMENTE A HÉRCULES:
Anteus ou Antaeus (ou Änti em língua berbere, não se devendo confundir com Anta da mitologia egípcia, cujo nome foi transliterado como Antaeus pelos gregos) na mitologia grega e na mitologia berbere, era filho de Posídon e Gaia. Casou-se com Tinjis.
Extremamente forte quando estava em contato com o chão (ou a Terra, a sua mãe), ficava extremamente fraco se fosse levantado ao ar. Desafiava todos os seus possíveis rivais para combates corpo a corpo que terminavam invariavelmente com a morte do seu adversário. Um dos seus objetivos era utilizar os esqueletos dos viajantes que matava para edificar um templo em honra do deus seu pai. No entanto, Héracles conseguiu descobrir o seu calcanhar de Aquiles e conseguiu derrotá-lo.
Hércules descobriu que nunca conseguiria vencer Anteu atirando-o contra o chão, assim como Anteu não conseguia derrotar Hércules esmagando-lhe o crânio. Héracles conseguiu a morte de Anteu, levantando-o do chão, mantendo-o suspenso até à morte.O mito tem sido utilizado como fábula que simboliza a força espiritual que é mantida pela fé nas coisas imediatas e factuais - as coisas terrenas.
Plínio, o Velho, citando Euanthes, escreveu, na sua História Natural (viii. 22), que um homem da família de Anteu, depois de escolhido por algumas pessoas, foi levado para um lago da Arcádia, onde pendurou as roupas num freixo, atravessando o lago a nado. Foi, por conseguinte, transformado num lobo, tendo vagueado nessa forma por nove anos. Se conseguisse passar esse tempo sem atacar um ser humano, poderia voltar a atravessar o lago a nado e tomar a sua forma humana original. É um dos primeiros relatos sobre licantropia que se conhecem.
Na Divina Comédia, Anteu assume a forma de um gigante que guarda o nono círculo do Inferno. É ele que levará Dante e Virgílio até ao fundo desse círculo onde corre o rio gelado do Cocito.
CACO:
Caco (em latim: Cacus), na mitologia romana, era filho do deus do fogo Vulcano, e vivia numa caverna sob o monte Aventino. Segundo Vergílio, na epopeia Eneida, Caco é um gigante semi-humano. Já o poeta Dante Alighieri, na sua Divina Comédia, o retratou como um centauro, irmão dos centauros que guardam o Sétimo Círculo.
Hércules é o herói da mitologia romana (Héracles na grega) que é conhecido pela sua força e coragem. É filho de Júpiter e de uma mortal.
Após ter matado a sua família por loucura, numa tentativa de penitência, Hércules tornou-se servo do rei de Micenas, aceitando cumprir tarefas impossíveis para qualquer mortal. Um dos trabalhos de Hércules (o seu décimo trabalho) consistia em roubar o gado de Gerião, o rei de Tartesso. Depois de terminada a tarefa, quando regressava, parou para descansar em casa do rei Evandro. É aqui que Caco aparece em cena: naquela noite, Caco rouba dois dos melhores touros e quatro novilhos, arrastando o gado pelas caudas com intuito de cobrir as suas pegadas. Quando Hércules despertou, procurou em vão o gado perdido. Porém, quando estava a passar perto da caverna onde Caco estava escondido, um dos novilhos mugiu ruidosamente. Hércules, seguindo o som, encontrou Caco e matou-o, recobrando assim o gado.
Rei de Tessália e esposo de Alcíone.Pereceu em um naufrágio quando ia consultar um oráculo.Foi transformado em pássaro, a exemplo de sua esposa.
Alcíone (ou Alcyone) era filha de Éolo, deus dos ventos. Era casada com Ceix, até este morrer em um naufrágio. Advertida por um sonho deste acontecimento, Alcíone se atirou no mar. Os deuses, compadecidos pela desgraça, transformaram-nos uma ave marinha, chamada alcíone.
Éolo, segundo a mitologia, fazia com que os ventos se acalmassem durante um período de sete dias no inverno, quando os alcíones põem ovos.
Iphicles Iphicles (ou) é um personagem da mitologia grega, filho de Anfitião e Alcmena, e irmão, do Heracles. Ferido desde a primeira expedição de seu irmão contra Argeu, rei dos eleanos, morreu em Fenéia, na Arcádia. As feneates rendiam todos os anos, sobre a sua sepultura, as honras heroicas.
HILO:
Hilo, na mitologia grega, foi um filho de Héracles e Dejanira. Ele morreu tentando conquistar o Peloponeso. Os descendentes do seu pai, os heráclidas, acabaram conquistando e destruindo a civilização micênica, o que corresponde às invasões dóricas. Foi Hilo que matou Euristeu contra as Heráclidas.
Sobrinho de Hércules, foi seu companheiro de trabalhos, com ele tomou parte na expedição dos Argonautas, casou com Megara, repudiada pelo herói, pós-se à frente dos Heráclidas com Hilo, e o ajudou na vitória contra Eurísteu. Transportou uma colônia de Tespíades à sardenha, passou à Sicília, regressou à Grécia onde, depois de sua morte, dedicaram-lhe monumentos heroicos.
Busíris na mitologia grega foi um rei no Egito, filho de Poseídon. Busíris costumava sacrificar os estrangeiros aos deuses para evitar a seca em seu reino. Busíris foi liquidado por Héracles. Detalhe interessante: como Busíris era neto de Ió, ilustre ancestral de Héracles, os dois eram parentes.
Hipocoon filho de Ebale, rei de Esparta, e de Gorgofone, filha de Perseu, disputou a coroa com o irmão Tíndaro, e o expulsou do reino. Hércules interveio, lutou e enfrentou-o matando dessa forma Hipocoon e restabeleceu Tíndaro no trono.
Fonte: P.Commelin - Mitologia Grega Romana
Eurito personagem da mitologia graga, rei de Ecalia, cidade de Etólia setentrional, era um célebro arqueiro, com tiros extremamente certeiros e famoso por sua grande pontaria. Prometera sua filha Iole para aquele que o vencesse. Herácles (Hércules) o venceu, mas tendo Eurito recusado, foi morto por Heracles (Hércules).
Fonte: P. Commelin - Mitologia Grega e Romana.
ERIX:
Erix, personagem da mitologia romana, foi filho de Vênus e de Butes, foi rei de um cantão na Sicilia, chamado Erícia. Orgulhoso de sua força prodigiosa e da sua reputação como pugilista, desafiava a todos que se apresentassem nas redondezas, e costumava matar os que vencia. Foi o que fez quando viu Hércules entrando na cidade, com os bois de Gerion, ao saber que se Hércules perdia sua imortalidade, se perdesse os bois de Geion, colocou seu reino no jogo, porém Hércules o venceu e o enterrou no templo de Vênus.
Fonte: P. Commelin - Mitologia Grega Romana
AQUEMON E PÁSSALO:
Personagem da mitologia grega, Aquemão ou Aquemon irmão de Basalas ou Passalo, Cercope. Eram tão brigões que atacavam todos que encontravam. Sua mãe alertava para não cair na mão de um certo Melampigio,que era um homem de nádegas pretas. Certa vez, encontraram Hércules dormindo embaixo de uma árvore, insultaram e atacaram Hércules que facilmente os dominou-os, amarrou-os, com os pés juntos, pendurando-os pelos pés, deixando-os de cabeça para baixo. Começaram a chorar e a berrar, dizendo que tinham encontrado o homem da bunda preta, o tal do Melampigio. Prontamente Hércules, se pós a rir, e os libertou.
Fonte: Tassilio Orpheu Spalding - Dicionário de Mitologia Greco-Latino
Na Mitologia grega, Laomedonte foi um rei de Tróia, pai de Príamo, Lampus, Hicetaon e Hesíone. Algumas versões também incluem Titono como seu filho.
O seu filho Ganimedes foi raptado por Zeus, que se tinha apaixonado pelo belo rapaz, para grande lamento de Laomedonte. Zeus, comovido, enviou Hermes para lhe dar dois cavalos que eram tão rápidos que podiam correr sobre a água. Zeus também assegurou que Ganimedes se tornaria imortal.
Foi auxiliado por Posídon e Apolo, que tinham ofendido Zeus e foram castigados a servirem Laomedonte, a construir as grandes muralhas de Tróia. Laomendonte prometeu-lhes uma recompensa pelo trabalho. Porém, quando tudo foi concluído, Laomedonte recusou-se a dar-lhes o prémio prometido e Poseidon, furioso pela quebra da promessa, enviou um monstro marinho para o território de Tróia, que devastou a cidade e a região.
Aconselhados por um oráculo, os troianos sacrificavam de tempos a tempos uma mulher para apaziguar a fúria de Poseidon. Numa das ocasiões, a mulher a sacrificar era Hesíone, a filha de Laomedonte. Aconteceu que Héracles estava a regressar da sua expedição contra as Amazonas, e ele prometeu salvar Hesíone matando o monstro marinho, se lhe fosse prometido que Laomedonte lhe daria os cavalos divinos que possuía, oferecidos por Zeus. Laomedonte concordou, e Héracles matou o monstro, mas a promessa foi quebrada. Héracles então matou Laodemonte e os seus filhos, à exceção de Podarge, que lhe deu um véu dourado, oferecido pela sua irmã Hesíone. Esta foi depois dada a Télamon e Podarge a partir desse dia ficou conhecido como Príamo.
Mégara (em grego, Μέγαρα – grandes casas) era uma cidade-estado da Grécia Antiga. Prosperou imensamente no século VII a.C., tendo inclusive fundado colônias. Participou das guerras médicas e lutou contra Corinto em 459 a.C. com ajuda de Atenas. Durante a guerra do Peloponeso teve o seu território devastado e entrou em declínio. Revigorada como colônia romana, foi definitivamente arruinada na Idade Média. Sua principal colônia foi construída em 667 a.C.: Bizâncio, capital do império Bizantino e atual Istambul. A moderna Mégara é uma aglomeração de vocação agrícola da Ática, a 43 kM a oeste de Atenas. Construída sobre a cidade antiga, é atravessada pela auto-estrada que liga a capital grega a Corinto e Pátras. Encontra-se num território de colinas semeado de olivares. Sua população em 2001 atingia 32.000 habitantes.
