Loki (também conhecido como Loke ou Loptr) é um deus ou um gigante da mitologia nórdica. Deus do fogo, também está ligado à magia e pode assumir muitas formas. Ele não pertence aos Aesir, embora viva com eles. Pode ser considerado como um símbolo da maldade, traiçoeiro, de pouca confiança; está entre as figuras mais complexas da mitologia nórdica.
Ele possui um grande senso de estratégia e usa suas habilidades para seus interesses, envolvendo intriga e mentiras complexas. Sendo um misto de deus e gigante, sua relação com os outros deuses é conturbada. Entretanto, ele é respeitado por Odin, os dois mantém relações fraternas. Ele também ajuda Thor em algumas situações para recuperar seu martelo Mjölnir, roubado pelos gigantes.
As referências a Loki estão no Edda em verso, compilado no século XIII a partir de fontes tradicionais, no Edda em prosa e no Heimskringla, escrito no século XIII por Snorri Sturluson.
Ele também aparece nos Poemas rúnicos, a poesia dos escaldos, e no folclore escandinavo. Há teorias que conectam o personagem com o ar ou o fogo, e que ele pode ser a mesma figura do deus Lóðurr. O compositor Richard Wagner apresentou o personagem com o nome germânico Loge em sua tetralogia de óperas Der Ring des Nibelungen. Entretanto, essa variação do nome na realidade diz respeito a outro personagem nórdico, o gigante de fogo Logi, o que reforça sua relação com o fogo.
Edda em verso
No Edda em verso, Loki aparece nos poemas Völuspá, Lokasenna, Þrymskviða, Reginsmál, Baldrs draumar e Hyndluljóð, seja apenas citado ou parte relevante do texto.
"Loki zomba Bragi" (1.908) por W. G. Collingwood.
Lokasenna
O poema começa com uma prosa introdutória detalhando que Aegir promovia um evento em seu salão para alguns deuses e elfos. No local, os deuses elogiam os serventes Fimafeng e Eldir, e Loki mata Fimafeng por não suportar ouvir aquilo. Em resposta, os deuses pegam seus escudos e atacam Loki, o perseguindo do salão até a floresta. Por fim, os deuses retornam ao salão e continuam a beber.[1]
O fugitivo volta ao local, e encontrar Eldir fora do salão. Começando o poema, Loki o saúda e pede que ele conte o que os deuses discutem desde sua ausência. Eldir responde que eles discutem suas armas e suas qualidades bélicas, e que nada amigável se dizia sobre Loki. O deus do fogo diz que entrará no evento, e que até o fim ele induziria discussão entre os deuses. Ele entra no salão, e todos se emudecem com sua presença.[2]
Sedento, Loki clama que havia retornado de uma longa jornada para pedir aos deuses uma dose de hidromel. Chamando-os de arrogantes, ele questiona porque eles se calam, e exige que o encontrem uma cadeira, ou o expulsem do local. O deus escaldo Bragi é o primeiro a responder, dizendo que Loki não teria uma cadeira. Loki não o responde diretamente, mas direciona sua atenção a Odin, lembrando que nos velhos tempos Odin dizia que nunca beberia se a bebida não fosse trazida a ambos.
"Loke e Sigyn" (1.863) por Mårten Eskil Winge.
Odin então pede a seu filho Vidar que se levante, para que Loki possa sentar e parar de culpar os deuses presentes. O jovem se levanta e serve bebida ao convidado. Antes de beber, ele pede um brinde aos deuses, exceto a Bragi, que responde que forneceria um cavalo, uma espada e um
anel de suas posses para que não fosse mal visto pelos outros deuses.
Ao acusar o argumentador, Loki ouve que, fora do salão Bragi teria a cabeça do inimigo como prêmio por suas mentiras. Ele responde que Bragi era bravo somente sentado, e que correria
ao enfrentar um homem de espírito.[3]
A deusa Iduna interrompe, pedindo que Bragi pare de argumentar com Loki naquele salão, em respeito à sua família. Loki pede que ela se cale, acusando-a, sendo respondido que ela não gostaria de vê-los duelando. A deusa Gefjun questiona o motivo dos dois duelarem, e é respondida por Loki com mais acusações.[4]
Odin diz que Loki seria insano ao tornar Gefjun sua inimiga, tendo em vista que sua sabedoria com o destino dos homens seria tão grande quanto a do próprio Odin. Os dois então passam a trocar insultos sobre fatos do passado.[5] Frigg, deusa e esposa de Odin, argumenta que o passado dos dois não deveria ser dito em frente aos outros, e Loki passa a insultá-la também, o que também acontece com Freya e Njord, entre outros.
