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Abençoados sejam todos!

4 de mar. de 2011

Deusa Hécate

Vai-se o dia, sobe a Lua
Álgida treva no arco celeste
Olhai de frente a sombra nua
Pés ao caminho do bosque agreste
Ladra lá longe, augúrio da Sorte
Cão dos abismos, porteiro da Morte
Árvore egrégia na encruzilhada
Gélido altar na bruma estrelada
À fria luz do silêncio astral
Sibilam os ventos por entre as fragas
Conclave na névoa da Hoste Espectral
Mais trasgos e bruxas, corujas e magas
Urdindo sortilégio
Pedindo privilégio
À Vingadora
Aterradora
Pálida face de lívido plasma
Em trono augusto de funda caverna
Tríplice Rainha da Coorte Fantasma
Reina Suprema na Noite Eterna

Deusa de toda a Magia

Culto de Hécate
Deusa da magia, bruxaria, da noite, especialmente das noites sem lua, senhora dos fantasmas e da necromancia, protetora das crianças e dos cães, Hécate é uma deusa de grande poder. Os seus pais, Perses o destruidor e Asteria a estrelada, são titãs, no entanto durante a guerra entre estes e os Deuses ela viria a juntar-se aos últimos sendo uma grande mais-valia.

Por este auxílio Zeus não se poupou na recompensa e concedeu-lhe uma devida parte em todos os domínios, oferecendo-lhe poder sobre a terra, o céu e o mar e, até, sobre o submundo que a Deusa tornou a sua moradia. Mas durante a noite ela ainda sai do submundo e caminha pelo nosso mundo, fazendo-se acompanhar do seu séquito de fantasmas e anunciada pelo ladrar dos cães, os seus animais mais queridos.

O seu nome, pronunciado 'EcáTÊ, significa A Que Opera de Longe, ou A Das Mãos Dançantes, demonstrando o grande poder que a patrona de todas as bruxas, especialmente da perigosa Medeia, possuiu sobre todos nós. No entanto o seu poder de Perseis, a destruidora, é contrabalançada pelo seu aspecto de Atalos, a delicada, que cuida de todos nós, protegendo-nos de assassínio, roubo e mau-olhado, ajudando as crianças a atravessar os perigosos anos da infância sem grandes problemas.

Para além de possuir a chave do mundo, que lhe permite os seus poderes mágicos, Hécate é a guardiã dos cruzamentos, especialmente daqueles de três estradas onde era costume invocá-la durante a noite, em ritos de magia, a que a própria Deusa, ou os seus cães, responderiam. Einodia é o seu epíteto que nos revela a sua mestria sobre as vias e os cruzamentos.

A Senhora dos Cães, Skylakagetis, faz-se sempre acompanhar de um cão muito específico, negro e grande, a que as bruxas de hoje e já as da Grécia, chamariam de familiar. Em tempos esse cão fora Hécuba, mulher do Rei Príamo de Tróia, pai de Heitor e Alexandre, ou Páris, e também de Polidomus, o filho mais novo do casal que Hécuba encontrou esfaqueado, ainda bebé, pelo rei da Trácia aquando da invasão de Tróia. Em raiva a rainha matou o assassino e atirou-se da torre da cidade das muralhas douradas, mas os Deuses tiveram pena dela e antes que tivesse atingido o chão transformaram-na no cão que imediatamente Hécate adoptou.

Tal como Ártemis, a sua prima, Hécate é uma Deusa energética que é representada com um traje curto, mas ao invés da primeira possuiu duas tochas nas mãos e não um arco.

Culto de Hécate

Tal como já foi dito, existia uma grande componente mística e mágica nos ritos de Hécate, sendo que ainda hoje ela é considerada pelas bruxas como a sua patrona. Exemplos disto são a já referida invocação nos cruzamentos em noites sem lua para realizar magia, em que a deusa ou os seus cães respondiam ao suplicante.

Para além de rituais de magoa, todos os anos era celebrado uma grande festa em sua honra que, segundo o que nos chega, era recheada de componentes místicos. Também está documentada a sua participação em rituais de sociedades secretas, não exclusivamente de bruxas.

Para além de tudo isto, juntamente com Deméter e Perséfone era patrona dos Mistérios de Elêusis. Esta participação deve-se a que quando Kore gritou de desespero no rapto, Hécate a ter ouvido e contado a Deméter, convencendo a Deusa a falar com Hélios para saber mais. Acompanhou a Mãe na busca pela Filha e desde então tem sido a companhia de Perséfone no submundo. Se existe de facto alguma trindade feminina Donzela - Mãe - Anciã na antiga Grécia como muitos querem deixar passar, então são sem dúvidas estas as Deusas.

Mas o seu culto não era elitista nem tão pouco exclusivamente místico. Na entrada de cada casa possuía um altar em que lhe eram feitas libações e pedidos para que ela protegesse a casa do mau olhado e da bruxaria maléfica. Havia também altares nos cruzamentos onde era costume deixar comida para os pobres.

Para além disso, todos os meses, na noite sem lua, os gregos, pelo menos os atenienses, celebravam esta deusa, deixando uma oferta de comida para os pobres em frente à porta da sua casa, costume que pode hoje ser re-adoptado através de contribuições para alimentação de pessoas desfavorecidas da zona.