Alceste é a filha de Pélias na mitologia grega. É prometida àquele que fosse até ela num carro puxado por leões e javalis. Admeto, a quem Apolo estava comprometido a servir durante um ano, executa uma tarefa com a ajuda do deus e ganha a mão de Alceste. Porém, Admeto logo adoece, e Apolo consegue fazer com que as Parcas o poupem, com a condição de que outro se sacrifique por ele. Admeto não se preocupa muito com essa condição pensando em todos seus servos que lhe deviam favores e que gostavam muito dele e fica muito alegre com a nova esperança. Porém, ninguém se habilita, nem seus velhos pais. Alceste então oferece-se como substituta. Admeto tinha muito amor à vida, mas não desejava mantê-la a tal custo. Porém a condição das Parcas fora satisfeita e enquanto Admeto ia recuperando as forças, Alceste adoecia. Hércules, que passava por lá ouve o lamento dos servos que não queriam perder uma querida senhora e tão dedicada esposa, espera na porta do quarto de Alceste a chagada da Morte. Quando esta chega Hércules a agarra e obriga-a a desistir de seu intento de roubar a vida de Alceste. Assim ela vai se recuperando e pôde continuar a viver ao lado de seu amado marido.
Ônfale, na mitologia grega, era rainha da Lídia, teve Hércules como escravo durante três anos (ou apenas um, conforme outros). Usou durante este tempo a pele do leão de Hércules, enquanto este trajava suas roupas femininas, fiando o linho aos seus pés.
Centauro famoso foi Folo, filho de Sileno e de uma ninfa, habitante da região de Fóloe, na Élida. Conta a lenda que durante os seus doze trabalhos, Héracles (Hércules) atravessou esta região. O herói encontrou boa hospitalidade na casa de Folo, que lho ofereceu comida e pouso. Durante a ceia, Héracles solicitou vinho a Folo, mas o Centauro hesitou em servi-lo, temendo que o cheiro da bebida atraísse aos demais Centauros, que diante da embriaguez tornavam-se bestiais. Mas Héracles insistiu e Folo acabou por ceder. Ao sentir o cheiro do vinho, outros Centauros foram atraídos à casa de Folo. Lá chegando, exigiram que lhes fosse servida a bebida. Embriagados, envolveram-se em uma grande luta, fazendo com que Héracles intervisse. A luta só parou quando muitos deles foram mortos pelo herói, e outros tantos fugiram. Folo ao arrancar a flecha do corpo de um Centauro morto, feriu-se na mão, e veio rapidamente a morrer dias depois por causa do veneno contida na ponta da flecha. Héracles (Hércules), fez-lhe magníficos funerais, enterrando-o na montanha que passou a ter seu nome.
De acordo com a mitologia grega, Nesso foi um centauro, filho de Ixion e Nefele, a Nuvem. Certa vez tentou violentar, Dejanira, mulher de Héracles. O herói o matou a flechadas. Antes de morrer, o centauro maliciosamente disse a Dejanira que seu sangue seria capaz de fazer Héracles amá-la para sempre. Quando o interesse deste pela esposa passou a diminuir, Dejanira, sem ciência de que o sangue era na verdade um poderoso veneno, o aplicou em uma veste do marido. Héracles a vestiu e imediatamente passou a sentir os efeitos do veneno queimando sua carne. Este evento acabou por resultar na morte terrena do herói grego.
OUTRAS MULHERES NA VIDA DE HÉRCULES:
-
Epicasta, filha de Egeu, teve de Hércules a filha de chamada Tessala.
-
Partenope filha de Estínfale, teve o filho Everres.
-
Augéia, filha de Aleo, rei da Arcádia, foi a mãe de Teléfo.
-
Astiquéia, filha de Filanto, teve o filho chamado Tlepóleme.
-
Astidámia, filha de Amintor, rei dos dolopes e mãe de Lépreas, sempre tentou reconciliar o filho com o pai. Lépreas desafiou o próprio pai, porém Hércules foi sempre vencedor aos desafios feito pelo próprio filho, num acesso de cólera e de embriaguez, acabou morto em combate pelo pai Hércules, em legítima defesa, num dos seus desafios.
Europa era uma princesa, filha de Aginor e Telefasa. Os deuses do Olimpo conheciam a beleza de Europa e tentavam raptá-la sem êxito. Foi então que Zeus, o deus supremo dos antigos gregos, se apaixonou por ela, ao vê-la jogando com as suas amigas na praia de Sidon, ficando maravilhado pela sua beleza. Tanto era o seu amor por ela que para se aproximar de Europa sabia que esta o podia recusar se se apresentasse naturalmente. Como tal, pediu ajuda ao seu filho Hermes para a preparação do encontro. Zeus tinha decidido transformar-se num belo touro, para raptar a jovem Europa. Hermes estava encarregado de conduzir o rebanho de bois do rei, desde os altos prados até à praia, perto do sítio onde Zeus sabia que Europa e outras donzelas de Tiro acudiam para passar uma tarde de diversão.
Zeus adquire a forma de um touro branco, de feições nobres, com cornos parecidos ao crescente lunar, os quais não infundiam medo algum. Aproximou-se, saindo do rebanho, ao grupo das jovens, e prostrou-se aos pés de Europa. Primeiro, a jovem assustou-se, mas rapidamente foi ganhando confiança. Optou por acariciar a cabeça do maravilhoso animal, colocando-lhe umas grinaldas de flores que as raparigas entrelaçavam entre os cornos. Europa decide então sentar-se em cima do animal, tão confiante e alheia do que a esperava. O touro beijou os pés da jovem, enquanto as suas amigas a adornavam. Zeus decidiu continuar o seu plano. O animal ergueu-se e sem demora lançou-se ao mar levando consigo Europa no seu dorso. Em vão Europa gritava, suplicando, mas o touro nadava furiosamente, afastando-se da costa.
As amigas, que ficaram na praia, surpreendidas, acenavam as mãos em gesto de desespero, lançando-se no mar aberto, com os Ventos a ajudarem a avançar, surgindo grupos de divindades marinhas como cortejo. Europa para não cair das suas costas teve que agarrar-se aos cornos, sendo que após uma longa viagem chegaram a Creta, onde Zeus assumiu de novo a forma humana. Desesperados e por ordem do seu pai, os irmãos e a mãe de Europa partiram à sua procura, mas não deram com ela.
Foi em Creta, mais precisamente na fonte de Gortina, sob a frondosa sombra dos plátanos onde o casal se uniu. Desde aquele dia que os plátanos nunca mais perderam as suas folhas no Inverno, dado que serviram para amparar o amor de um deus.
Da união de Zeus e Europa nasceram três filhos: o valente Sarpidon, o justo Radamantes e o legendário Minos, rei de Creta, de cuja família nascerá posteriormente o Minotauro, monstro com cabeça de touro e corpo humano. Este monstro estava encerrado num Labirinto construído por Dédalo.
Porém, Zeus não podia restringir-se à sua bela Europa, sendo que para a recompensar deu-lhe três prendas. A primeira foi Talo o autómato, feito de bronze e cuidava das costas de Creta contra os desembarques estrangeiros. A outra foi um cão que nunca ladrava nas caçadas e conseguia sempre agarrar as suas presas. Por último, entregou-lhe um surpreendente dardo que sempre e sem exceção acertava no alvo eleito.
Adicionalmente, e para recompensá-la por completo, Zeus fez com que Europa contraísse matrimónio com Asterion, o qual ao não poder ter filhos, adoptou os de Zeus.
Quando Europa morreu foram-lhe concedidas as honras divinas, sendo que o touro, isto é, a forma na qual Zeus havia amado Europa, foi convertido na constelação de Tauros e incluído nos signos do Zodíaco.
O pai de Europa, que nunca soube o que lhe acontecera, continuava a procurá-la por toda a parte, gritando o seu nome, mas nunca a encontrou. Decidiu então meter-se no seu barco mais rápido e prosseguir a busca por toda a Grécia e por todo o continente. O rei gritava desesperado o nome da sua filha, mas Europa não aparecia. A lenda diz que o rei passou por muitos lugares em busca da sua filha, lugares que agora são conhecidos como França, Alemanha, Itália… e como as pessoas que habitavam esses sítios na antiguidade escutavam em toda a parte o nome de Europa, decidiram chamar assim à terra que hoje em dia é o continente de Europa.
Herói da mitologia grega. Fundador lendário da cidade grega de Tebas e introdutor do alfabeto fenício na Grécia.
Filho do rei Agenor e irmão mais velho de Europa, Cílix e Fênix. Quando Europa foi raptada por Zeus, o pai ordenou aos três filhos que fossem à sua procura e que não voltassem sem ela. Durante o seu périplo, os irmãos de Europa fundaram várias cidades e por fim acabaram se estabelecendo definitivamente em outras regiões. Fênix se instalo na Fenícia; Cílix, na Cilícia; e Cadmo, na Grécia.
Cadmo viajou acompanhado da mãe, Teléfassa, e dirigiu-se inicialmente para a Trácia (ou Samotrácia), onde viveu algum tempo. Pouco depois da morte da mãe, aconselhado pelo oráculo de Delfos, parou de procurar Europa e fundou a Cadméia, a acrópole fortificada da futura cidade de Tebas.
Segundo a tradição, o oráculo havia mandado Cadmo escolher o local seguindo uma vaca até que ela caísse de cansaço. Ao encontrar uma vaca com um sinal diferente, Cadmo a seguiu até a Beócia e decidiu fundar a cidade no local onde ela parou. Antes, para obter água de uma fonte próxima, teve de matar a pedradas um dragão(tido por filho de Ares) que guardava um bosque sagrado. Logo depois, a conselho de Atena, semeou os dentes do dragão morto.
Dos dentes nasceram diversos guerreiros, totalmente armados e de aspecto ameaçador. Instado por Atena, Cadmo lançou, sem ser visto, uma pedra sobre eles. A pedra desencadeou uma violenta disputa e, no fim da luta, restaram apenas cinco guerreiros vivos, os espartos (i.e., "os semeados"). Eles auxiliaram Cadmo na fundação da cidade e eram considerados ancestrais das famílias nobres de Tebas.