Eventualmente, Thor chega ao local e manda Loki se calar, chamando-o de criatura maléfica e dizendo que com seu martelo Mjölnir o silenciaria. Os dois também começam a discutir, terminando o poema de Lokasenna. Por fim, há uma prosa detalhando Loki saindo do salão, transformando-se em salmão e se escondendo nas cascatas de Franangrsfors, onde Aesir o capturou. Loki é preso, e Skadi coloca uma cobra sobre sua cabeça, de onde passar a cair veneno. Esposa de Loki, Sigyn senta-se junto a ele e começa a coletar o veneno em defesa de seu esposo. Com o enchimento da vasilha, ela deixou o local para despejar o líquido, e durante esse período o líquido tóxico cai sobre ele, causando-o tamanha violência que toda a terra tremeu com a força, resultando no que hoje é conhecido como terremoto.[6]
"Vôo de Loki para Jötunheim" (1908) por W. G. Collingwood.
Þrymskviða
Thor acorda e percebe a perda de seu martelo Mjölnir. Ele vai ao encontro direto de Loki, e os dois vão à corte de Freya. A deusa tinha uma capa de couto que a dava a possibilidade de se transformar em pássaro e voar pelos diversos mundos. Thor a pede emprestado sua capa para poder procurar seu objeto perdido, sendo atendido. Loki pega a capa e sai à procura.
No Jotunheim, o gigante Þrymr está sentado numa mamoa e vê Loki chegando. Ele pergunta o que estaria acontecendo entre os deuses e os elfos para Loki estar sozinho naquele local. Loki responde que ele tinha más notícias para deuses e elfos, o martelo de Thor havia sumido. O gigante responde que havia escondido o Mjölnir debaixo da terra, e que devolveria somente se Freya fosse trazida para se tornar sua esposa. Loki então deixa o local, e volta à presença dos deuses.[7]
Thor questiona o sucesso da busca de Loki, e recebe resposta positiva. Loki conta que o martelo está com Þrymr, mas que só seria devolvido se Freya fosse levada a ele para se tornar sua esposa. Os dois vão ao encontro da deusa e a mandam se vestir de noiva, para que fosse a Jotunheim. Indignada, ela protesta com ódio, fazendo com que seu colar Brisingamen caia.[8] Como resultado, os deuses se reúnem para discutir o assunto. Heimdall sugere que Thor se vista de noiva e vá ao local, o que é rejeitado por Thor. Mas Loki apoia a ideia, dizendo que essa seria a única forma de recuperar o martelo. Ele argumenta que, sem aquele martelo, os gigantes poderia invadir e se estabelecer em Asgard. Os deuses então vestem Thor como uma noiva, Loki se oferece para acompanhá-lo como ajudante, e os dois então partem para Jotunheim.[9]
Cavalgando juntos na biga levada por cabras, os dois chegam ao local. Þrymr comanda os gigantes em seu salão para prepará-lo à cerimônia. No começo da noite, Loki e Thor se encontram com Þrymr; Thor come e bebe ferozmente, consumindo animais inteiros e muito hidromel. Þrymr estranha o comportamento, e Loki, sentado ao lado e percebendo a situação, desculpa-se e alega que "Freya" não havia comido por oito dias por ansiedade com o casamento. Þrymr levanta o véu e deseja beijar a noiva, mas nota os olhos raivosos o encarando. Loki novamente se desculpa, dizendo que "ela" não havia dormido por oito noites ansiosa com o casamento.[10]
Pede-se o presente de casamento, e os gigantes trazem o Mjöllnir para santificar a noiva, e casar os noivos sob benção da deusa Vár. Thor se alivia quando vê o martelo, pagando-o para lutar contra todos os gigantes, recuperando seu objeto valioso.[11]
Reginsmál
Loki aparece na prosa e no começo do poema de Reginsmál. A introdução em prosa detalha que enquanto o herói Sigurd era cuidado por Regin, filho de Hreidmar. Regin o conta que certa vez os deuses Odin, Hoenir e Loki foram às cascatas de Andvara, que tinha muitos peixes. Anão, Regin tinha dois irmãos; Andvari, que se alimentava ao ficar em Andvara sob forma de peixe, e Ótr, que frequentemente ia ao local sob forma de lontra.[12]
Enquanto os três deuses estão nas cascatas, Ótr (sob forma de lontra) pega um salmão e o come na beira do rio; ele morre quando loki o acerta com uma pedra. Os deuses saúdam o ato, e pegam a pele da lontra para fazer uma bolsa. Na mesma noite, eles se encontram com Hreidmar (pai de Ótr) e o mostram suas capturas, incluindo a pela da lontra. Regin e seu pai identificam o ente que havia morrido, e Hreidmar exige que eles preencham a bolsa com ouro em troca da perda do filho.
