“A Senhora da Noite”
Nott era conhecida como a deusa da noite, que percorria o céu noturno em uma carruagem puxada por um cavalo preto chamado “Crina de Gelo” que, ao espumar ou sacudir a crina, formava a geada ou o orvalho. Nott aparecia como uma mulher madura, normalmente de pele escura e trajes pretos. Ela teve três maridos - Naglfari (crepúsculo), Anar (água) e Delling (alvorada) - com os quais teve três filhos: Audir (espaço), Jord (terra) e Dag (dia). A carruagem de Nott era ornada com pedras preciosas, que brilhavam como estrelas no céu escuro, permanentemente seguida por Dag, que assumia a condução da carruagem pela amanhã, quando a mãe ia repousar.
O significado mais profundo de Nott é sua representação como o ventre primordial do vazio cósmico, à espera da fecundação pelo energia vital.
Devido à cor escura de sua pele (dissonante em uma cultura que valorizava os padrões da raça branca, ariana), Nott pode ser reverenciada atualmente como a protetora das minorias e dos menos favorecidos pelo destino. Ela ensina a aceitação a todos, indiferentemente de cor, sexo, crença, idade ou posição social, evitando-se a discriminação e os preconceitos. Nott pode ser considerada uma vó bondosa, que ensina amor e respeito por todas as formas de vida. É por seu intermédio que se mergulha no sono reparador, que proporciona os sonhos que podem se tornar as sementes de um novo dia, de uma nova realidade.
Na meditação ou visualização, pode-se imaginar a energia de Nott como a de uma manta macia com a qual a mãe ou a avó envolve, afastando com sua presença protetora e seu abraço carinhoso os pesadelos e o medo da “escuridão”.
Nott era invocada pelos poetas e músicos para dar-lhes inspiração e pelos místico e magos para abrir sua visão e ajudá-los a desvendar e compreender os mistérios e os presságios.
Elementos: água, ar.
Animais totêmicos: cavalo, coruja, lebre, dragão do ar e da água, unicórnio, cavalo alado.
Cores: preto, azul escuro.
Árvores: mogno, mogueira, zimbro.
Plantas: anis-estrelado, dama-da-noite, jasmim-estrela.
Pedras: obsidiana, floco de neve, ônix, safira, zircão, diamante.
Metais: prata, estanho.
Datas de celebração: 26/10.
Símbolos: lua, estrelas, noite, carruagem, pedras preciosas, metais, manto, xale, manta de lã, poesias, canções, sonhos, mistérios, rituais e cerimônias mágicas.
Runas: Raidho, Peorth, Yr
Rituais: para desenvolver o amor universal, demonstrar aceitação e respeito por todos os seres; aprofundar e lembrar os sonhos; para abrir a intuição e a visão.
Palavras-chave: visão, aceitação.
Texto: Mirela faur " Mistérios Nórdicos"
minha mãe
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