Devido à morte do dragão, Cadmo foi condenado pelos deuses a servir Ares durante 8 anos. No fim do período, Zeus concedeu-lhe a mão de Harmonia, filha de Ares e de Afrodite. Os deuses imortais comparecerem em peso ao casamento, as musas cantaram durante os festejos e a noiva recebeu dois presentes fabulosos: um maravilhoso vestido, tecido pelas Cárites, e um belíssimo colar de ouro, feito por Hefesto.
Cadmo tornou-se rei de Tebas e seu reinado foi longo e próspero; consta que ele civilizou a Beócia e ensinou aos gregos o uso da escrita. Teve vários filhos: Autônoe, Ino, Ágave, Sêmele e Polidoro.
Embora Tebas tenha prosperado sob o reinado de Cadmo, o infortúnio sobrepujou seus descendentes. Na sua velhice, duas de suas filhas e dois de seus netos foram mortos violentamente.
Já idoso, Cadmo entregou o trono de Tebas a Penteu, filho de Ágave e Équion (um dos espartos), e retirou-se com Harmonia para a Ilíria, onde se tornou rei e teve outro filho, Ilírio. Viveu ainda algum tempo e, no final da vida, foi transformado pelos deuses em serpente, juntamente com sua esposa.
Na mitologia grega, Antíope era o nome da filha do deus–rio beócio Asopo, segundo Homero (Od. xi. 260); em poemas ela é chamada a filha do rei Nicteu de Tebas. Sua beleza atraiu Zeus, que assumindo a forma de um sátiro, a tomou à força (Apolodoro iii. 5). Após isto ela foi carregada por Epopeu, rei de Sicião, que não a dava até obrigada por seu tio Lico. No caminho para casa ela deu à luz, na cercania de Eleutera no monte Citerão, aos gêmeos Anfião e Zeto, de que Anfião era o filho do deus, e Zeto o filho de Epopeu. Ambos foram deixados para serem trazidos por pastores. Em Tebas Antíope agora experimentava da perseguição de Dirce, a esposa de Lico, mas enfim escapou rumo a Eleutera, e lá encontrou abrigo, inintencionalmente, na casa onde seus dois filhos foram criados como pastores.
Na mitologia grega, Anfião era filho de Zeus e de Antíope – rainha de Tebas. Com seu irmão gêmeo, Zeto, foi exposto ao nascer no Monte Citerão, onde os dois cresceram entre pastores, sem conhecer os pais. Recebeu uma lira de Apolo, que ensinou-o a tocar enquanto seu irmão se ocupava da caça e do pastoreio.
O rei de Tebas era o monarca daquela cidade-estado grega. Tebas teve reis mitológicos e reis que de fato existiram. Os primeiros deles foram da dinastia dos labdácidas. Um dos mais famosos foi Édipo, imortalizado na peça Édipo Rei, de Sófocles.
Tebas abdicou da soberania ao se unir à Confederação de Atenas contra os espartanos e depois contra os persas
Édipo é um personagem de um conto grego. Famoso por matar o pai e casar-se com a própria mãe. Filho de Laio e de Jocasta, pai de Etéocles, Ismênia, Antígona e de Polinice.
Segundo a lenda grega, Laio o rei de Tebas havia sido alertado pelo Oráculo de Delfos que uma maldição iria se concretizar: Seu próprio filho o mataria e que este filho se casaria com a própria mãe.
Por tal motivo, ao nascer Édipo, Laio abandonou-o no monte Citerão pregando um prego em cada pé para tentar matá-lo. O menino foi recolhido mais tarde por um pastor e batizado como Edipodos, o de "pés-furados", que foi adotado depois pelo rei de Corinto e voltou a Delfos. No caminho, Édipo encontrou um homem e, sem saber que era o seu pai, brigou com ele e o matou, pois, Laio o mandou sair de sua frente.
Após derrotar a Esfinge que aterrorizava Tebas, que lançara um desafio ("Qual é o animal que tem quatro patas de manhã, duas ao meio-dia e três à noite?"), Édipo conseguiu desvendar, dizendo que era o homem. "O amanhecer é a criança engatinhando, entardecer é a fase adulta, que usamos ambas as pernas, e o anoitecer é a velhice quando se usa a bengala".
Conseguindo derrotar o monstro ele seguiu à sua cidade natural e casou-se, "por acaso", (já que ele pensava que aqueles que o haviam criado eram seus pais biológicos) com sua mãe, com quem teve quatro filhos. Aquando da consulta do oráculo, por ocasião de uma peste, Jocasta e Édipo descobrem que são mãe e filho, ela comete suicídio e ele fura os próprios olhos por ter estado cego e não ter reconhecido a própria mãe. Após sair do palácio, Édipo é avisado pelo Corifeu que não é mais rei de Tebas; Creonte ocupara o trono, desde então. Édipo pede para ser exilado, mandado embora. Pede, ainda, para que Creonte cuide das suas duas filhas como se fossem suas próprias.
A história está recolhida em Édipo Rei e Édipo em Colono de Sófocles. Vários escritores retomaram o tema, que também inspirou Igor Stravinsky para a composição de um oratório, o tema também foi abordado na música The End, da banda estadunidense The Doors
Segundo Sigmund Freud, o Complexo de Édipo verifica-se quando a criança atinge o período sexual fálico na segunda infância e dá-se então conta da diferença de sexos, tendendo a fixar a sua atenção libidinosa nas pessoas do sexo oposto no ambiente familiar.
Freud baseou-se na tragédia de Sófocles (496-406 a.C.), Édipo Rei, para formular o conceito do Complexo de Édipo, a preferência velada do filho pela mãe, acompanhada de uma aversão clara pelo pai.
Na peça (e na mitologia grega), Édipo matou seu pai Laio e desposou (se comprometer em matrimônio) a própria mãe, Jocasta. Após descobrir que Jocasta era sua mãe, Édipo fura os seus olhos e Jocasta comete suicídio
Sófocles, utilizou este mito para suscitar uma reflexão sobre a questão da culpa e da responsabilidade perante as normas, éticas e tabus estabelecidos por sua sociedade (comportamentos que, dentro dos costumes de uma comunidade, é considerado nocivo e lesivo a normalidade, sendo por isto vista como perigosa e proibida a seus membros).
Esfinge grega
Havia uma única esfinge na mitologia grega, um demônio exclusivo de destruição e má sorte, de acordo com Hesíodo uma filha da Quimera e de Ortro ou, de acordo com outros, de Tifão e de Equídina— todas destas figuras ctônicas. Ela era representada em pintura de vaso e baixos-relevos mais frequentemente assentada ereta de preferência do que estendida, como um leão alado com uma cabeça de mulher; ou ela foi uma mulher com as patas, garras e peitos de um leão, uma cauda de serpente e asas de águia. Hera ou Ares mandaram a esfinge de sua casa na Etiópia (os gregos lembraram a origem estrangeira da esfinge) para Tebas e, em Édipo Rei de Sófocles, pergunta a todos que passam o quebra-cabeça mais famoso da história, conhecido como o enigma da esfinge, decifra-me ou devoro-te:
"Que criatura pela manhã tem quatro pés, ao meio-dia tem dois, e à tarde tem três?"
Ela estrangulava qualquer inábil a responder, dai a origem do nome esfinge, que deriva do grego sphingo, querendo dizer estrangular.
Édipo resolveu o quebra-cabeça: O homem — engatinha como bebê, anda sobre dois pés na idade adulta, e usa um arrimo (bengala) quando é ancião.
Furiosa com tal resposta, a esfinge teria cometido suicídio, atirando-se de um precipício. Versão alternativa diz que ela devorou-se.
O quebra-cabeça exato perguntado pela esfinge não foi especificado por vários contadores da história e não foi estandardizado como o dado sobre até muito mais tarde na história grega.[2] Assim Édipo pode ser reconhecido como um limiar ou figura de solado de porta, ajudando efeito a transição entre as velhas práticas religiosas, representadas pela esfinge, e novas, unidade olímpica.
Antígona é uma figura da mitologia grega, filha de Édipo e Jocasta.
A versão clássica do mito sobre a Antígona é descrita na obra Antígona do dramaturgo grego Sófocles, um dos mais importantes escritores de tragédia. Esta obra é a terceira parte da Trilogia Tebana, os quais também fazem parte Édipo Rei e Édipo em Colono.
A peça é feita pelo prólogo, que nesse caso é dialogado, onde as irmãs Antígona e Ismênia conversam e nos dão uma visão geral dos acontecimentos; cinco episódios; cinco estásimos, que são as entradas do coro em cena trazendo informações ao público sobre o assunto da peça; e o êxodo, parte final.
Filha de Édipo e Jocasta, que tinham mais três filhos, Etéocles, Ismênia e Polinice. Foi um exemplo tão belo de amor fraternal quanto Alcestes foi do amor conjugal. Foi a única filha que não abandonou Édipo quando este foi expulso de seu reino, Tebas, pelos seus dois filhos. Seu irmão, Polinice, tentou convencê-la a não partir do reino, enquanto Etéocles ficou indiferente com sua partida. Antígona acompanhou o pai em seu exílio até sua morte. Quando voltou a Tebas, seus irmãos brigavam pelo trono.
Polinice se casa com a filha de Andrastos, rei de Argos, e junto com este arma um ataque contra Tebas, que é chamado de expedição dos "Sete contra Tebas" onde Anfiarus prevê que ninguém sobreviveria, somente o rei de Argos. Como a guerra não levou a lugar nenhum os dois irmãos decidem disputar o trono com um combate singular, onde ambos morrem. Creonte, tio deles, herda o trono, faz uma sepultura com todas as honras para Etéocles, e deixa Polinice onde caiu, proibindo qualquer um de enterrá-lo sob pena de morte. Antígona, indignada, tenta convencer o novo rei a enterrá-lo, pois, quem morresse sem os rituais funebres, seria condenado a vagar cem anos nas margens do rio que levava ao mundo dos mortos, sem poder ir para o outro lado. Não se conformando, ela enterra Polinice com as próprias mãos e é presa enquanto o fazia. Creonte manda que ela seja enterrada viva. Sua irmã Ismênia tenta defendê-la e se oferece para morrer em seu lugar, algo que Antígona não aceita, e Hêmon, seu noivo e filho de Creonte, não conseguindo salvá-la, comete suicídio.Ao saber que seu filho havia suicidado Eurídice, mulher de Creonte, também se mata.