Loki é enviado para essa tarefa, e se encontra com a deusa Rán, que o empresta uma rede. Ele volta à Andvara, onde captura Andvari com a rede – Loki é considerado o inventor da rede de pesca. Loki exige que o anão transformado em peixe conte onde seu ouro está, e vai a procura do tesouro. Ao obtê-lo, ainda falta mais uma peça. Apesar de perder tudo, Andvari ainda tenta ficar com seu anel, o Andvarinaut, mas Loki também o pega. Agora sob forma de anão, Andvari vai até uma pedra e amaldiçoa o tesouro perdido.[13]
Loki retorna, e os três deuses dão o tesouro a Hreidmar, preenchendo a bolsa. Hreidmar olha o resultado, e nota que há uma minúscula parte não perenchida, o que força Odin a acrescentar o Andvarinaut.[13] Loki diz que eles agora tinham posse do ouro, e que ele estava amaldiçoado, o que causaria a morte de Hreidmar e Regin. Hreidmar responde que se soubesse antes, ele os mataria, mas age com desdém quanto à maldição. Por fim, o rei anão os expulsa e o poema continua sem qualquer menção à Loki.[14]
Edda em prosa
No Edda em prosa, Loki aparece principalmente em Gylfaginning e Skáldskaparmál.
Gylfaginning
"os filhos de Loki" (1920) por Willy Pogany
A primeira referência a Loki no Edda em prosa está no vigésimo capítulo do livro Gylfaginning. Posteriormente, há uma descrição sobre o personagem. Ele é chamado "caluniador dos deuses", "origem da enganação" e "desgraça dos deuses e homens". Diz-se que seu nome alternativo é Lopt, que ele é filho dos gigantes Fárbauti e Laufey, e irmão de Helblindi e Býleistr. Ele possui boa aparência, amigável, mas sua natureza é maligna. Ele é calculista e malicioso, mas também heróico. Muitas das suas proezas causam grandes danos ou ferimentos, mas geralmente ele é rápido o bastante para restaurar a ordem e evitar o desastre completo.
Sua esposa é Sigyn, com quem teve os filhos Nari e Narfi. Em outra época, foi casado com a giganta Angrboda, com quem gerou três criaturas monstruosas, assustadoras e maléficas: o lobo Fenrir, a grande serpente Jormungand e Hel, a deusa parcialmente decomposta do mundo inferior. Os deuses sabiam que que os filhos eram criados em Jotunheim, e esperavam problemas deles devido à natureza de Angrboda, e principalmente a de Loki.[15]
O construtor e Svadilfari (1.919) por Robert Engels
No capítulo 42, conta-se a história acontecida no começo da era dos deuses, quando eles se estabeleceram em Midgard e construíram a Valhala. Um construtor não identificado se oferece para construir uma fortificação aos deuses em troca da deusa Freya, o Sol e a Lua. Após algum debate, os deuses aceitam as condições, mas impõem algumas restrições ao construtor, incluindo completar o trabalho dentro das três temporadas seguintes sem a ajuda de qualquer homem. Eles era fortemente contra as condições, ceder Freya estava fora de cogitação, mas Loki argumenta que ele não o sujeito não conseguiria tal feito, e o contrato seria quebrado. Em contrapartida, o construtor pede que possa ter a ajuda do seu cavalo Svadilfari, e isso é conseguido com ajuda da influência de Loki. O animal consegue rende extraordinariamente bem, carregando blocos enormes de rochas, o que surpreende os deuses. Os dois avançam rapidamente com os muros, e três dias antes do prazo do verão, o construtor está quase na entrada da fortificação. Os deuses se reúnem para discutir esse desempenho inesperado, que colocava em risco a própria natureza dos deuses, entrando em consenso que a culpa era de Loki.[16]
Os deuses declaram que Loki merece uma morte horrível se ele não encontrar um plano para forçar o construtor a falhar no cumprimento do prazo, e o ameaçam. Com medo, ele jura que encontraria um meio para tal, custe o que custasse. Durante a noite, o construtor e seu cavalo se dirigem a outro local em busca de rochas, e da floresta surge uma égua, que começa a chorar. Devido a sua natureza, Svadilfari a segue, mas ela foge floresta a dentro. Essa busca continua por toda a noite, e o construtor é forçado a interromper o trabalho naquela noite, indignado.