Outras formas particularmente modernas de venerar esta Deusa incluem o estudo da magia, o apreciar das coisas estranhas e assustadoras (uma matiné de filmes de terror em honra da Deusa é uma ideia bem moderna) e passeios durante a noite e/ou em sítios estranhos.



Hino Órfico à Hécate

“Hécate a Beleza, eu a invoco:
Vós, dos caminhos e encruzilhadas, do céu, da terra e também do mar.
Vós, vestida de açafrão, dentre as tumbas,
Dançando com as almas mortas e o ritual báquico.
Vós, filha de Perses, amante da desolação, se regozija em gamos e cães, na noite.
Vós, terrível Rainha! Devoradora de bestas!
Despertada, possuída por forma inacessível!
Vós, caçadora de búfalos, Imperatriz soberana universal:
Vós, guia que vagueia pela montanha, é noiva, é pajem,
eu rogo, Ó Donzela, sua presença nestes rituais sagrados.
Vós, que vindes com a graciosidade do touro e um eterno coração alegre".
Traduzido do grego para o inglês por Shawn Eyer
Hécate é uma das deusas Greco-Romanas simultaneamente mais temida e admirada. Hécate é uma deusa lunar, um pouco á imagem da temida Lilith. Como todas Deusas lunares, Hécate encontra-se profundamente ligada ao mundo da magia, do oculto, da bruxaria, dos mais profundos segredos.
Hécate é a Deusa das bruxas, e simultaneamente a Deusa que vem a este mundo recolher almas para as conduzir ao abismo do reino dos mortos. Trata-se por isso de uma Deusa a que cabe um papel privilegiado na «ponte» entre o mundo dos vivos, e o mundo dos mortos, entre o nosso mundo físico e o mundo dos espíritos.
Hécate é a Deusa das encruzilhadas, onde lhe eram dedicadas oferendas e sacrifícios : bodes negros, cães negros ou gatos negros eram-lhe oferendados no decurso de rituais de adoração, ou de feitiçarias. Hécate pode incorporar numa lindíssima mulher de longos cabelos negros, e pode ser uma amante incomparável. Contudo a sua fúria e o seu poder são temíveis, e perante Hécate todo o respeito é pouco para garantir a sua ajuda. Dizem as lendas que Hécate também podia assumir a forma de um majestoso lobo negro, ou de um belo cão preto.
As estatuetas existentes nas encruzilhadas onde hacete era venerada e as bruxarias eram executadas, chamavam-se «hecateias», e constavam na fugira de uma lindíssima mulher com três faces, ou três belos corpos feminino unidos num só.
Hécate permite a operação de tarefas místicas essencialmente através de processo de meditação. Através desse processo, no silencio de uma meditação e através do aprofundamento dos nossos sentidos, pensamentos e forças espirituais, é que Hécate reside e abre portas ao mundo magico. Como deusa lunar que é, Hécate também opera a nível dos sentidos, aguçando-os, excitando-os, fazendo com que a carnalidade e o prazer se tornem uma poderosa chave de concretização de processos místicos poderosos.
Hecate reina na terra (onde vem buscar as almas dos mortos, conduzindo-as para o submundo ), no céu, (onde viaja através do luar), e do mar, (onde se inebria com os prazeres do amor), pelo que é denominada a Deusa Tríplice.

Extraído de astrologosastrologia
 
(autoria desconhecida)

É a Deusa da Morte e do Renascimento. Também chamada de Deusa grega das Horas Escuras.
Era o terceiro aspecto da Lua, A Anciã, reverenciada como a Patrona da Sabedoria. Um de seus símbolos era o caldeirão. E os festivais em sua homenagem aconteciam à noite sob a luz de tochas. Era uma deusa que conhecia os caminhos no reino dos espíritos.
Considerada uma das divindades mais importantes do mundo dos mortos. Poderosa tanto no Céu quanto na Terra, concedia aos homens riqueza, sabedoria e vitória de acordo com o seu humor.
Filha de Zeus e de Hera, roubou um pote de ruge de sua mãe para dá-lo à Europa. Hera, furiosa, correu atrás dela mas Hécate fugiu para a Terra e refugiou-se na casa de uma mulher que acabara de dar à luz.
Por causa desse contato, Hécate ficara impura. E para limpá-la, Kabiri, o Deus de Mistérios, levou-a ao mundo de Hades e a mergulhou no Rio Aqueronte, de onde não mais saiu.
No entanto, costumava viajar com sua matilha de cães sagrados podendo ser vista por mortais nas encruzilhadas da vida.
Como Hécate amava lugares escuros e remotos, era chamada de “A Distante”, protetora de locais inóspitos. Simbolicamente era representada com 3 rostos indicando sua habilidade em adivinhar e compreender os mistérios do passado, presente e futuro; nascimento, vida e morte; céu, terra e mundo dos mortos.
Essa deusa tem o poder de olhar para três direções ao mesmo tempo. Principalmente quando algo do passado torna difícil fazer fluir o presente, ela nos faz visualizar o que precisa ser revisto, revivido e então afastado definitivamente. Como se varrêssemos para longe toda essa influência do passado.
Essa varredura não irá mudar o passado, mas fará você entender que precisa viver e fazer tudo que puder no presente. Pois o futuro cuidará de si mesmo.

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