História:
A história tem início com a morte dos dois filhos de Édipo, Etéocles e Polinices, que se mataram mutuamente em busca do trono de Tebas. Com isso sobe ao poder Creonte, parente próximo da linhagem de Jocasta. Seu primeiro édito dizia respeito ao sepultamento dos irmãos Labdácidas. Ficou estipulado que o corpo de Etéocles receberia todo cerimonial devido aos mortos e aos deuses. Já Polinices teria seu corpo largado a esmo, sem o direito de ser sepultado e deixado para que as aves de rapina e os cães o dilacerassem. Creonte entendia que isso serviria de exemplo para todos os que pretendessem intentar contra o governo de Tebas.
Ao saber do édito, Antígona deixa claro que não deixará o corpo do irmão sem os ritos sagrados, mesmo que tenha que pagar com a própria vida por tal ação. Mostra-se insubmissa às leis humanas por estarem indo de encontro às leis divinas.
Ainda no primeiro episódio, Creontes é informado por um guarda de que o corpo de Polinices havia recebido uma camada de pó e com isso seu édito havia sido desrespeitado, colocando sua autoridade à prova. Ele se enfurece ainda mais quando o coro interroga-se, questionando se não teria sido obra dos próprios deuses.
Entra o primeiro estásimo, quando o coro exalta a capacidade do homem.
No segundo episódio o guarda descobre que o rebelde tratava-se de Antígona e a leva até Creontes. Trava-se então um duelo de idéias e ideais: de uma lado a ré, tendo como sua defesa o cumprimento às leis dos deuses, as quais são mais antigas e, segundo ela, superiores às terrenas, e de outro lado o inquisidor, que tenta mostrar que ela agiu errado, explica seus motivos e razões, mas cada um continua impávido em suas crenças. Creonte manda também chamar Ismênia, que mesmo sem ter concordado com o ato da irmã, ainda no prólogo, confessa o crime que não cometeu. Ainda assim não recebe a admiração da irmã, a única e real transgressora. Ambas são condenadas à morte.
O segundo estásimo reflete sobre as maldições que se acumularam sobre os Labdácidas. O diálogo travado entre Creonte e seu filho Hêmon, futuro marido de Antígona, já no terceiro episódio, explicita a honradez do jovem rapaz e sua submissão às ordens paternas. Contudo, não deixa de levar argumentos concretos para a defesa de sua amada, de como o édito está sendo contestado pelo povo nas ruas, e que toda a cidade está de acordo com o feito de Antígona. Nesse ponto o autor mostra que a vaidade e o poder já tomaram conta de Creonte, que acredita ser o único a poder ordenar e governar aquele país (”E a cidade é que vai prescrever-me o que devo ordenar?” – linha 734 e “Acaso não se deve entender que o Estado é de quem manda?” – linha 738). O filho ainda tenta trazê-lo à razão na linha 745: “Não tens respeito por ele [seu soberano poder] quando calcas as honras devidas aos deuses”.A discussão se acalora a ponto de Hêmon ameaçar se matar caso o pai não revogue a condenação, mas é entendido como uma ameaça de parricídio. Então o tirano decide tornar mais cruel a pena de Antígona, aprisionando-a em uma caverna escavada na rocha, só com o alimento indispensável, para assim ter um fim lento.
O terceiro estásimo celebra Eros, deus do amor, que geralmente leva as pessoas a ignorarem o bom senso.
O quarto episódio mostra as lamentações de Antígona. Pode-se entender de um lado como sendo uma tentativa de insuflar o povo a se revoltar contra o governo tirano de Creonte, mas também uma auto-comiseração, mesmo diante de falas como “sem lágrimas”, “...eu, em muito a mais perversa”. O coro, no quarto estásimo, faz comparações com outras personagens mitológicas que também foram emparedados.
Quinto episódio: entra Tirésias, adivinho conhecido e respeitado por todos. Ele adverte Creonte do mal que irá se abater em sua vida devido à sua teimosia, e que os deuses estão enfurecidos. Ele mantém-se irredutível, mas após a partida do adivinho é convencido pelo coro a libertar Antígona e sepultar
Polinices.
No quinto estásimo o coro recorre a Dionísio, patrono de Tebas, para que ele restaure a cidade. O desfecho trágico apresentado no êxodo é típico sofocliano, com diversas mortes. Mesmo tendo sepultado ele mesmo o sobrinho há muito morto, Creonte terá que viver com o peso da morte de Antígona, que já havia se matado quando ele fora buscá-la, com o suicídio de seu filho Hêmon, ao saber da morte da amada e com o suicídio da própria esposa,Eurídice, ao receber a notícia da morte do filho querido.
Na mitologia grega, Tirésias (em grego, Τειρεσίας) foi um famoso profeta cego de Tebas – famoso por ter passado sete anos transformado em uma mulher. Era filho do pastor Everes e da ninfa Chariclo.
Certa vez ao ir orar no monte Citorão, Tirésias encontrou um casal de cobras venenosas copulando, e ambas voltaram-se contra ele. Ele matou a fêmea, e imediatamente se tornou-se uma prostituta famosa. Anos depois, indo orar no mesmo monte Citorão, encontrou outro casal de cobras venenosas copulando. Matou o macho e tornou-se novamente um homem. Por Tirésias ter se tornado tão ciente a respeito de ambos os sexos, ele foi chamado para decidir a questão levantada por ocasião de uma discussão entre Zeus e Hera sobre se é o homem ou a mulher quem tem mais prazer na relação sexual. Mas ele sabia que a sua decisão iraria sobre ele o deus derrotado. Hera dizia que o homem é quem tem mais prazer, Zeus dizia que é a mulher. Tirésias decidiu a questão: "se dividirmos o prazer em dez partes, a mulher fica com nove e o homem com uma." Hera, furiosa por sua derrota, cegou Tirésias por vingança. Mas Zeus, compadecido e em recompensa por Tirésias ter dado a ele a vitória, deu-lhe o dom da mántis, a previsão.
Uma versão alternativa do mito de Tirésias conta que este ficou cego ao ter visto Atena se banhando nua em uma fonte.
Na mitologia grega era um adivinho famoso, sua história está ligado a guerra dos sete contra Tebas. Anfiarau era filho de Apolo com Hpernestra. Tinha o dom da previsão, e prevendo sua propria morte, durante a guerra de Tebas, tentou fugir do próprio vaticinio, mas na hora exata, sua morte ocorreu, sendo engolido pela terra, com sua carruagem e seus cavalos.
Fonte: P. Commelin - Mitologia Greca e Romana
Na mitologia grega, os centauros (em grego Κένταυρος Kentauros, «matador de touros», «sem fortes», plural Κένταυρι Kentauri; em latim Centaurus/Centauri) são uma raça de seres com o torso e cabeça de humano e o corpo de cavalo.
Viviam nas montanhas de Tessália e repartiam-se em duas famílias. Uma, os filhos de Ixiom e Nefele, a nuvem de chuva, que simbolizavam a força bruta, insensata e cega. Alternativamente, consideravam-se filhos de Kentauros (o filho de Ixiom e Nefele) e algumas éguas magnésias, ou de Apolo e Hebe.
Conta-se que Ixiom planejava manter relaçôes sexuais com Hera, mas Zeus, o seu marido, evitou-o moldando uma nuvem com a forma de Hera. Posto que Ixiom é normalmente considerado o ancestral dos centauros, pode se fazer referência a eles poeticamente como Ixiónidas. Outra, os filhos de Filira e Cronos, dentre os quais o mais célebre era Quirão, amigo de Héracles, representavam, ao contrário, a força aliada à bondade, a serviço dos bons combates.
Os centauros são muito conhecidos pela luta que mantiveram com os lapitas, provocada pelo seu intento de raptar Hipodamia no dia da sua boda com Piritoo, rei dos lapitas e também filho de Ixiom. A discussão entre estes primos é uma metáfora do conflito entre os baixos instintos e o comportamento civilizado na humanidade. Teseu, um herói e fundador de cidades que estava presente, inclinou a balança do lado da ordem correcta das coisas, e ajudou Piritoo. Os centauros fugiram. (Plutarco, Teseo, 30; Ovidio, As metamorfoses xii. 210; Diodoro Siculo iv. 69, 70.) Cenas da batalha entre os lapitas e os centauros foram esculpidas em baixorrelevos no friso do Partenão, que estava dedicado à deusa da sabedoria Atena.
O centauro aparece na iconografia cristã como uma besta infernal, tentadora de donzelas. Às vezes aparece baixo a forma de onocentauro, mistura de homem e burro com exagerados atributos sexuais.
Fonte: Wikipedia
HISTÓRIA:
Compilado Por Ana Lucia Santana
Os centauros eram seres fantásticos, meio homens, meio cavalos, que habitavam as regiões próximas às montanhas e às florestas. Eles reuniam em si as características racionais dos seres humanos e as paixões inferiores, mas também alguns valores importantes dos cavalos, do ponto de vista da mitologia grega.
Dizem as lendas que seu ancestral era Ixion, soberano dos lápitas, que viviam nas redondezas dos montes Pélion e Ossa, na Tessália. Eles eram socializados, mas eventualmente revelavam-se indomáveis e muito violentos. Ixion, o primeiro homem a liquidar um familiar, pertencia à linhagem de Peneu, o deus-rio, mas também podia ser integrante de outro ramo genealógico, o de Sísifo, de acordo com outra tradição cultural.
Conta-se que Ixion foi condenado por crimes terríveis e perdoado por Zeus em um momento de extremo bom-humor. Acolhido no reino dos deuses, o criminoso revelou sua mais completa ingratidão ao cortejar Hera, esposa de seu benfeitor. Ainda em seus melhores momentos, o deus dos deuses gera uma nuvem com o formato da deusa, confere-lhe a existência e se distrai vendo seu rival desonrar a falsa Hera. Mas Ixion vai além e se orgulha diante de todos por ter alcançado seus objetivos escusos com a companheira de Zeus. É quando o condescendente deus esgota sua capacidade de tolerância e atira o infeliz no Hades – o qual corresponde ao inferno na visão mitológica -, fixo em uma roda que para sempre arderia em chamas.