Quando os deuses percebem que aquele construtor era um gigante da tribo dos hrímthurs, chamam Thor, que o mata com um golpe do martelo Mjölnir. A égua da floresta era o próprio Loki transformado, e algum tempo depois ele dá a luz a um cavalo cinza de oito patas. Era Sleipnir, considerado o melhor cavalo entre deuses e homens.[17] Loki oferece o animal à Odin para redimir sua culpa no caso.
No capítulo 44, relata-se o conto em que Thor e Loki estão cavalgando na biga de Thor levada por cabras. Eles param na casa de um camponês, onde são hospedados pela noite. Thor mata suas cabras, e as prepara para o jantar. Ele convida a família do camponês para compartilhar o alimento preparado. Durante a refeição, o filho Þjálfi chupa a medula óssea de uma das cabras, e quando Thor ressuscita seus animais, descobre que uma das cabras esta manca. Aterrorizada, a família camponesa compensa Thor o dando seus filhos Þjálfi a Röskva.[18]
"Eu sou o gigante Skrymir" por Elmer Boyd Smith
Com exceção das cabras, Thor, Loki e as crianças continuam a jornada até chegar na floresta de Jotunheim, onde continuam pela escuridão procurando por abrigo para a noite. Eles encontram uma construção imensa, e ficam por lá. Durante a noite, eles sentem abalos sísmicos no local, o que os amedronta, com exceção de Thor. Na realidade, a construção era a grande luva de Skrymir, que roncava durante a noite, causando os tremores. Ao saberem disso, os quatro fogem para uma árvore próxima.[19]
Thor acorda durante a noite, e uma série de eventos ocorre em que Thor tenta destruir o gigante com seu martelo, mas Skrymir acorda a cada tentativa. Após a segunda tentativa, Skrymir o alerta que se ele agiria assim no castelo de Útgarðar, era melhor voltar naquele momento, pois os soldados do rei não aturariam aquela atitude. Eventualmente, Skrymir sai pela floresta, e os quatro viajantes continuam sua jornada até o meio-dia. Eles encontram um grande castelo e uma área aberta. O castelo é tão grande que eles devem se curvar completamente para ver o topo da construção. Na entrada há um portão, e Thor percebe que não consegue abri-lo. Juntos, os quatro conseguem abrir o portão, seguem pelo salão de entrada e observam dois grandes bancos onde sentam pessoas gigantescas.
Entre os gigantes eles identificam Útgarða-Loki, o rei do castelo, que se vira aos visitantes e os saúda, gracejando Thor. O rei diz que os visitantes só podem permanecer se realizarem desafios, e Loki toma a iniciativa. Ele diz que nenhum dos presentes consegue comer sua comida tão rápido quanto ele.[20]
Noutro momento de Gylfaginning, há a descrição da morte de Balder, a primeira duma série de eventos que levaria ao Ragnarök. A história possui um desfecho parecido análogo ao destino de Loki descrito em Lokasenna, do Edda em verso. Balder era conhecido por disseminar boa vontade e a paz, o que, junto com sua popularidade, irava Loki. Tanto Balder quanto sua mãe Frigga passam a ter pesadelos com a morte dele. O sonho é considerado profético, e ele se deprime com seu destino, fazendo com que sua mãe exija que todos os objetos do mundo nunca façam mal ao filho. Todos exceto por um visco:[21] Frigga o considerava muito irrelevante para tal.
