“A Deusa Flecheira”
Essa deusa já foi considerada, em lendas mais recentes, uma mortal deificada por sua extraordinária habilidade nas artes oraculares e mágicas. Mas Thordgerd era, na verdade, filha de Odin e Huldra, a Senhora das Colinas, líder das ninfas das florestas e protetora dos animais. Thordgerd costumava ser representada como uma mulher bonita, alta e forte, vestida com peles de animais, usando joias de ouro e cercada de cofres com pedras preciosas. Juntamente com sua irmã Irpa, ela protegia a Islândia, onde as duas recebiam oferendas nos antigos templos de pedra. Thorgerd era uma deusa guerreira que, para defender o povo dos inimigos, lançava flechas mortíferas de cada um de seus dedos. Além disso, ela manipulava as forças da Natureza e era invocada para dar sorte no plantio, na caça e na pesca. Seu culto foi o último vestígio da antiga tradição das deusas e perdurou até muito tempo depois de a ilha ter sido cristianizada. Para denegri-la, os padres católicos a chamavam de Thordgerd Holga Throll, atribuindo-lhe os poderes maléficos dos troll, seres “sinistros” da Natureza que, na realidade, nada mais eram que os gigantes e os gnomos dos antigos mitos, reduzidos a grotescas e aterrorizantes figuras nas interpretações cristãs.
Elemento: terra, água.
Animais totêmicos: peixe, gado, animais selvagens.
Cores: verde, marrom.
Árvores: azevinho, espinheiro, pilriteiro.
Plantas: cardo, tojo, verbasco.
Pedras: ágata, esmeralda, cornalina.
Símbolos: flecha, alvo, anzol, garras e peles de animais, plantios, colheitas, pedras preciosas, cofre, joias de ouro, seres da Natureza, ninfas.
Runas: tiwaz, as, yr, gar, wolsangel.
Rituais: de defesa pessoal e grupal; para atrair a boa sorte; para “abrir os oráculos e proteger as práticas mágicas.
Palavras-chave: sorte.
Texto: Mirela Faur " Mistérios Nórdicos"
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