Desta ligação entre Ixion e a suposta Hera foi concebido um ser misto, meio homem e meio cavalo, o qual foi batizado como Centauro ou Kentauros, que depois daria origem a uma descendência assim caracterizada. Destes seres, apenas Quíron e Folo fogem ao estereótipo colérico de seus semelhantes. O primeiro foi fruto da união entre Cronos e Filira, filha do Oceano; o segundo provinha do relacionamento entre Sileno e a ninfa Melos. Portanto, nenhum dos dois era descendente de Ixion, resguardando-se assim de sua truculência.
Quiron foi celebrizado pela sua dedicação à arte de curar. Ele era extremamente devotado à Humanidade, à prática do bem e da justiça. Alguns estudiosos afirmam que sua mãe se desgostou tanto por ter produzido uma criatura aparentemente monstruosa, que teria implorado aos deuses que a mantivessem à distância dessa provação, sendo assim convertida em tília, uma árvore que produz folhas e flores medicinais. Outros insistem que a figura materna teria permanecido ao lado de seu filho em uma caverna, assessorando-o na formação de diversos jovens guerreiros.
Ao crescer, Quiron teria acompanhado a deusa Diana em suas aventuras de caça. Assim ele teria conquistado o domínio de várias disciplinas, entre elas a botânica, astronomia, medicina e cirurgia. Ele se tornaria hábil na Medicina, transferindo depois suas técnicas a vários heróis gregos. Amigo de Hércules, ele foi acidentalmente atingido pelo companheiro, o que gerou um ferimento incurável. Desesperado com a dor, ele implora para se tornar um mortal, presenteando Prometeu com sua imortalidade. Mas é imortalizado de outra maneira, pois Zeus, em sua homenagem, o representa na esfera celestial com a Constelação de Sagitário.
Outro centauro morto sem querer por Hércules foi Folo, seu grande amigo. Ao receber uma visita do herói, ele se alegra tanto que decide abrir uma garrafa de vinho para comemorar. Outros centauros, atraídos pelo aroma da bebida, invadem a casa onde eles se encontram e são alvejados pelo guerreiro que, em sua ânsia de vencê-los, acerta acidentalmente Folo, que não resiste e morre.
Os centauros são conhecidos também por sua famosa participação no confronto com os Lápitas. O monarca de Pisa, Enomau, teria convidado alguns destes seres para o matrimônio de sua filha, a quem o pai destinara ao adversário que o vencesse em uma corrida de carros. Após eliminar vários de seus rivais, ele foi enganado por Piritos, que finalmente derrotou o sogro depois de Mirtilo, o cocheiro, ter arruinado as rodas do carro do rei.
Durante a festa, o centauro Erítion bebe em demasia, tenta violar a noiva, no que é imitado por seus companheiros, dando início a uma terrível luta contra os homens. Os centauros remanescentes fogem então da Tessália. Muitos escritores da Antiguidade narraram este episódio sob a forma de poesia épica; vários artistas o retrataram em obras de arte concebidas para adornar os templos gregos.
Fontes:
http://www.brasilescola.com/mitologia/centauros.htm
http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=924986
Quíron (em grego: Χείρων, transl. Kheíron, "mão"[1]), na mitologia grega, era um centauro, considerado superior por seus próprios pares. Ao contrário do resto dos centauros que, como os sátiros, eram notórios por serem bebedores contumazes e indisciplinados, delinquentes sem cultura e propensos à violência quando ébrios, Quíron era inteligente, civilizado e bondoso,[2] e célebre por seu conhecimento e habilidade com a medicina. De acordo com um mito arcaico[3] foi criado por Cronos (Saturno, para os romanos), que, depois de ter assumido a forma de um cavalo para se esconder de sua esposa, Réia, engravidou a ninfa Filira.[4] A linhagem de Quíron também era diferente dos outros centauros, que eram filhos do Sol e das nuvens de chuva; os gregos do período clássico consideravam-nos frutos da união entre o rei Ixíon, atado permanentemente a um disco de fogo no Tártaro, e Nefele ("nuvem"), que Zeus teria criado à forma e semelhança de Hera.
Abandonado, Quíron foi encontrado por Apolo, que o criou como pai adotivo e lhe ensinou todos os seus conhecimentos: artes, música, poesia, ética, filosofia, artes divinatórias e profecias, terapias curativas e ciência. Tradicionalmente habitava o Monte Pélion. Ali se casou com Cariclo, também uma ninfa, que lhe deu três filhas: Hipe (Melanipe ou Euípe), Endeis e Ocírroe, além de um filho, Caristo. Grande curandeiro, astrólogo e um respeitado oráculo, Quíron era tido como o último dos centauros, e altamente reverenciado como professor e tutor. Entre seus pupilos estavam diversos heróis, como Asclépio, Aristeu, Ajax, Enéas, Actéon, Ceneu, Teseu, Aquiles, Jasão, Peleu, Télamon, Héracles, Oileu, Fênix e, em algumas versões do mito, Dioniso.
Sua nobreza também se reflete na história que narra sua morte: Quíron teria sacrificado sua vida, permitindo assim que a humanidade obtivesse o uso do fogo. Isto ocorreu durante a visita de Héracles à caverna de Folo, no Monte Pélion, na Tessália, enquanto visitava seu amigo, durante o quarto de seus doze trabalhos, no qual derrotou o Javali de Erimanto. Enquanto estavam fazendo uma refeição, Héracles pediu vinho, para acompanhar a comida. Folo, que comia sua comida crua, estranhou. Ele havia recebido do deus Dioniso uma jarra de um vinho sagrado anteriormente, que deveria ser conservado para o resto dos centauros até que fosse a hora certa de ser aberto. Diante do pedido de Héracles, Folo sentiu-se constrangido a oferecer o vinho santo. O herói o agarrou de suas mãos e o abriu, deixando que seus vapores e aromas saíssem da garrafa e intoxicassem os centauros, liderados por Nesso, que estavam reunidos do lado de fora da caverna e passaram imediatamente a arremessar pedras e galhos. Héracles disparou diversas flechas envenenadas contra eles, para afastá-los. Uma delas atingiu Quíron na coxa. Já Folo saiu do fundo da caverna, onde havia se refugiado, para observar a destruição, e, ao puxar uma das flechas do corpo de um dos centauros, perguntou-se como podia uma coisa tão pequena causar tanta morte e destruição. Ao dizer isso, deixou a flecha cair de sua mão sobre o seu casco, o que o matou instantaneamente.
A flecha não matou Quíron, pois, sendo filho de um titã, era imortal, porém provocou-lhe dores terríveis e incessantes. Coube assim a Héracles fazer um acordo com Zeus, trocando a imortalidade de Quíron pela vida de Prometeu, que roubara o fogo dos deuses e o dera aos homens e, por isso, fora condenado a padecer eternamente, amarrado a um rochedo enquanto um pássaro devorava seu fígado, que voltava a crescer no dia seguinte. Zeus, que afirmara que só o libertaria se um imortal abrisse mão de sua imortalidade e fosse para o Hades, o reino dos mortos, em seu lugar, concordou, liberando Quíron de seu sofrimento, para morrer tranquilamente. O deus o homenageou, colocando-o no céu como a constelação que chamamos de Sagitário (do latim sagitta, "flecha").
Quíron salvou a vida de Peleu quando Acasto tentou matá-lo, roubando sua espada e deixando-o dentro de uma mata, para ser morto pelos centauros. Quíron teria retornado a espada a Peleu. Algumas fontes especulam que Quíron seria originalmente um deus exclusivo da Tessália, posteriormente absorvido pelo panteão grego na forma de um centauro.
Discípulos de Quíron:
-
Aquiles - quando sua mãe, Tétis, abandonou seu lar e retornou às nereidas, Peleu trouxe seu filho Aquiles para Quíron, que o recebeu como discípulo e o alimentou com as entranhas de leões e javalis, e o tutano de lobas.
-
Actéon - criado por Quíron para ser um caçador, celebrizou-se por sua morte terrível: depois de ter sido transformado em um cervo pela deusa Ártemis, foi devorado por seus próprios cães que haviam entrado na caverna de Quíron procurando por seu dono.
-
Aristeu - teriam sido as Musas que, de acordo com algumas versões da lenda, teriam ensinado a Aristeu as artes da cura e da profecia. Aristeu descobriu o mel e as azeitonas. Após a morte de seu filho, Actéon, migrou para a Sardenha.
-
Asclépio - a célebre medicina de Asclépio (Esculápio para os romanos) fundamentou-se nos ensinamentos de Quíron. Apolo matou a mãe de Asclépio, Corônis, enquanto esta ainda estava grávida, porém retirou a criança da pira funerária, entregando-a ao centauro, que a criou e lhe ensinou as artes da cura e da caça.
-
Jasão - seu pai, Esão, entregou-lhe o célebre capitão dos argonautas Quíron para que o criasse quando foi deposto pelo rei Pélias.
-
Medeu - filho de Medéia com Jasão (ou, segundo alguns, Egeu), que deu o nome ao país dos medos, morto numa campanha militar contra os indianos.
-
Pátroclo - seu pai deixou-o na caverna de Quíron para estudar, juntamente com Aquiles, os acordes da harpa, aprender a arremessar lanças e cavalgar.
-
Peleu - pai de Aquiles, foi, certa vez, resgatado por Quíron: Acasto, filho de Pélias, purificou Peleu por ter matado, inadvertidamente, seu sogro, Êurites. A esposa de Acasto, no entanto, Astidâmia, apaixonou-se por Peleu; ao perceber que não era correspondida, passou a tramar contra ele, acusando-o, pelas costas, de tentar estuprá-la. Acasto, sem poder matar o homem que acabara de purificar, levou-o para uma caçada no Monte Pélion; à noite, quando Peleu adormeceu, abandonou-o e escondeu sua espada. Ao despertar, os centauros haviam cercado seu acampamento e o teriam matado não fosse a intervenção providencial de Quíron, que também lhe devolveu a espada após procurar e encontrá-la. Quíton promoveu então o casamento de Peleu com Tétis, criando Aquiles por ela. Também indicou a Peleu como conquistar a nereide que, sempre mudando sua forma, conseguia evitar que ele a capturasse. Em outras lendas, teria sido Proteu quem teria ajudado Peleu; quando este se casou com Tétis, ele teria recebido de Quíron uma lança de carvalho, que Aquiles levou para a Guerra de Tróia, com a qual Aquiles curou Télefo ao remover a ferrugem.