"A morte de Balder" (1817) por Christoffer Wilhelm Eckersberg
Loki se transforma em mulher e acaba tomando conhecimento dessa exceção conversando com Frigga, o que o motiva fazer uma lança mágica do visco (algumas versões citam uma flecha), e vai ao encontro dos deuses, que se divertem ao jogar objetos em Baldr e vê-los rebatendo ou desviando sem causar qualquer dano ao jovem. Loki dá sua lança ao irmão de Baldr, o deus cego Höðr, que acidentalmente mata seu irmão. Outras versões sugerem que Höðr não participava da brincadeira por sua condição. Disfarçado, Loki chega e oferece ajuda, o fornecendo a flecha e o guiando a mirá-la no irmão. Por este ato, Odin e a gigante Rindr geram o filho Váli, que cresceria para punir Höðr.[22]
Segundo as tradições, Baldr foi cremado em seu navio, Hringhorni. Todos pesam a morte do ente próximo. Após pedido de Frigga, os presentes são avisados através do mensageiro Hermod que Hela promete libertar Baldr do submundo se todos os objetos vivos pesarem sua morte. Todos atendem o pedido, exceto a giganta Þökk, que se recusa a lamentar a perda desse deus. Por isso, Baldr deveria permanecer no submundo até o Ragnarök.
Quando os deuses descobrem que a giganta era ninguém mais que Loki sob disfarce, eles o perseguem e o prendem a três rochas. Eles prendem uma cobra sobre sua cabeça, que pinga veneno sobre seu rosto. Esposa de Loki, Sigyn evita que isso acontece armazenando o veneno numa vasilha, mas de tempos em tempos ela era obrigada a retirar o objeto para esvaziá-lo. O líquido tóxico caindo sobre o rosto de Loki o causava tanta dor que a terra inteira tremia, o que passou a se chamar terremoto. Eventualmente, Loki consegue se libertar a tempo de lutar contra os deuses no Ragnarök.
Skáldskaparmál
O Skáldskaparmál descreve que os filhos de Ivaldi são anões que construíram o navio mágico de Frey (Skidbladnir), a lança invencível de Odin (Gungnir) e os cabelos de ouro de Sif, substituindo os cabelos cortados por Loki. Tais objetos era muito apreciados pelos deuses, e certa vez Loki apostou com o anão Brokk que seu irmão Eitri não conseguiria construir objetos com a mesma qualidade. Para atrapalhá-los, Loki se transforma em abelha, picando-os constantemente. Mas mesmo com as dificuldades, essa competição resultou na criação do javali de Frey (Gullinbursti), o bracelete de Odin (Draupnir) e o martelo de Thor (Mjölnir).
Os deuses julgaram todos os objetos e consideraram as obras de Brokk ainda mais grandiosas que as dos filhos de Ivaldi, e ele ganhou a aposta. Perdendo, Loki foge após estar à mercê dos anões. Entretanto, a pedido dos anões ele é capturado por Thor e entregado aos irmãos. Mas Loki é astuto, e consegue reduzir sua pena de morte para a costura de seus lábios. Ele consegue retirar o fio e fugir.
Teorias sobre o personagem
As ações de Loki mostra seu lado maléfico por boas causas, estas geralmente contra sua intenção original. Entretanto, ele não é considerado perigoso; sua criatividade é usada pelos outros deuses para lidar com situações sem esperança. Uma das teorias sobre o personagem argumenta que seu lado demoníaco e destrutivo é exclusivo duma perspectiva cristã. Por suas evidências terem sido escritas na Idade Média, não é claro se Loki é realmente um deus germânico. Nesse sentido, é possível que ele seja uma invenção cristã; ou que, associando o personagem à amoralidade, o cristianismo o associou a conceitos próprios de pecado e profano.
Apesar de diversas investigações, a figura deste deus continua obscura. Não há seu traços de religião em seu nome, e ele não aparece em toponímia alguma. Algumas fontes o relacionam com os deuses,[23] mas se supõe que isso se deve ao seu relacionamento fraterno com Odin, a quantidade que passam juntos.
Referências na cultura popular
* Loki é citado no filme The Mask como tendo sido o deus aprisionado na máscara, e que confere seus poderes a quem a utilizar.
* Loki é um dos vilões da Marvel Comics.
* Loki aparece em episódios do desenho A Vida e Aventuras de Juniper Lee.
* Loki tem um anime (desenho japones) chamado Mythical Sleuth Loki
* Loki é citado como "brincalhão" em alguns episódios de Predefinição: Supernatural (série)
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