Referências:
1. Compare com os dáctilos, "dedos", antigos mestras da arte da metalurgia e curandeiros mágicos.
2. Homero, Ilíada xi.831.
3. Uma citação da Titanomaquia, obra já perdida, fornecida como scholium à Argonáutica de Apolônio de Rodes, I.554 (citação online); A Bibliotheke, de Pseudo-Apolodoro (1. 8 - 9) também pode ter se inspirado na mesma fonte.
4. Bibliotheke 1.2.4.
Cécrope (em grego, Κέκρωψ, Kékrōps) foi um rei mítico de Atenas. O nome não é de origem grega, de acordo com Estrabão, ou pode significar "um cara com rabo ': diz-se que, nascido da própria terra, teve a sua metade superior em forma de homem e metade inferior em serpente ou peixes em forma de cauda. Ele foi o fundador e o primeiro rei de Atenas, embora precedido na região, a terra-nascido Acteu rei da Ática. Cécrope foi um herói da cultura, o ensino do casamento atenienses, leitura e escrita, e enterro cerimonial.
Durante seu reinado, Atena se tornou a padroeira da cidade de Atenas, em uma competição com Poseidon, que Cécrope julgado. Eles concordaram que cada um daria aos atenienses um dom, e Cécrope iria escolher a prenda que preferiam. Poseidon bateu na rocha da Acrópole, com seu tridente e uma mola saltou acima, a água era salgada e pensei que não era muito útil, enquanto que Atena feriu a rocha com a sua lança e uma oliveira surgiram. Cécrope julgado da oliveira a ser o dom superior, para a oliveira trazida de madeira, petróleo e dos alimentos e, consequentemente, Athena aceite como seu patrono. Poseidon, em uma rara demonstração de magnanimidade, decidiu conceder o seu dom não obstante, apesar de sua natureza foi inicialmente mal: era a intenção de representar o poder do mar, que Atenas foi gloriosamente a exercer no futuro.
A Acrópole era também conhecido como Cecropia em sua honra.
Cécrope eu era o pai de três filhas: Herse, Pandroso e Aglauros. Para eles foi dada uma caixa ou frasco contendo o infante Erictônio guarda invisível. Olharam, e aterrorizados pelas duas serpentes Athena tinha fixado prazo para guarda da criança, eles fugiram em terror e da acrópole de suas mortes. Alguns relatos dizem que uma das irmãs foi transformada em pedra.
Aparentemente Cécrope Aglauros casado, a filha de Acteu (antigo rei da região). Não se sabe se essa mulher era a mãe do filho de Cécrope Erisictão. Erisictão morreu antes dele, e ele foi sucedido por Cranau.
Na mitologia grega, Pandion I (Πανδίων Α ") foi um rei lendário de Atenas, filho e herdeiro Erichthonius de Atenas e de sua esposa, a náiade Praxitéia. Ele se casou com uma Náiade, Zeuxippe, e tiveram quatro filhos, Erecteu, Butes, Procne e Philomela. Sua regra era normal. Ele travou uma guerra com Lábdaco, o rei de Tebas, ao longo das fronteiras, e se casou com sua filha para Procne Tereus em troca de ajuda no combate. De acordo com Apolodoro, foi durante o reinado de Pandíon de que os deuses Deméter e Dionísio veio a Ática. Em sua morte, deu a regra de Atenas de Erecteu, mas o sacerdócio de Poseidon e Atena para Butes.
Ereteu (Ἐρεχθεύς) na mitologia grega, era o nome de um rei arcaico de Atenas (sexto rei), a re-fundador da polis e um duplo em Atenas para Poseidon, como "Poseidon Erechtheus". A Erechtheus mítica e uma Erechtheus dada uma genealogia humana e definir em um contexto de historiar-se eles nunca foram realmente distingue-se por atenienses, foram harmonizadas como um perdido em Erechtheus Eurípedes a tragédia, (423/22 aC). O Erichthonius nome é transportada por um filho de Ereteu, mas Plutarco confundiu os dois nomes no mito da geração dos Erechtheus.
Atenienses se consideravam Erechtheidai, os "filhos de Erecteu." Na Ilíada de Homero (2. 547-48), ele é o filho de "grão-dando Terra", criados por Athena. A terra-nascido filho foi gerado por Hefesto, cujo sémen Atena limpou de sua coxa com um filete de lã elenco para a Terra, Gaia, através da qual foi feita grávida.
Na disputa pelo patronship de Atenas, entre Poseidon e Athena, a mola de sal na Acrópole, onde atingiu o tridente de Poseidon era conhecido como o mar de Ereteu.
Egeu:
Na mitologia grega, Egeu era filho de Pandion II, pai de Teseu e rei de Atenas.
Em algumas versões, ele não é o pai de Teseu, que seria filho de Poseidon.
Teseu estava em Trezena quando Medéia veio para Atenas e se casou com Egeu. Medéia tentou assassinar Teseu, mas sua tramóia foi descoberta, e ela fugiu.
Egeu assassinou o filho do Rei Minos, de Creta. Por causa disso, Atenas teve que pagar, em tributo, sete casais a cada nove anos, para serem comidos pelo Minotauro.
Egeu pede a Teseu que vá matar o Minotauro. Combinou com seu filho que ele fosse com as velas negras e, caso voltasse vivo, erguesse as velas brancas. Se morresse, a tripulação levaria o corpo com as velas negras erguidas. Teseu vai a Creta e mata o Minotauro, mas, na volta, cheio de felicidade por ter derrotado o monstro, ele deixa as velas negras, e Egeu, achando que Teseu tinha morrido, se mata, jogando-se no mar que passou a se chamar Mar Egeu.
Niso:
Na mitologia grega, Niso, um dos filhos de Pandião II de Atenas, irmão de Egeu, foi um rei de Mégara, reinava em Nisa, cidade vizinha à Atenas. Ele foi traído pela filha, Sila (Cila), que se apaixonou pelo seu maior inimigo, Minos.
A sorte de Niso dependia de uma mecha de cabelo de cor púrpura que foi cortada por Cila, durante o sono. Mimos apesar de ter aproveitado do ato, não aceitou a traidora como aliada, expulsando-a de sua presença a mulher pérfida.
Teseu (em grego: Θησεύς) foi, na mitologia grega, um grande herói ateniense. Seu nome significa "o homem forte por excelência".
O nascimento de Teseu:
Segundo as lendas cretenses, Teseu era filho de Egeu, que era rei de Atenas e filho de Pandíon e Pília, e de Etra, que era filha do sábio Piteu, que era rei de Trezena, lugar onde ele nasceu. Egeu, descendente de Erictônio, reinava em Atenas e não tinha descendentes, embora tentasse com suas várias esposas. Tinha no entanto 50 sobrinhos, os palântidas (filhos de um irmão chamado Palas), que esperavam pacientemente sua morte para dividir a Ática entre si.
Egeu resolve consultar um oráculo, que o aconselhou: - "Não desate a boca do odre antes de atingir o ponto mais alto da cidade de Atenas". Egeu, que não consegue decifrar o oráculo, resolve voltar para Atenas, seu reino. Na volta dessa viagem, resolve parar em Trezena, onde reinava Piteu, filho de Pélops e Hipodâmia, dotado de poderes divinatórios e grande sábio. Egeu confessou ao amigo que não entendera nada, mas Piteu entendeu tudo. Ele tinha uma bela filha, Etra e, depois de embebedar Egeu com vinho, fez a moça se unir a ele. Em algumas versões da lenda o deus Poseidon, apaixonado por Etra, também se unira a ela antes, nessa mesma noite.
Etra engravidou, de Poseidon. Antes de conhecer o filho, Egeu teve de voltar a Atenas, pois a situação estava um pouco instável devido à ambição dos sobrinhos. Por esse motivo, inclusive, o rei pediu a Etra que, se ela desse à luz um menino, só revelasse ao filho quem era seu pai quando ele tivesse forças para pegar a espada e as sandálias que ele escondera sob uma enorme pedra. Depois disso devia ir em segredo até Atenas, portando a espada de seu pai e calçando suas sandálias, pois os ambiciosos palântidas eram capazes de matá-lo.
Nasceu um menino, que cresceu vigoroso e forte como um herói. Aos dezesseis anos seu vigor físico era tão impressionante que Etra decidiu contar-lhe quem era o pai e o que se esperava dele. Teseu ergueu então a enorme pedra antes movida por Egeu, recuperou a espada e as sandálias do pai, e dirigiu-se para Atenas.
A chegada de Teseu:
Em sua viagem, chegou a Epiadouro, onde encontrou Perifetes, filho de Hefesto e de Anticléia. Perifetes, assim como seu pai, era coxo e usava sua muleta como clava para matar os peregrinos que estavam indo para epiadouro. Teseu Matou-o com a sua própria muleta/clava e guardou-a como lembrança de sua primeira vitória. Teseu passou por várias outras batalhas, entre elas, batalhou uma vez com Sínis, gigante filho de Poseidon, que amarrava seus inimigos em um pinheiro e os arremessava contra rochas, envergando o mesmo até o chão. Teseu fez o mesmo com sínis, e prosseguiu em sua viagem.
Egeu reconheceu seu filho ao ver a espada e as sandálias e anunciou a todos que Teseu era seu filho e herdeiro.
Teseu em Atenas:
Quando Teseu chegou em Atenas já era conhecido pelos seus feitos, mas o rei Egeu não sabia que ele era seu filho. Medéia já estava instalada no palácio real depois de fugir de Corinto após o assassinato de 4 pessoas, inclusive seus dois filhos. Medéia sabia da identidade do herói, mas não contou a Egeu e sim convenceu-o a matar o forasteiro que poderia ser uma ameaça ao seu reinado. Colocou veneno no vinho e ofereceu ao visitante ilustre. Teseu tirou a espada para seu conforto à mesa e Egeu o reconheceu, evitando assim a sua morte. Medéia mais uma vez foi expulsa de um reino, só que desta vez voltou para a Cólquida.
Variantes do mito contam que Medéia mandou seu enteado na missão de capturar um touro bravo que vivia perto de Atenas, na planície de Maratona. Este touro seria o de Creta, do 7º trabalho de Héracles. Depois de morto o touro, foi feito um sacrifício para Apolo e, quando Teseu sacou da espada foi reconhecido pelo pai. Na véspera da caçada uma senhora hospedou Teseu em sua humilde casa e prometeu um sacrifício para Zeus se ele voltasse vivo e vitorioso. Quando voltou para ver sua anfitriã que chamava-se Hécale, Teseu encontrou-a morta e instituiu um culto a Zeus Hecalésio para sua honra. Antes de virar rei nosso herói precisou enfrentar a sua própria fúria animal na forma de um touro. Este mesmo touro foi o responsável pelo encontro de Teseu com Ariadne, e veremos que pode ter sido o início de sua derrocada.
Ao tomar conhecimento que seus primos, os cinquenta Palântidas, queriam tirar o trono de seu pai, Teseu resolveu acabar com eles. Os primos se dividiram para fazer uma emboscada, mas não adiantou muito, pois Teseu foi avisado pelo arauto chamado Leos. Conta-se que depois da 'limpeza familiar' Teseu teve de se exilar por um ano em Trezena.
Teseu e o Minotauro de Creta:
Para combater o touro de Creta, foi enviado anteriormente por Egeu, o jovem Androgeu que era filho de Minos e sua esposa Pasífae, reis de Creta.
Dizem que o motivo foi a inveja pelo desempenho do jovem nos jogos de Atenas.
Como o jovem pereceu tentando matar o touro, seu pai Minos resolveu fazer uma guerra contra Atenas, da qual saiu vencedor. Uma variante do mito dá a morte de Androgeu por motivos políticos, pois este teria se unido aos Palântidas que eram inimigos de Egeu. Minos rumou para Mégara com sua poderosa esquadra e logo partiu para cercar Atenas.
Durante a guerra uma peste enviada por Zeus contra os atenienses provocou a derrota de Egeu, o que levou o rei Minos a cobrar uma taxa a cada nove anos.
A taxa foi em forma de 7 rapazes e 7 moças atenienses enviados para Creta, onde seriam colocados no labirinto para serem devorados pelo seu filho monstruoso, o Minotauro. Na terceira remessa de jovens, Teseu estava presente e resolveu intervir no problema. Entrou no lugar de um jovem e partiu para Creta para entrar no Labirinto. Na partida usou velas pretas para navegar e seu pai entregou-lhe um jogo de velas brancas, para usar caso saísse vitorioso na missão.
Com efeito, a linda Ariadne, filha do poderoso Minos, apaixonou-se por Teseu e combinou com ele um meio de encontrar a saída do terrível labirinto. Um meio bastante simples: apenas um novelo de lã.
Ariadne ficaria à entrada do palácio, segurando o novelo que Teseu iria desenrolando a medida que fosse avançando pelo labirinto. Para voltar ao ponto de partida, teria, apenas, que ir seguindo o fio que Ariadne seguraria firmemente. Teseu avançou e matou o monstro com um só golpe na cabeça.
A volta e a queda de Teseu:
No caminho de volta pára na ilha de Naxos e de lá zarpa deixando Ariadne dormindo. Esta é a versão mais conhecida e numa outra é Dionísio que pede para Teseu deixar a jovem lá. Como presente de núpcias para Ariadne, Dioniso lhe deu um diadema de ouro cinzelado feito por Hefesto. Este diadema foi mais tarde transformado em constelação. Dioniso e Ariadne tiveram quatro filhos: Toas, Estáfilo, Enópion e Pepareto. Em outra variante, Teseu abandona Ariadne porque amava Egle filha de Panopleu. Em uma quarta variante leva Ariadne para a praia da ilha para amenizar seu enjôo. Um vento muito forte deixa o navio a deriva e quando ele consegue voltar encontra a princesa morta.
A próxima escala foi na ilha de Delos, onde consagrou uma estátua de Afrodite, presente de Ariadne. Depois ele e seus companheiros realizaram uma dança circular que se tornou um rito na ilha de Apolo e foi executado por muito tempo.
Ao se aproximar de Atenas, Teseu esqueceu de trocar as velas negras pelas velas brancas e seu pai quando avistou o navio achou que ele havia morrido na empreitada, atirando-se do penhasco e precipitando-se no mar, que então passou a levar o seu nome.
Subindo ao trono, Teseu organizou um governo em bases democráticas, reunindo os habitantes da Ática, fazendo leis sábias e úteis para o povo. Vendo que tudo corria bem e os atenienses estavam felizes, Teseu mais uma vez se ausentou em busca das aventuras que tanto apreciava.
Teseu liderou uma luta contra as Amazonas e suas origens são contadas com alguma diferença. Numa das versões lutou junto com Héracles e recebeu como prêmio a Amazona Antíope e teve com ela um filho chamando Hipólito. Em outra versão Teseu foi sozinho a terra das Amazonas e raptou Antíope. Então as Amazonas invadiram a Ática para vingar o rapto. Numa terceira variante, as Amazonas invadiram Atenas, pois Teseu tinha abandonado Antíope para se casar com a irmã de Ariadne, Fedra. De qualquer maneira para comemorar a vitória sobre as Amazonas os atenienses instituíram as festas chamadas Boedrômias.
Em uma de suas aventuras com Pirítoo resolveu raptar Helena ainda uma criança e logo em seguida ir ao Hades raptar Perséfone. Este fato foi estimulado porque as duas eram de descendência divina. Resolveram que Helena seria esposa de Teseu e Perséfone de Pirítoo. Os heróis foram a Esparta e raptaram Helena de dentro de templo de Ártemis, mas não contavam que os irmãos da jovem, Castor e Pólux, fossem atrás da irmã. Teseu levou Helena para Afidna para ficar sob os cuidados de sua mãe Etra e foram ao Hades raptar Perséfone. Durante esta aventura Castor e Pólux conseguiram resgatar a sua irmã. Este resgate foi facilitado por Academo que revelou o esconderijo da princesa. No Hades foram convidados pelo seu rei para sentarem e comerem, com isso ficaram presos nos assentos infernais. Quando Héracles foi ao inferno libertá-los, somente lhe foi permitido levar Teseu, ficando Pirítoo (PIRITÓ) preso na 'cadeira do esquecimento'.
Quando Teseu retornou para Atenas encontrou a cidade transtornada e transformada. Cansado de tanta luta e do trabalho administrativo enviou seus filhos para Eubéia, onde reinava Elefenor (enganar com promessas) e resolveu morar na ilha do Ciros. Licomedes (o que age como lobo), o rei da ilha de Ciros sentindo-se ameaçado, resolveu matar o herói, jogando-o de um penhasco. Mesmo depois de sua morte, o eidolon (alma sem o corpo) de Teseu ajudou os atenienses durante a batalha de Maratona, em 480 a.C., afugentando os persas.
Depois de sua morte, porém, os atenienses, arrependidos, foram a Ciros buscar suas cinzas e ergueram-lhe um templo magnífico.
Esta fábula, que tem sido objeto de investigações dos historiadores, parece indicar que Atenas, durante muito tempo, esteve dominada pelos reis de Creta, que lhe exigiam pesados tributos. O episódio de Teseu e do Minotauro deve indicar uma revolução que libertou os atenienses.
Escavações realizadas na ilha de Creta, no início do século, revelaram a existência de um grande palácio provido de imensos corredores que lembravam um labirinto. Por outro lado, afirmam os especialistas que existem elementos que permitem dizer que os reis de Creta usavam, em certas festas e cerimônias religiosas, máscaras representando cabeças de touros.
Piritó filho de Oxion, rei de Lápidas, célebre por sua habilidade de manejar cavalos, como também pela guerra contra os centauros. Casou com Hipôdamia, filha de Adrasto, Rei de Argos, desde cedo se impressionou com as façanhas de Teseu, no qual a principio tentou desafiar, mas ficaram parceiros com grande e fiel amizade de um pelo outro, chegando ao ponto de juraram um pelo outro eterna e mútua proteção.
Fiel amigo de Teseu, ajudou-o no Rapto de Helena. Cérbero atacou Piritó nas entranhas dos infernos estrangulando-o. Coube nesta epopeia infernal a intervenção de Teseu.
Pirithous era o filho de Ixion e Dia e sua ligação com Hippodamia, filha de Butes, o jovem rei convidou os centauros de seus irmãos. Ambos os cônjuges estavam relacionados a eles. Era um grande casamento, com uma grande festa onde funcionou a comida e bebida. Os centauros ficou bêbado e tentou estupro e sequestro convidados da noiva. O Lapita após uma sangrenta batalha os centauros foram capazes de reduzir e removê-los da Tessália. Todos os clientes do sexo masculino foram unidos contra os Centauros em uma violenta batalha. Entre eles estavam o lápitas parentes (Pirithous) que aderiram Teseu. A famosa batalha entre centauros e lápitas terminou com a vitória deste último. Essa lenda simboliza o triunfo da civilização sobre a barbárie.
Teseu e Pirithous eram inseparáveis, e participou junto em façanhas militares de seu dia em Calydon caça ao javali, na expedição dos Argonautas, e assim por diante.
Eles decidiram se casar com uma filha de Zeus, Teseu com Helena, que era uma criança, e Pirithous com Perséfone. Helena raptada primeiro lugar e deixou sob a custódia da Aethra, e então decidiu descer ao Hades em busca de Perséfone. O Dioscuri, irmãos de Helena, foi para libertar sua irmã. Quando Teseu e Pirithous tinha descido ao Hades, eles foram presos lá. Quando Heracles, em seu décimo segundo trabalho foi em busca de Cerberus, estando agora perto dos portões do inferno, encontrou-os acorrentados. Heracles tenderam a ver suas mãos para ele, como se eles seriam ressuscitados pelo poder dele. A Teseu, de mãos dadas, conseguiu levantá-lo, mas deixou Pirithous uma vez que, ao tentar subir, a terra tremeu, por isso ele ficou para sempre no Hades.
Um dos dois frontões do templo de Zeus em Olímpia representou a luta entre lápitas e centauros nas bodas de Pirithous.
Na mitologia grega, Hipólito era filho de Teseu e de Hipólita rainha das amazonas, que herdou da mãe o gosto pela caça e pelos exercícios violentos. Cultuava Artemis e menosprezava Afrodite. Ela, enciumada, vingou-se fazendo Fedra, segunda esposa de Teseu, apaixonar-se por ele. Rejeitada, Fedra acusou Hipólito de ter tentado violentá-la. Teseu pediu a Poseidon que castigasse Hipólito. O jovem conduzia seu carro junto ao mar quando, assustados por um monstro marinho, seus cavalos precipitaram-se pelas rochas causando-lhe a morte. Fedra suicidou-se de remorso e desespero após isso. Esta história virou uma tragédia escrita por Eurípedes em 428 a.C..
Na mitologia, Fedra é a filha de Minos (rei de Creta) e Pasífae (filha de Helio, mãe do Minotauro), irmã de Ariadne, Deucalião e Catreu.
Deucalião, rei de Creta, como sucessor do irmão mais velho Catreu, decide que ela se casará com Teseu (rei de Atenas), que, segundo algumas versões, já era casado com uma amazona (Antíopa, Hipólita), a quem aparentemente tinha raptado. No dia da boda entre Teseu e Fedra, irrompeu uma guerra com as Amazonas, e estas foram derrotadas.
Antíopa e Teseu teriam tido um filho, Hipólito. O jovem era formoso e casto e Fedra apaixonou-se perdidamente por ele. Hipólito, devido á sua castidade e ao respeito pelo pai, rechaça Fedra.
Fedra começa então a preocupar-se de que Teseu venha a ter conhecimento do seu amor secreto e acredita que Hipólito é capaz de contar-lhe tudo num ato de fidelidade e honestidade. Para evitar que isso acontecesse, Fedra levanta uma calúnia contra Hipólito, fazendo parecer que ele é que a ultrajara.
Teseu, levado pela ira, manda desterrar o filho e pede a Poseidon a sua morte. Hipólito morre arrastado pelos seus cavalos. Fedra angustiada pela culpa, enforca-se.
O trágico grego Eurípides encarregou-se de mostrar duas versões desta tragédia, da qual se conserva uma, que é a fonte mais conhecida do mito.
Na mitologia grega, Minos (em grego: Μίνως) foi um rei da ilha de Creta semi-lendário, filho de Zeus e de Europa. A civilização minoica teve esse nome derivado de Minos. Ele teria nascido em cerca de 1445 a.C. e reinado de 1406 a.C. a 1204 a.C. (segundo a Crônica de Jerônimo de Stridon).
Minos e os seus irmãos Radamanto e Sarpédon foram criados pelo rei Asterion, de Creta. Quando Asterion morreu, legou seu trono a Minos, que baniu Sarpédon e, de acordo com algumas fontes, também Radamanto.
De sua esposa Pasífae, Minos foi o pai de Ariadne, de Androgeu, de Deucalião, de Fedra, de Glauco, de Catreu e de muitos outros. Pasífae teria sido também a mãe do Minotauro. Atribuem-lhe grande número de aventuras amorosas e costumam apontá-lo como o primeiro homem a praticar a pederastia. Ele foi morto pelas filhas do rei Cocalos da Sicília, quando perseguia Dédalo.
De acordo com a mitologia, depois de morto, Minos desceu ao mundo subterrâneo onde se tornou um dos juízes dos mortos. No poema épico Inferno de Dante, Minos ouve as confissões dos mortos e designa-os a um círculo e subcírculo específico, de acordo com a falta mais grave relatada.
Em parte devido ao fato de não ter sido decifrada a escrita minoica (linear A), não é certo se "Minos" é um nome ou se seria a palavra cretense para "rei". Estudiosos fazem notar a interessante semelhança entre "Minos" e os nomes de outros primeiros reis da antiguidade, como Menés – do Egito, Mannus – da Alemanha, Manu – da Índia etc. Segundo evidências ele pode ter existido e vivido por volta de 1.500 a.C. e unificado os Minoicos em um só governo, e construído a primeira armada minoica que foi destruída 30 anos depois pela erupção do vulcão Santorini.
Na mitologia grega, Pasífae, filha de Apolo e de Perseis, foi a mulher de Minos e mãe de Androgeu (ou Eurigies), Ariadne, Deucalião, Fedra, Glauco de Creta, Catreu e Acacalis.
Como o marido Minos se recusou a sacrificar um enorme touro branco a Poseidon, este, por vingança, conseguiu convencer Afrodite a castigá-lo. Assim, a deusa do amor inspirou a Pasifae um amor irresistível por esse touro branco. Dédalo ajudou este amor monstruoso de Pasifae, fabricando para ela uma vaca de madeira tão perfeita que enganou o touro. Pasífae colocou-se no interior e dessa união nasceu um ser metade touro metade homem: o Minotauro.
Na mitologia grega, Ícaro (em grego, Íkaros — em latim, Íkaros e em etrusco, Vicare) era o filho de Dédalo e é comumente conhecido pela sua tentativa de deixar Creta voando – tentativa frustrada em uma queda que culminou na sua morte.
A tentativa de deixar Creta:
O pai de Ícaro, Dédalo, um talentoso e remarcável artesão ateniense, tentou deixar o seu exílio na ilha de Creta, onde ele e o seu filho estavam presos nas mãos de Minos, o rei para o qual ele havia construído o Labirinto para confinar o minotauro (metade homem, metade touro). Dédalo, o artesão-chefe, estava exilado porque deu à filha de Minos, Ariadne, um novelo de linha de modo a ajudar Teseu, um inimigo de Minos, a sobreviver ao Labirinto e derrotar o minotauro.
Dédalo confeccionou dois pares de asas, usando penas e cera, para ele mesmo e seu filho. Antes de deixarem aquela ilha, Dédalo avisou ao seu filho não voar tão rente ao sol,pois o calor derreteria a cera, nem tão rente ao mar, pois a umidade deixaria as asas mais pesadas levandoó a cair no mar. Graças à enorme liberdade que voar deu a Ícaro, este cruzou curiosamente o céu, mas durante o processo ele veio rente ao sol, que derreteu a cera. Ícaro se manteve batendo as asas mas logo acreditou que já não lhe sobrava qualquer pena daquelas e que ele estava batendo apenas os seus próprios braços. E assim, Ícaro caiu no mar na região que recebeu o nome dele – o mar Icário próximo a Icaria, uma ilha a sudoeste de Samos.
Escritores helenísticos que deram sabedoria filosófica ao mito também preferiram mais realidade, na qual deixar Creta era então por água, provida por Pasífae, para que Dédalo criou os primeiros barcos, para Minos possuir galeras, e que Ícaro caiu a caminho da Sicília e se afogou. Hércules construiu um túmulo a ele.
Outra versão:
Icáro era filho de Dedálo e de uma escrava de Minos, Náucrate, por parte de seu pai Icáro descende do próprio Zeus, uma vez que Dedálo era filho de Alcipe, que era filha de Ares, que por sua vez era filho de Zeus e Hera.
Dedálo, exilado por ter matado seu sobrinho Talo, refugiou-se em Tebas, junto ao rei Minos. Após o nascimento do Minotauro, fruto dos amores entre Pasífae e um touro divino (V. Minos), construiu o labirinto, no qual encerrou o monstro.
Tempos depois, o minotauro foi morto por Teseu (V. Teseu e V. Minotauro). Após a morte do Minotauro, Dedálo foi preso, juntamente com seu filho, no labirinto. Então contruiu asas artificiais a partir da cera do mel de abelhas e asas de gaivota. Dessa forma conseguiu fugir.
Antes, porém, alertou ao filho que não voasse muito perto do sol, para que esse não pudesse derreter a cera das asas, e nem muito perto do mar, pois esse poderia deixar as asas mais pesadas.
No entanto Icáro não ouviu os conselhos do pai e querendo realizar o sonho de voar próximo ao sol, acabou despencando e caindo no mar Egeu, enquanto seu pai, aos prantos, voava para a costa. Ao chegar a Sicília, foi acolhido na casa do Rei Cocálo.
.
Foi o décimo segundo dos reis legendários de Atenas. Ele era filho de Teseu e Fedra, irmão de Akamas. Ele participou na Guerra de Tróia ao lado Menestheus seu antecessor, e foi um dos guerreiros trancada no cavalo de tróia. Após a guerra, Agamenon foi o lançamento de sua avó Aethra, que foi mantido como escravo de Helen desde a guerra do Dioscuri contra Atenas. Ele herdou o trono de Atenas.
Em sua viagem de retorno ancorada na Trácia perda de território Bisaltia.
Phillies (Filis), filha do rei, se apaixonou por ele, e seu pai lhe deu em casamento a Demofom, o seu reino por um dote. Mas Demofom continuou seu caminho sem ter prometido voltar.
Phillies (Filis) lhe deu um presente de um caixão, dizendo que ele continha um objeto sagrado para a Mãe dos Deuses, Rhea, e aconselhou-lhe para não abri-lo enquanto ele ainda tinha esperanças de voltar com ela. Mas o tempo passou e não voltou Demofom, Phillies (Filis) amaldiçoou e foi morto. Demofom, entretanto, abriu o caixão, e assustada, andava montado em seu cavalo e correu a galope: morreu ao cair em sua espada removido.
Demofom Phillies (Filis) e teria tido vários filhos, como Oxintes, que sucedeu a seu pai.
Seu nome também está relacionado ao de Hércules, durante sua fuga para escapar Euristeu (o rei da Argólida), que perseguiram, eles se refugiaram na Ática. Demofom recebido e, tendo colocado na Maratona, travaram uma batalha vitoriosa contra Euristeu, que precipitou a queda do rei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário