JÚPITER (Zeus)
Zeus: (em grego: Ζεύς, transl. Zeús[1]), na mitologia grega, é o rei dos deuses, soberano do Monte Olimpo e deus do céu e do trovão. Seus símbolos são o relâmpago, a águia, o touro e o carvalho. Além de sua herança obviamente indo-europeia, o clássico "amontoador de nuvens", como era conhecido, também tem certos traços iconográficos derivados de culturas do antigo Oriente Médio, como o cetro.
Zeus frequentemente era mostrado pelos artistas gregos em uma de duas poses: ereto, inclinando-se para a frente, com um raio em sua mão direita, erguida, ou sentado, em pose majestosa.
Zeus era filho de Crono e Reia, o mais novo de seus irmãos. Na maioria das tradições ele era casado com Hera - embora, no oráculo de Dodona, sua consorte seja Dione, com quem, de acordo com a Ilíada, teve uma filha, Afrodite. É conhecido por suas aventuras eróticas, que resultaram em muitos descendentes, entre deuses e herois, como Atenas, Apolo e Artêmis, Hermes, Perséfone (com Deméter), Dioniso, Perseu, Héracles, Helena, Minos e as Musas (com Mnemósine). Com Hera teria tido Ares, Hebe e Hefesto.[2]
Seu equivalente na mitologia romana era Júpiter, e na mitologia etrusca era Tinia. Já se especulou sobre uma possível ligação com Indra, divindade da mitologia hindu que também tem um raio como arma.
Zeus sempre foi considerado um deus do tempo, com raios, trovões, chuvas e tempestades atribuídas a ele. Mais tarde, ele foi associado à justiça e à lei. Havia muitas estátuas erguidas em honra de Zeus, a mais magnífica era a sua estátua em Olímpia, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Originalmente, os Jogos Olímpicos eram realizados em sua honra.
Durante muito tempo quem governou a Terra foi Urano (o Céu). Até que foi destronado por Cronos, filho de Urano e pai de Zeus. Então Urano profetizou que Cronos também seria destronado por um de seus filhos. Cronos era casado com Réia, e quando seus filhos nasciam ele os devorava. Assim aconteceu com Hera, Hades, Posídon, Héstia e Demeter. Quando nasceu o sexto filho, Réia decidiu salvá-lo, com a ajuda de Gaia (a Terra) que desgostava Cronos porque ele aprisionou os Hecatônquiros no Tártaro, temendo seu poder, esses gigantes possuíam cem braços e cinquenta cabeças.
Gaia leva Réia para parir secretamente esse filho na Caverna de Dicte (em outras versões foi no Monte Ida) em Creta. Lá Reia dá seu filho que se chama Zeus (tesouro que reluz) aos cuidados de Gaia e das Ninfas da Floresta (em outras versões Zeus fica com os centauros), Zeus cresceu alimentado pela cabra Amalteia. Quando ela morreu, ele usou a sua pele para fazer um escudo conhecido por Égide. Logo Réia retorna ao Palácio de Cronos, local onde Reia e seu esposo viviam e enrola em panos uma pedra e começa a fingir um parto, depois dá ao seu marido esse embrulho e ele o engole achando ser o sexto filho. Em outras versões Réia dá um potro a Cronos.[3]
Quando chegou à idade adulta enfrentou o pai. Zeus disfarçou-se de viajante, dando-lhe a Cronos uma bebida que o fez vomitar todos os filhos que tinha devorado, agora adultos. Após libertar os irmãos, iniciou a guerra Titanomaquia. Cronos procurou seus irmãos para enfrentar os rebeldes, que reuniram-se no Olimpo. A guerra duraria 100 anos até que seguindo um conselho de Gaia, Zeus liberta os Hecatônquiros, então os deuses olímpicos venceram e aprisionaram os titãs no Tártaro, em outras versões os aprisionaram embaixo de montanhas. Então partilhou-se o universo, Zeus ficou com o céu e a Terra, Posídon (Poseidon) ficou com os oceanos e Hades ficou com o mundo dos mortos.
Casamentos:
* Com Métis
Zeus casou-se primeiro com Métis, a deusa da prudência, quando Métis estava grávida de Atena, Gaia profetizou que este filho iria destronar seu pai Zeus, como havia acontecido com Cronos e com Urano, e que isso era um ciclo eterno. Zeus, temendo que isto acontecesse, montou uma armadilha: fez uma brincadeira com Métis, no qual eles se metamorfoseavam, Métis não foi prudente e aceitou, em algum momento Métis se metamorfoseou em uma mosca e foi engolida viva por Zeus, isso não adiantaria de nada, pois depois a cabeça de Zeus cresceria assustadoramente e Atena nasceria adulta da cabeça de Zeus, a profecia de Gaia estava errada.
* Com Têmis
A segunda esposa de Zeus foi Têmis, uma titã, deusa da justiça, as Moiras levam Têmis até Zeus para se tornar sua segunda esposa, e as Moiras profetizam que Zeus tem muito a aprender com Têmis, que é tão sábia quanto Métis.
* Com Hera
O matrimônio com Têmis acabaria e Zeus se casaria finalmente com sua irmã Hera. Apesar de casado com Hera, Zeus tinha inúmeras amantes (as paixões de Zeus). Usava dos mais diferentes artifícios de sedução, como a metamorfose em qualquer objeto ou criatura viva, sendo dois dos mais famosos o cisne de Leda e o touro de Europa. Assim sendo, teve muitos filhos ilegítimos com deusas e mortais, que se tornaram proeminentes na mitologia grega; Heracles e Helena, por exemplo. Hera é ciumenta e perseguia as amantes e os filhos bastardos de Zeus.
Júpiter: Júpiter (em latim, Iuppiter) era o deus romano do dia, comumente identificado com o deus grego Zeus. Também era chamado de Jove (Jovis). Na mitologia romana Júpiter é o pai do deus Marte. Assim, Júpiter é o avô de Rómulo e Remo, os lendários fundadores de Roma. Júpiter é filho de Saturno e Cíbele.
Os fados tinham comunicado ao seu pai, Saturno, que ele havia de ser afastado do trono por um filho que nascesse dele. Para evitar a concretização da ameaça do destino, Saturno devorava os filhos que mal acabavam de nascer. Quando Júpiter nasceu, a mãe, cansada de ver assim desaparecer todos os filhos, entregou a Saturno uma pedra, que o deus engoliu sem se dar conta do logro.
Sua mãe então o entregou às ninfas da floresta em que o havia parido. [1]
Criado longe, na ilha de Creta, para não ter o mesmo destino cruel dos irmãos, ali cresceu alimentado pela cabra Amalteia. Quando esta cabra morreu, Júpiter usou a sua pele para fazer uma armadura que ficou conhecida por Égide.
Quando chegou à idade adulta enfrentou o pai e, com a ajuda de uma droga, obrigou-o a vomitar todos os filhos que tinha devorado. Após libertar os irmãos do ventre paterno, empreendeu uma revolta (titanomaquia). Saturno procurou seus irmãos para fazer frente ao jovem deus rebelde que, com seus irmãos, reuniram-se no Olimpo. Casou-se com Juno, sua irmã e filha preferida de Cibele.[2]
Júpiter teve muitos filhos, tanto de deusas como de mulheres. Marte, Minerva e Vénus são seus filhos divinos, entre outros. Quando se apaixonava por mortais, Júpiter assumia diversas formas para se poder aproximar delas.
Baco era seu filho e da mortal Sémele. A jovem durante a gravidez insistiu que queria ver o pai do seu filho, em toda a glória. Júpiter tentou dissuadi-la, mas sem êxito. Quando o rei dos deuses se apresentou abertamente à sua amante, esta caiu fulminada. Júpiter tomou então o feto e colocou-o na sua barriga da perna, onde terminou a gestação.
Para conquistar a Princesa Europa, transformou-se em touro branco. A jovem aproximou-se e Júpiter mostrou-se meigo. Quando Europa montou sobre o seu dorso, ele elevou-se nos ares e levou a princesa para a ilha de Creta, onde se uniu a ela. Dessa união nasceram Minos, Radamante e Sarpédon.
Noutra altura apaixonou-se por Alcmena, esposa de Anfitrião. Para a conquistar, assumiu a forma do próprio marido e contou com a ajuda de Mercúrio, que tomou a forma do criado Sósia. Dessa união nasceu o semi-deus Hércules.
Referências:
1. The Creation of the Earth and the Great Flood according to Greek and Roman Mythology, D. L. Ashliman, 2002
2. As 100 Melhores Histórias da Mitologia greco-Romana.
Também era pronunciado /zdeús/ e, no grego moderno /'zefs/; o genitivo é Διός, transl. Diós.
2. Hamilton, Edith. Mythology (em English). 1998.ed. New York: pp. 467.
3. As 100 Melhores Histórias da Mitologia greco-Romana
JUNO (Hera)
Hera:
Na mitologia grega Hera (do grego Ήραera) é a deusa equivalente a Juno, na Mitologia romana, irmã e esposa de Zeus, deusa dos deuses, que rege o casamento. Retratado como majestosa e solene, muitas vezes coroada com os polos (uma coroa alta cilíndrica usada por várias deusas), Hera pode ostentar na sua mão uma romã, símbolo da fertilidade, sangue e morte, e um substituto para as cápsulas da papoula de ópio. [1] A vaca, e mais tarde, o pavão eram animais relacionados com ela.
Retratada como ciumenta e agressiva, odiava e perseguia as amantes de Zeus e os filhos de tais relacionamentos, tanto que tentou matar Hércules quando este era apenas um bebê. O único filho de Zeus que ela não odiava, antes gostava, era Hermes e sua mãe Maia, porque ficou surpresa com a sua inteligência. Possuía sete templos na Grécia. Mostrava apenas seus olhos aos mortais e usava uma pena do seu pássaro para marcar os locais que protegia. Hércules destruiu seus sete templos e, antes de terminar sua vida mortal, aprisionou-a em um jarro de barro que entregou a Zeus. Depois disso, ele foi aceito como deus do Olimpo. Hera era muito vaidosa e sempre quis ser mais bonita que Afrodite, sua maior inimiga.
Irmã e esposa de Zeus, a mais excelsa das deusas, é representada na Ilíada como orgulhosa, obstinada, ciumenta e rixosa. Odiava sobretudo Héracles (Hércules - Romano), que procurou diversas vezes matar. Na guerra de Tróia por ódio dos troianos, devido ao julgamento de Páris, ajudou os gregos. É representada por um pavão e possui uma coroa de ouro.
Juno:
Juno ou Juno Lucina, também conhecida como Hera na mitologia grega, é a esposa de Júpiter e rainha dos deuses. É representada pelo pavão, sua ave favorita. Íris era sua servente e mensageira.
Juno e Júpiter tinham 2 filhos, Marte (Ares), deus da guerra e Vulcano (Hefesto), o artista celestial, que era coxo. Juno sentia-se tão aborrecida ao vê-lo que atirou-o para fora do céu. Outra versão diz que Júpiter o jogou para fora, por este ter participado de uma briga do rei do Olimpo com Juno, deixando-o coxo com a queda.
Juno possuía muitas rivais, entre elas, a bela Calisto, que Juno, por inveja da imensa beleza que conquistara seu marido, transformou numa ursa. Calisto passou a viver sozinha com medo dos caçadores e das outras feras da floresta, esquecendo-se de que agora ela própria era uma. Um dia, Calisto reconheceu num caçador seu filho Arcas, já homem. Quis correr e abraçá-lo mas Arcas já erguera sua lança para matá-la quando Júpiter, vendo a desgraça que estava por acontecer afastou-os e lançou-os ao céu transformando-os nas constelações de Ursa Maior e Ursa Menor. Juno, enfurecida por Júpiter ter dado tal privilégio a sua rival, sai à procura de Tétis e Oceanus, as antigas divindades do mar.
Conta-lhes toda a injúria que Júpiter fizera a ela, e pede para que eles não deixem as constelações se esconderem em suas águas. Assim a Ursa Maior e a Ursa Menor movem-se em círculo no céu mas nunca descem por trás do oceâno, como as outras estrelas.
Outra de suas rivais foi Io, que Júpiter, ao sentir a presença de Juno, transforma em uma novilha. Juno, desconfiada, pede a novilha de presente. Júpiter não podia negar um presente tão insignificante a sua mulher, então, pesaroso, entrega a novilha a Juno que coloca-a sob os cuidados de Argos Panoptes, um monstro de muitos olhos, e tendo tantos, nunca fechava mais que dois para dormir, vigiando Io dia e noite. Júpiter, perturbado pelo sofrimento da amante, pede a Mercúrio que mate Argos. Com músicas e histórias, Mercúrio consegue fazer com que Argos feche seus 100 olhos e nisso corta sua cabeça fora. Juno entristecida recolhe seus olhos que haviam perdido toda a luz e coloca-os na cauda de seu pavão, onde permanecem até hoje.
Enfurecida, Juno persegue Io (ninfa que Júpiter se apaixonou) por muitas partes da terra até que Júpiter intercede por ela prometendo não dar mais atenção a Io. Juno concorda devolvendo-lhe a aparência humana. O deus metamorfoseou-a em vaca para a proteger dos ciúmes de Hera (Juno na mitologia romana), a mulher de Jupiter (Zeus).
Outro forte inimigo de Juno foi Hércules, filho de Júpiter com a mortal Alcmena. A este declarou guerra desde seu nascimento. Com uma tentativa frustrada de matá-lo quando era apenas um bebê, Juno o submete a Euristeus, que o envolve em muitas aventuras perigosas que ficaram conhecidas como "doze trabalhos".
Foi a rainha do céu. Presidia a casamentos e nascimentos. É representada como uma respeitável matrona, conduzindo um cetro ou coroa. Um pavão chamado Argos está sempre ao seu lado. Em Roma seu festival era chamado Matronália. Muitas vezes é representada como uma figura maléfica, ciumenta e vingativa.
Referências
1. Ruck, Carl A.P., and Danny Staples, The World of Classical Myth, 1994
Wikipédia
MINERVA ou PALAS (Atena)
Athena (Palas Athenas):
Atena (em grego, Αθηνά, transl. Athiná, em grego moderno, ou Athēná, em grego antigo) é a deusa grega da sabedoria, do ofício, da inteligência e da guerra justa.
Há também quem grafe o seu nome como Palas Atená. Frequentemente é associada a um escudo de guerra, à coruja da sabedoria ou à oliveira.
Zeus apaixonou-se por Métis, tendo sido ela sua primeira esposa. Contudo, foi advertido por sua avó Gaia de que Métis lhe daria um filho e que este o destronaria, assim como ele destronou Cronos e, este, Urano. Amedrontado, Zeus resolveu engolir Métis. Para tanto, utilizou-se de um fabuloso ardil. Convenceu sua esposa a participar de uma brincadeira divina, na qual cada um deveria se transformar em um animal diferente. Métis, desta vez, não foi prudente, e se transformou numa mosca. Zeus aproveitou a oportunidade e a engoliu. Todavia, Métis já estava grávida de Atena, e continuou a gestação na cabeça de Zeus, aproveitando o tempo ocioso para tecer as roupas da sua vindoura filha.
Um dia, durante uma guerra, Zeus sentiu uma forte dor de cabeça, e Hefesto, o feio deus ferreiro e do fogo, lhe deu uma machadada na cabeça, de onde Atena saiu já adulta com elmo, armadura e escudo - este coberto com a pele de Amaltéia. Atenase tornou a deusa mais poderosa, ensinou aos homens praticamente todas as atividades, como caça, pesca, uso de arco-e-flecha, costurar (algo que ela fazia como ninguém),dançar, e, como havia saído da mente de Zeus, sua marca é a inteligência.
Atena deveria ter se tornado a nova rainha do Olímpo, mas como era mulher, Zeus permaneceu no poder. Há lendas que dizem que Zeus evitava o nascimento normal de um filho com as habilidades de Atena, para não ser destronado.
Atena também é muitas vezes vista segurando em uma das mãos uma pequena imagem de Niké, a deusa da vitória.
Quando Atena e Poseidon (Poseidon) disputavam o padroado de uma cidade importante, estabeleceram um concurso: quem desse o melhor presente ao povo da cidade venceria. Poseidon criou um rio salgado e, portanto, inútil. Em outra versão, o presente do deus teria sido o cavalo.
Atena deu uma oliveira que produzia alimentos, óleo e madeira. Atena sagrou-se vencedora e a cidade recebeu o nome de Atenas. Atena desempenhou um papel importante no poema épico de Homero, a Ilíadae a Odisseia. Teve participação no julgamento de Páris, sendo uma das deusas rejeitadas, apoiou os gregos na Guerra de Tróia e atuou como padroeira de Odisseu durante toda a sua longa jornada.
Atena, permaneceu virgem durante toda sua história, pois pediu aos Deuses Olímpicos para não se apaixonar, porque se ela tivesse filhos, teria de abandonar as guerras pela justiça e viver uma vida doméstica.
Há quem diz que Atena se envolveu com os heróis que acompanhava, e até mesmo com Ares, seu grande rival (o qual ela sempre derrotava). Sendo tais boatos falsos ou verdadeiros, sabe-se que ela jamais teve romances com mulheres e jamais teve filhos com deuses, e seus romances com homens guerreiros são um mistério.
Outro julgamento importante em que teve participação especial foi no Areópago, quando julgou Orestes juntamente com o povo de Atenas e o absolveu dando o voto de desempate – o voto de Minerva, do seu nome romano.
Minerva:
Equivalente romana da deusa grega Atena, Minerva era filha de Júpiter, após este engolir a deusa Métis (Prudência). Com uma forte dor de cabeça, pediu a Vulcano que abrisse sua cabeça com o seu melhor machado, após o qual saiu Minerva, já adulta, portando escudo, lança e armadura. Era considerada uma das duas deusas virgens, ao lado de Diana.
Deusa da sabedoria, das artes e da guerra, era filha de Júpiter. Minerva e Netuno disputaram entre si qual dos dois daria o nome à cidade que Cécropes, rei dos atenienses, havia mandado construir na Ática. Essa honra caberia àquele que fizesse coisa de maior beleza e significado.
Minerva, com um golpe de lança, fez nascer da terra uma oliveira em flor, e Netuno, com um golpe do seu tridente, fez nascer um cavalo alado e fogoso. Os deuses, que presidiram a este duelo, decidiram em favor de Minerva, já que a oliveira florida, além de muito bela, era o símbolo da paz. Assim, a cidade nova da Ática foi chamada Atenas.
Minerva representa-se com um capacete na cabeça, escudo no braço e lança na mão, porque era deusa da guerra, tendo junto de si um mocho e vários instrumentos matemáticos, por ser também deusa da sabedoria. A Minerva é o símbolo oficial dos engenheiros.
Voto Minerva:
Voto de Minerva é o voto de desempate proferido por Atena quando do julgamento de Orestes. Este, vingando a morte do pai, Agamemnon, resolve matar a sua mãe, Clitemnestra, e o seu amante, Egisto.
Todavia, aquele que cometesse um crime contra o próprio guénos era punido (com a morte) pelas Erínias. Sabendo de seu futuro nada promissor, Orestes apela para o deus Apolo, e este decide advogar em favor daquele, levando o julgamento para o Areópago. As Erínias são as acusadoras e Palas Atená presidente do julgamento.
Como era formada por 12 (doze) cidadãos, a votação terminou empatada. Atena, então, que presidia o julgamento proferiu sua sentença, declarando-o inocente.
Referência:
COMMELIN, P - Mitologia Grega Romana- Ediouro.
Wikipédia
VESTA (Héstia)
HÉSTIA:
Héstia (ou Vesta, na mitologia romana) é a deusa grega dos laços familiares, simbolizada pelo fogo da lareira.
Filha de Saturno e Cibele (na mitologia romana), filha de Cronos e Reia para os gregos, era uma das doze divindades olímpicas.
Cortejada por Poseidon e Apolo, jurou virgindade perante Zeus, e dele recebeu a honra de ser venerada em todos os lares, ser incluída em todos os sacrifícios e permanecer em paz, em seu palácio cercada do respeito de deuses e mortais.
Embora não apareça com frequência nas histórias mitológicas, era admirada por todos os deuses. Era a personificação da moradia estável, onde as pessoas se reuniam para orar e oferecer sacrifícios aos deuses. Era adorada como protetora das cidades, das famílias e das colônias.
Sua chama sagrada brilhava continuamente nos lares e templos. Todas as cidades possuíam o fogo de Héstia, colocado no palácio onde se reuniam as tribos. Esse fogo deveria ser conseguido direto do sol.
Quando os gregos fundavam cidades fora da Grécia, levavam parte do fogo da lareira como símbolo da ligação com a terra materna e com ele, acendiam a lareira onde seria o núcleo político da nova cidade.
Sempre fixa e imutável, Héstia simbolizava a perenidade da civilização.
Em Delfos, era conservada a chama perpétua com a qual se acendia a héstiade outros altares.
Cada peregrino que chegava a uma cidade, primeiro fazia um sacrifício à Héstia.
Seu culto era muito simples: na família, era presidido pelo pai ou pela mãe; nas cidades, pelas maiores autoridades políticas.
Em Roma era cultuada como Vesta e o fogo sagrado era o símbolo da perenidade do Império. Suas sacerdotisas eram chamadas Vestais, faziam voto de castidade e deveriam servir à deusa durante trinta anos. Lá a deusa era cultuada por um sacerdote principal, além das vestais.
Era representada como uma mulher jovem, com uma larga túnica e um véu sobre a cabeça e sobre os ombros. Havia imagens nas suas principais cidades, mas sua figura severa e simples não ofereceu muito material para os artistas.
VESTA:
Vesta é a personificação romana do fogo sagrado, da pira doméstica e da cidade. Corresponde à Héstia dos gregos, embora o seu culto na península itálica seja anterior à influência helénica no mundo romano, e, até certo ponto, à Agni dos hindús. Era muito comum utilizar a sua imagem nas moradas dos jovens que iam adquirir conhecimento longe de sua terra natal. Cortejada pelos deuses, e especialmente pelo belo Apolo e por Netuno, Vesta rejeitou todas as propostas amorosas e conseguiu que o próprio Júpiter protegesse sua virgindade.
Devido a sua vontade de permanecer casta, suas sacerdotisas, as vestais, que vigiavam em permanência o fogo sagrado nos templos, também se mantinham assim. De onde saiu a expressão virgem vestal.
LATONA (Leto)
LATONA:
A ninfa Latona (na mitologia romana), ou Leto (na mitologia grega), era uma filha de Febe e Céos, e mãe de Febo (Apolo) e de Diana (Ártemis).
Quando engravidou dos dois, cujo pai era Júpiter (Zeus), teve que fugir da ira da ciumenta deusa suprema Juno (Hera), que tinha pedido que Gaia não cedesse lugar na terra para que a ninfa pudesse dar à luz seus filhos. Seus filhos nasceram na ilha Ortigia, após fugir da serpente Píton, que Febo mataria mais tarde. Latona era a deusa da noite clara. (Conotação com a Lua).
LETO:
Na mitologia grega, Leto (em grego: Λητώ, Λατώ, Lato Dorian em grego, a etimologia e significado controvertido) é uma filha do titã Céos e Febe: [1] Kos reivindicou a sua terra natal. [2] No esquema olímpico das coisas, Zeus é o pai de seus gêmeos, [3] Apollo e Artemis, a Letoides.
Leto é levado para ilha para conceber os filhos do grande Deus, já que estava grávida e buscou encontrar um lugar afastado para ser receber os filhos Apolo e Ártemis, pois Juno (Hera) estava tomado por um furioso ciúmes, fez assim evitando todas as terras de domínio dela. Finalmente, ela encontrou uma ilha que não é ligado ao oceano por isso não é considerada como terra e ela pode dar à luz. [4]
Na mitologia romana, equivalente Leto Latona é uma latinização do seu nome, influenciado por etrusca Letun [6].
Em Creta, na cidade de Dreros, Spyridon Marinatos descoberto um obra do século VIII-Minoan templo, casa no qual foram encontrados três figuras originais de Apolo, Artemis e Leto feito de folhas de latão martelado sobre um núcleo em forma (sphyrelata). [7] Walter Burkert notas [8] que, em Phaistos ela aparece em conexão com um culto de iniciação.
Leto foi identificada a partir do século quarto com a deusa mãe, principal local de Anatolian Lycia, como a região tornou-se helenizado. [9] O seu santuário, o Letoon Xanthos perto, unido a confederação Lícia de cidades-estados. O povo de Kos alegou também Leto como seus próprios. Outro santuário, mais recentemente identificado, estava em Oenoanda no norte da Lycia. [10] Houve, naturalmente, um Letoon ainda em Delos.
Referências:
1. Hesiod, Theogony 403.
2. Herodotus 2.98; Diodorus Siculus2.47.2.
3. Pindar consistently refers to Apollo and Artemis as twins; other sources instead give separate birthplaces for the siblings.
4. Karl Kerenyi notes, The Gods of the Greeks 1951:130, "His twin sister is usually already on the scene."
5. Hesiod, Theogony 406; "dark-veiled Leto" (Orphic Hymn 35, To Leto
6. Letun noted is passing in Larissa Bonfante and Judith Swaddling, Etruscan Myths (series: The Legendary Past) (British Museum/University of Texas Press) 2006, p. 72.
7. Marinatos' publications on Dreros are listed by Burkert 1985, sect. I.4 note 16 (p.365); John Boardman, Annual of the British School at Athens 62 (1967) p. 61; Theodora Hadzisteliou Price, "Double and Multiple Representations in Greek Art and Religious Thought" The Journal of Hellenic Studies 91 (1971:pp. 48-69), plate III.5a-b.
8. Burkert, Greek Religion 1985.
9. The process is discussed by T. R. Bryce, "The Arrival of the Goddess Leto in Lycia", Historia: Zeitschrift für Alte Geschichte, 321 (1983:1-13.
10. Alan Hall, "A Sanctuary of Leto at Oenoanda" Anatolian Studies 27 (1977) pp 193-197.
APOLO (Febo)
Apolo, filho de Zeus e Leto, e irmão gémeo de Ártemis, deusa da caça, era um dos mais importantes e multifacetados deuses do Olimpo. Nas mitologias grega, romana e etrusca, Apolo foi identificado como o deus da luz e do sol, da verdade e da profecia, do pastoreio, do tiro com arco, da beleza, da medicina e da cura, da música, da poesia e das artes.
A partir do século III também foi identificado com Hélios, deus do sol, pois era antes o deus da luz, e por paralelismo a sua irmã foi identificada com Diana, a deusa da lua. Mais tarde ainda, foi conhecido principalmente como uma divindade solar.
Sendo o patrono do Oráculo de Delfos, era o deus dos adivinhos e profetas. Sua ligação com a Medicina se fazia pelo seu poder de atrair pragas e a morte súbita, e também através de seu filho Asclépios. Possuindo no mito um rebanho de gado, era o deus dos pastores e defensor dos rebanhos e manadas. Protegia os colonos em terras estrangeiras, liderava as Musas e era o diretor de seu coro. Recebendo de Hermes a lira, firmou sua posição como o deus da Música, e era homenageado com uma forma especial de hino, o peã. Finalmente, Apolo é o deus dos jovens rapazes, ajudando na transição para a idade adulta,sendo os rapazes que o acompanhavam "alunos" do deus na prática da pederastia. Assim, ele é sempre representado como um jovem, frequentemente nu, para simbolizar a pureza e a perfeição.
Apolo representa a harmonia, a moderação, a ordem e a razão, em contraste complementar a Dionísio, o deus do êxtase e da desordem.
Etimologia:
Era chamado pelos gregos de Ἀπόλλων (Apóllōn) ou Ἀπέλλων (Apellōn), pelos romanos de Apollo e pelos etruscos de Apulu ou Aplus. A origem do nome Apolo é incerta. Platão o associa a ἀπόλυσις (redimir), ἀπόλουσις (purificação), ἁπλοῦν (simples), ou Ἀει-βάλλων (o que dispara). Plutarco sugere uma relação com ἁπλοῦν (unidade), e Hesíquio de Alexandria com απελλα (assembléia), pelo que o tornava o deus da Política. Walter Burkert sugere que a forma Apellai é afim de Apaliuna, um antigo deus da Anatólia cujo nome significa pai leão ou pai luz . Mais tarde seu nome foi ligado ao verbo απολλυμι (destruir). De Grummond o associou ao deus hitita ou hurrita Aplu, invocado durante as pragas, derivado talvez do babilônio Aplu Enlil, que quer dizer filho de Enlil, epíteto de Nergal, uma outra divindade associada ao deus do sol Shamash da Babilônia
O culto
Possivelmente o culto a Apolo chegou ao mar Egeu antes da época arcaica, entre 1100 e 800 a.C., vindo da Anatólia, embora historiadores como Burkert e Hertel reiterem sua origem totalmente grega. Homero o cita protegendo os troianos contra os gregos, sugerindo sua associação com o oriente. Seu poder de atrair ou erradicar pragas o faz similar em atributos ao deus Aplu Enlil (ou Nergal) da Babilônia e o Aplu hurrita, similitude que reforça as etimologias orientais sugeridas.
Sua ligação com a cura advém de sua absorção do antigo deus curador Peã (PA-JA-WO na linear B), da civilização Micênica, citado por Homero e por Hesíodo. As funções curativas do deus Peã estavam ligadas aos cantos de exorcismo, que mais tarde passaram a ser os hinos laudatórios que receberam o mesmo nome, peã, entoados pelos gregos em cultos e, pelos romanos, antes das batalhas, por ser Apolo identificado com as vitórias após ter morto a serpente Píton.
Seu culto já estava firmemente estabelecido antes do começo dos registros escritos na Grécia, e estava tão disseminado que diversas cidades assumiram o nome de Apolônia, e pessoas chamadas de Apolodoro ou Apolônio eram comuns. Seus dois santuários maiores, Delfos e Delos, eram dos mais influentes da antiga Grécia. Também era cultuado de forma importante em Claros e Abas. Outros santuários havia em Dídima, Hierápolis Bambyce, Corinto, Bassae, Patara e Segesta.
Sua árvore sagrada era o loureiro. Crê-se que alguns sacerdotes mastigavam loureiro para dizerem as profecias, outros usavam ramos de loureiro para aspergir o templo na purificação, ou para purificar a água com o fogo. As coroas de louro eram muitas vezes oferecidas a alguém que tinha conseguido algo extraordinário, superando a si mesmo, na procura da aretê, o ideal grego simbolizado por este jovem deus. Os animais que lhe estavam associados eram o lobo, o golfinho, o corvo, o cisne, a cigarra, o falcão, a serpente, o rato e o grifo. A lua cheia e a nova lhe pertenciam, e os dias 7º e 20º de cada mês, e seus festivais eram numerosos. Mais tarde fixou-se o dia 22 de janeiro em sua homenagem.
Sua primeira vinculação com os oráculos parece ser originada do desejo dos doentes de saber o prognóstico de seus males. Dois de seus filhos também se tornaram patronos de oráculos: Anfiarão, em Oropos, ao norte de Atenas, e Trofônio, situado em Lebadéia, a leste de Delfos.
Em Roma
Seu culto foi adotado pelos romanos, sendo identificado com Febo, e o Oráculo de Delfos já era consultado pelos italianos desde a época do reinado. No século V a.C. foi estabelecido um templo nos Campos Flamínios, dedicado a Apolo Sosiano. Durante a II Guerra Púnica foram instituídos os Jogos Apolíneos, e Augusto se colocou sob sua proteção direta, homenageando-o com jogos qüinqüenais, ampliando seu templo e doando-lhe riquezas conquistadas na Batalha de Actium, além de construir-lhe um novo templo no Palatino, que se tornou a sede da culminação dos jogos seculares celebrados no ano 17 para comemorar o início de uma nova era.
Também teve templos romanos em Termon, em Megalópolis, em Apolônia, Ortígia, Figalia, Corinto e Delos. Seu culto espalhou-se pela maior parte da área de influência do Império Romano, e foi identificado com vários deuses regionais associados à cura, especialmente celtas
Os mitos
Apolo nasceu de um dos amores adulterinos de Zeus. Quando Hera descobriu a gravidez da rival Leto, proibiu-lhe que desse à luz em terra firme, fosse no continente fosse em qualquer ilha, e colocou em seu encalço a serpente Píton. Perambulando sem destino, Leto acabou por chegar a Delos, uma ilha flutuante criada por Poseidon, compadecido dos seus sofrimentos, e ali deu à luz aos seus gêmeos Apolo e Ártemis. Depois do nascimento, Zeus fixou a ilha no fundo do mar, e mais tarde ela foi consagrada a Apolo.
Outras versões dizem que Hera sequestrou Ilítia, a deusa dos partos, para impedir o nascimento, mas os outros deuses a aplacaram oferecendo-lhe um colar de âmbar de oito metros de comprimento. Ártemis nasceu antes, e ajudou sua mãe para o parto de Apolo. Com apenas três dias de vida Apolo vingou sua mãe e matou Píton, esfolou-a, e com a sua pele cobriu a trípode das pitonisas.
Sua primeira paixão foi a ninfa Corônis, que lhe deu como filho Asclépio. Tornando-se este um mestre na arte de curar tão poderoso que podia ressuscitar os mortos, ameaçava com isso o poder soberano de Zeus, ultrajava Themis e roubava súditos a Hades, pelo que foi morto pelo raio de Zeus. Para vingar-se, como não podia voltar-se contra seu pai, Apolo matou os Cíclopes, que haviam forjado os raios, e por isso foi castigado. Deveria ter sido desterrado para o Tártaro, mas graças à interferência de sua mãe o castigo foi comutado em um ano de trabalhos forçados como um mortal para o rei Admeto. Sendo bem tratado pelo rei durante sua expiação, Apolo ajudou-o a obter Alceste e a ter uma vida mais longa que a que o destino lhe reservara.
Durante a Guerra de Tróia, Apolo participou ao lado dos troianos, e disseminou a peste entre os gregos em resposta a um insulto de Agamemnon a Crises, um de seus sacerdotes cuja filha Criseida havia sido sequestrada. Apolo exigiu sua libertação, provocando a ira de Aquiles. Protegeu Enéias quando este foi ferido por Diomedes e ajudou Páris a matar Aquiles, que havia morto Troilo, filho do deus com Hécuba.
Descendência
Além de Asclépio, já citado, com Cirene teve Aristeu, com Hécuba foi pai de Troilo, com Arsínoe teve Eriopis, e amando Creusa gerou Íon. De Calíope gerou Lino e Orfeu; de Dríope gerou Anfiso; de Etusa, Eleutério; de Quíon, Fílamon, e de Manto, Mopso. De mães desconhecidas teve Cicno, Cíniras e Femónoe.
Amantes
Boa parte dos mitos que dizem respeito a Apolo falam dos seus inúmeros amores, sendo os mais famosos Dafne (figura ao lado), primeiro amor do deus, uma ninfa que rejeitou seu amor e foi transformada em loureiro (daí a sacralidade da árvore para Apolo), Jacinto, um jovem mortal muito amado pelas divindades, principalmente por Apolo, que se transformou na flor com o mesmo nome, e Ciparisso, o qual se transformou em cipreste. Nestes mitos amorosos Apolo nunca tem sorte, e conta-se que isto se deve ao fato de ele se gabar de ser o melhor arqueiro entre os deuses, o que fez com que Eros, deus do amor, sentisse inveja. Apolo também amou Leucotéia, Castália, Sínope, Marpessa, Cassandra e Acanta.
Apolo, eterno kouros imberbe, foi o deus grego que manteve as relações pederastas mais célebres, o que não surpreende, sendo ele o deus da palestra, onde os jovens se reuniam para praticar atletismo. Apolo representava para eles o educador ideal, o erastes. Todos os seus alunos-amantes masculinos eram mais jovens que ele, como era o hábito entre os gregos que acreditavam que a primeira relação sexual de um jovem não poderia ser como uma mulher,pois esta seria desprovida de inteligência.Assim,Apolo sendo o primeiro amante, o erastes poderia passar o conhecimento aos jovens, os romenos. Muitos destes jovens morreram "acidentalmente", significando que estes mitos simbolizavam ritos de passagem, quando o jovem,o efebo deveria morrer para renascer como adulto.
Outras histórias
Apolo recebeu a lira de Hermes, que a havia criado com o casco de uma tartaruga e com as tripas do gado que havia roubado de Apolo. Indignado com o furto, Apolo exigiu de Maia, mãe de Hermes, que seu filho devolvesse o rebanho. Enquanto a discussão prosseguia, Hermes começou a tocar a lira, que foi tão admirada por Apolo que a recebeu de presente do irmão, e com isso perdoando-o pela artimanha. Também de Hermes veio a syrinx, trocada pelo caduceu.
Apolo matou os filhos de Níobe, apesar de ter tentado salvar um, Ilioneu, que havia clamado por ajuda, vingando a ofensa que esta havia proferido contra sua mãe Leto, gabando-se de ter muitos filhos, enquanto Leto havia tido apenas dois. Algumas versões da lenda contam que alguns filhos foram perdoados. Orestes recebeu ordem do Oráculo de Delfos para matar sua mãe, Clitemnestra, e seu amante, Egisto. Mesmo sendo um decreto divino, era um crime contra seu próprio sangue, e por isso Orestes foi duramente atormentado pelas Erínias, até que invocou um julgamento, tendo Apolo como seu advogado, que resultou em um empate. Então Atena pronunciou seu voto favorável, hoje conhecido como voto de Minerva.
Quanto à música, Apolo competiu com Cíniras, seu filho, que perdeu e cometeu por isso o suicídio. Competiu também com o sátiro Mársias, que ao perder foi esfolado vivo como fora tratado entre os dois e transformado pelo deus piedoso em um rio.Competira também com Pã, quando foi juiz o rei Midas. Dando Pã como vencedor, foi punido pelo deus do sol e da música, que lhe deu orelhas de burro.
Matou os Aloídas quando tentaram atacar o Olimpo, e transformou o deus Cefiso, pai de Narciso em um monstro marinho.
Representações na arte
A imensa maioria de estátuas e pinturas de Apolo o mostram um homem jovem, no auge de sua força e beleza. Muitas vezes está nu, ou veste um manto. Pode trazer uma coroa de louros na cabeça, o arco e flechas, ou uma cítara ou lira nas mãos, ou estar apoiado contra uma árvore. Às vezes a serpente Píton também é representada, ou algum outro de seus animais simbólicos, como o grifo e o corvo. Nas pinturas e mosaicos pode ter uma coroa de raios de luz ou uma auréola.
Foi retratado inúmeras vezes ao longo da história. Das estátuas antigas talvez a mais célebre seja o Apolo Belvedere, de Leocarés. Depois do Renascimento, quando a cultura grega voltou a ser prestigiada, Apolo tornou-se novamente tema comum nas artes plásticas, na música, na literatura e na poesia. O rei francês Luís XIV o tomou como modelo de sua própria glória, e imagens de Apolo e do sol abundam em Versalhes e no Louvre. Até mesmo no século XX tem sido motivo de inspiração para os artistas, destacando-se a obra musical Apollon Musagète, de Igor Stravinsky.
Bibliografia
Burkert, W. Greek religion. Cambridge: Harvard University Press, 1985. ISBN 0674362802
Graves, R. Los mitos griegos Madri: Alianza Editorial, 1955. ISBN 84-206-9814-8
Grimal, P. Diccionario de mitología griega y romana. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica, 1981. ISBN 84-7509-053-2
Kerényi, K. Apollon: Studien über Antiken Religion und Humanität. Düsseldorf: Diederichs, 1953.
Idem. The gods of the Greeks. Londres, Nova York: Thames & Hudson, 1951
DIANA (Artemis)
Diana:
Em Roma, Diana (a Artemis grega) era a deusa da lua e da caça, filha de Júpiter e de Latona, e irmã gêmea de Apolo. Era muito ciosa de sua virgindade. Na mais famosa de suas aventuras, transformou em um cervo o caçador Acteão, que a viu nua durante o banho. Indiferente ao amor e caçadora infatigável, Diana era cultuada em templos rústicos nas florestas, onde os caçadores lhe ofereciam sacrifícios. Na mitologia romana, Diana era deusa dos animais selvagens e da caça, bem como dos animais domésticos. Filha de Júpiter e Latona, irmã gêmea de Apolo, obteve do pai permissão para não se casar e se manter sempre casta. Júpiter forneceu-lhe um séquito de sessenta oceânidas e vinte ninfas que, como ela, renunciaram ao casamento. Diana foi cedo identificada com a deusa grega Ártemis e depois absorveu a identificação de Artemis com Selene (Lua) e Hécate (ou Trívia), de que derivou a caracterização triformis dea ("deusa de três formas"), usada às vezes na literatura latina. O mais famoso de seus santuários ficava no bosque junto ao lago Nemi, perto de Arícia.
Pela tradição, o sacerdote devia ser um escravo fugitivo que matasse o antecessor em combate. Em Roma, seu templo mais importante localizava-se no monte Aventino e teria sido construído pelo rei Servius Tulius no século VI a.C. Festejavam-na nos idos (dia 13) de agosto. Na arte romana, era em geral representada como caçadora, com arco e aljava, acompanhada de um cão ou cervo.
Artemis:
Na Grécia, Ártemis (em gr. Άρτεμις) era uma deusa ligada inicialmente à vida selvagem e à caça. Durante os períodos Arcaico e Clássico, era considerada filha de Zeus e de Leto, irmã gêmea de Apolo; mais tarde, associou-se também à luz da lua e à magia. Em Roma, Diana tomava o lugar de Ártemis, frequentemente confundida com Selene ou Hécate, também deusas lunares.
Mito
O seu mito começa logo à nascença. Ao ficar grávida, a sua mãe incorreu na ira de Hera que a perseguiu a ponto de nenhum lugar, com receio da deusa rainha, a querer receber quando estava preste a dar à luz. Quando finalmente na ilha de Delos a receberam, Ilítia, filha de Hera e deusa dos partos, estava retida com a mãe no Olimpo. Letó esperava gêmeos, e Ártemis, tendo sido a primeira a nascer, revelou os seus dotes de deusa dos nascimentos auxiliando no parto do seu irmão gêmeo, Apolo. Também é conhecida como Cíntia, devido ao seu local de nascimento, o monte Cinto.
Deusa da caça e da serena luz, Ártemis é a mais pura e casta das deusas e, como tal, foi ao longo dos tempos uma fonte inesgotável da inspiração dos artistas. Zeus, seu pai, presenteou-a com arco e flechas de prata, além de uma lira do mesmo material (seu irmão Apolo ganhou os mesmos presentes, só que de ouro). Todos eram obra de Hefesto, o Deus do fogo e das forjas, que era um dos muitos filhos de Zeus, portanto também irmão de Ártemis. Zeus também lhe deu uma corte de Ninfas, e fê-la rainha dos bosques. Como a luz prateada da lua, percorre todos os recantos dos prados, montes e vales, sendo representada como uma infatigável caçadora.
Tinha por costume banhar-se nas águas das fontes cristalinas; numa das vezes, tendo sido surpreendida pelo caçador Acteon que, ocasionalmente, para ali se dirigiu para saciar a sede, transformou-o em veado e fê-lo vítima da voracidade da própria matilha.
Outra lenda nos conta que, apesar do seu voto de castidade, tendo ela se apaixonado perdidamente pelo jovem Orion, e se dispondo a consorciá-lo, o seu enciumado irmão Apolo impediu o enlace mediante uma grande perfídia: achando-se em uma praia, em sua companhia, desafiou-a a atingir, com a sua flecha, um ponto negro que indicava a tona da água, e que mal se distinguia, devido à grande distância. Ártemis, toda vaidosa, prontamente retesou o arco e atingiu o alvo, que logo desapareceu no abismo no mar, fazendo-se substituir por espumas ensanguentadas. Era Orion que ali nadava, fugindo de um imenso escorpião criado por Apolo para persegui-lo. Ao saber do desastre, Ártemis, cheia de desespero, conseguiu, do pai, que a vítima e o escorpião fossem transformados em constelação. Quando a de Órion se põe, a de escorpião nasce, sempre o perseguindo, mas sem nunca alcançar. Segundo outra versão teve um caso com Endimião que ela gerou as 50 Pausânias e Étolo.
É representada, como caçadora que é, vestida de túnica, calçada de coturno, trazendo aljava sobre a espádua, um arco na mão e um cão ao seu lado. Outras vezes vêmo-la acompanhada das suas ninfas, tendo a fronte ornada de um crescente. Representam-na ainda: ora no banho, ora em atitude de repouso, recostada a um veado, acompanhada de dois cães; ora em um carro tirado por corças, trazendo sempre o seu arco e aljava cheia de flechas.
O absinto (Ártemisia absinthium L.) era uma das plantas dedicadas à deusa.
O templo de Ártemis em Éfeso foi uma das sete maravilhas do mundo antigo.
Bibliografia:
Burkert, W. Greek religion. Cambridge: Harvard University Press, 1985. ISBN 0674362802
Graves, R. Los mitos griegos Madri: Alianza Editorial, 1955. ISBN 84-206-9814-8
Grimal, P. Diccionario de mitología griega y romana. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica, 1981. ISBN 84-7509-053-2
Kerényi, K. The gods of the Greeks. Londres, Nova York: Thames & Hudson, 1951
CERES (Deméter)
CERES:
Na mitologia romana, equivalente à deusa grega, Deméter, filha de Saturno e Cibele , amante e irmã de Júpiter, irmã de Juno , Vesta, Netuno e Plutão, e mãe de Proserpina com Júpiter.
Patrona da Sicília, Ceres pediu a Júpiter para que a Sicília fosse colocada nos céus; como resultado, e porque a ilha tem forma triangular, criou a constelação Triangulum , um dos antigos nomes era Sicília.
Ceres era a deusa das plantas que brotam(particularmente dos grãos) e do amor maternal. Diz-se que foi adotada pelos romanos em 496 a.C. durante uma fome devastadora, quando os livros Sibilinos avisaram para que se adotassem a deusa grega Deméter, Cora (Perséfone) e Dionísio.
A deusa era personificada e celebrada por mulheres em rituais secretos no festival de Ambarvalia, em Maio. Existia um templo dedicado a Ceres no monte Aventino em Roma. O seu primeiro festival era a Cereália ou Ludi Ceriales ("jogos de Ceres"), instituidos no século III a.C. e celebrados anualmente de 12 de Abril a 19 de Abril. A veneração de Ceres ficou associada às classes plebeias, que dominavam o comércio de cereais. Sabe-se muito pouco sobre os rituais de veneração a Ceres; um dos poucos costumes que foram registados era uma prática de apertar ligas nas caudas das raposas e que eram largadas no Circus Maximus.
Ela tinha doze deuses menores que a assistiam, e estavam encarregues de aspectos específicos da lavoura.
Ceres era retratada na arte com um cetro, um cesto de flores e frutos e tinha uma coroa feita de orelhas de trigo.
A palavra cereal deriva de Ceres, comemorando a associação da deusa com os grãos comestíveis. O nome Ceres provém de "ker", de raiz Indo-Europeia e que significa "crescer", também é a raiz das palavras "criar" e "incrementar". O asteroide Ceres levou o nome desta deusa, o mesmo aconteceu com o elemento químico Cerium.
DEMETER:
Deméter ou Demetra (em grego Δημήτηρ, "deusa mãe" ou talvez "mãe da distribuição") é o nome de Ceres na mitologia romana.
Uma das doze divindades do Olimpo, é filha de Cronos (Saturno) e Réia (Cibele) e deusa da terra cultivada, das colheitas e das estações do ano. É propiciadora do trigo, planta símbolo da civilização. Na qualidade de deusa da agricultura, fez várias e longas viagens com Dionísio ensinando os homens a cuidarem da terra e das plantações.
Em Roma, onde se chamava Ceres, seu festival era chamado Cerélia e celebrado na primavera.
Quando Hades raptou Perséfone e a levou para seu reino subterrâneo, Deméter ficou desesperada, saiu como louca Terra afora sem comer e nem descansar. Decidiu não voltar para o Olimpo enquanto sua filha não lhe fosse devolvida, e culpando a terra por ter aberto a passagem para Hades levar sua amada filha, ela disse:
Durante o tempo em que Deméter ficou fora do Olimpo a terra tornou-se estéril, o gado morreu, o arado quebrou, os grãos não germinaram. Sem comida a população sofria de fome e doenças. A fonte Aretusa (em outras versões, a ninfa Ciana, metamorfoseada em um rio) então contou que a terra abriu-se de má vontade, obedecendo às ordens de Hades e que Perséfone estava no Érebo, triste mas com pose de rainha, como esposa do monarca do mundo dos mortos.
Com a situação caótica em que estava a terra estéril, Zeus pediu a Hades que devolvesse Perséfone. Ele concordou, porém antes, fê-la comer um bago de romã e assim a prendeu para sempre aos infernos, pois quem comesse qualquer alimento nessa região ficava obrigado a retornar.
Com isso, ficou estabelecido que Perséfone passaria um período do ano com a mãe, e outro com Hades, quando é chamada Proserpina. O primeiro período corresponde à primavera, em que os grãos brotam, saindo da terra assim como Proserpina. Neste período Perséfone é chamada Core, a moça. O segundo é o da semeadura de outono, quando os grãos são enterrados, da mesma forma que Perséfone volta a ser Proserpina no reino do seu marido.
Os Mistérios de Elêusis, celebrados no culto à deusa, na Grécia, interpretam essa lenda como um símbolo contínuo de morte e ressurreição.
Deméter pode ser representada:
Sentada, com tochas ou uma serpente. Seus atributos são a espiga e o narciso, seu pássaro é a grou.
tendo em uma das mãos uma foice e na outra um punhado de espigas e papoulas, trazendo na cabeça, uma coroa com esses mesmos elementos.
VULCANO (Hefestos)
VULCANO:
Vulcano (Hefesto na mitologia grega) era o deus romano do fogo, filho de Júpiter e de Juno ou ainda, segundo alguns mitólogos, somente de Juno com o auxílio do Vento.
Foi lançado aos mares devido à vergonha de sua mãe pela sua deformidade, foi, porém, recolhido por Tetis e Eurínome, filhas do Oceanus. Noutras versões, a sua fealdade era tal mesmo recém-nascido, que Júpiter o teria lançado do Monte olimpo abaixo. A esse facto de deveria a sua deformidade, pois Vulcano era coxo.
Sua figura era representada como um ferreiro. Era ele quem forjava os raios, atributo de Júpiter. Este deus, o mais feio de todos, era o marido de Vénus ( a Afrodite grega), a deusa da beleza e do amor, que, aliás, lhe era tremendamente infiel.
No entanto, Vulcano forjou armas especiais para Eneias, filho de Vénus de Anquises de Tróia e para Aquiles quando este havia emprestado para Pátroclo,que por sua vez a perdeu para Heitor.
Em certa altura, Vulcano preparou uma rede com que armadilhou a cama onde Vénus e Marte mantinham uma relação adúltera. Deste modo o deus ferreiro conseguiu demonstrar a infidelidade da sua esposa, que no entanto foi perdoada por Júpiter.
HEFESTOS:
Hefesto ou Hefaísto (em grego: Ήφαιστος), era um deus da mitologia grega, filho de Hera e Zeus, conhecido como Vulcano na mitologia romana. Era a divindade do fogo, dos metais e da metalurgia, conhecido como o ferreiro divino. Hefesto foi responsável, entre outras obras, pela égide, escudo usado por Zeus em sua batalha contra os titãs. Construiu para si um magnífico e brilhante palácio de bronze, equipado com muitos servos mecânicos. De suas forjas saiu Pandora, primeira mulher mortal.
Casou-se com Afrodite (Vênus em Roma), porém ela lhe foi infiel, tendo vários amantes dentre eles deuses e mortais. O seu principal rival era Ares (chamado de Marte em Roma), deus da guerra. Outra versão do mito conta que Afrodite o amava realmente, e suas traições refletiam as outras faces do amor (i.e. ela lhe queria causar ciúmes, ou tinha desejos passageiros), e uma terceira ainda fala que ele divorciou-se de Afrodite e casou-se com as Cárites (ou a Cárite). Atenas, cidade que dava valor ao artesanato, estimava-o
Expulsão do Olimpo
Hefesto foi expulso por sua mãe Hera, desgostosa de que ele fosse coxo. Hera, furiosa pela imperfeição do filho, expulsou-o do Olimpo, lançando-o ao mar, onde foi socorrido e criado pela Nereida Tétis. Davam-se várias explicações míticas para esse defeito físico. Uma delas é que Hera discutia com Zeus a respeito de Hércules e Hefesto, o mesmo tomou partido a favor da mãe. Zangado, Zeus agarrou Hefesto pelo pé e o atirou Olimpo abaixo, condenando-o assim a viver sobre a Terra, onde instalou suas oficinas na ilha de Lemnos.
Retorno:
Certa vez, Hera viu uma das joias criadas por Hefesto e admirou-se da mestria empregada e quis saber quem havia feito tais criações. Hera descobriu que eram obras de seu filho e o mandou chamar de volta ao Olimpo, convite que foi recusado pelo deus. Conta-se então que Hera pediu que Dionísio o convencesse a voltar, o que só foi possível após o deus do vinho embriagá-lo.
Hefesto retornou ao Olimpo montado em uma mula, precedido por Dionísio que vinha a pé. No Olimpo ele criou obras magníficas, e sua habilidade o fez aceito por todos os deuses. Seu retorno ao Olimpo era tema comum entre artistas e poetas. De Hera, recebeu a mão da bela Afrodite como reparação pelos anos de exílio.
Essa união estava longe de ser estável, pois apesar de muito bela, Afrodite apresentava um caráter vulgar. Afrodite mantinha um caso com o deus da guerra Ares, do que Hefesto tomou conhecimento. Armou então uma armadilha para ambos, e, durante sua ausência, os dois deitaram-se na sua cama e ficaram presos em uma rede, expostos à vergonha em frente dos outros deuses.
MERCÚRIO (Hermes)
Mercúrio:
Era o deus romano encarregado de levar as mensagens de Júpiter. Era filho de Júpiter e de Bona Dea e nasceu em Cilene, monte de Arcádia. Os seus atributos incluem uma bolsa, umas sandálias e um capacete com asas, uma varinha de condão e o caduceu. Quando Proserpina foi raptada, tentou resgatá-la dos infernos sem muito sucesso. Era o deus da eloquência, do comércio, dos viajantes e dos ladrões, a personificação da inteligência. Correspondia ao Hermes grego, protetor dos rebanhos, dos viajantes e comerciantes: muito rápido, era o mensageiro. O planeta Mercúrio provavelmente recebeu este nome porque se move rapidamente no céu.
Hermes:
Na mitologia grega, Hermes era o deus correspondente ao Mercúrio romano, e também era mensageiro, psicopompo ou intérprete da vontade dos deuses, (daí o termo hermenêutica). Era um dos 12 deuses do Olimpo. Filho de Zeus e de Maia, nasceu na Arcádia, revelando logo extraordinária inteligência. Conseguiu livrar-se das fraldas e foi à Tessália, onde roubou parte do rebanho guardado por seu irmão Apolo, escondendo o gado em uma caverna.
A seguir voltou para o berço, como se nada tivesse acontecido. Quando Apolo descobriu o roubo, conduziu Hermes diante de Zeus, que o obrigou a devolver os animais. Apolo, no entanto, encantou-se com o som da lira que Hermes inventara e ofereceu em troca o gado e o caduceu. Mais tarde, Hermes inventou a siringe (flauta de Pã), em troca de que Apolo lhe concedeu o dom da adivinhação. Foi famoso também por ser o único filho que Zeus tivera que não era filho de Hera, que ela gostou, pois ficou impressionada pela sua inteligência.
Divindade muito antiga, Hermes era invocado, a princípio, como deus dos pastores e protetor dos rebanhos, dos cavalos e animais selvagens; mais tarde tornou-se deus dos viajantes, e em sua homenagem foram erguidas estátuas à beira das estradas (hermas). Posteriormente, Hermes tornou-se deus do comércio e até dos ladrões; para proteger compradores e vendedores, inventou a balança. Hermes era quem guiava as almas dos heróis ou pessoas importantes até o rio Estige, lugar que ligava o reino dos vivos com o reino dos mortos. Também considerado deus da eloquência e patrono dos esportistas, é representado como um jovem de belo rosto, normalmente nu, vestido com túnica curta. Na cabeça tem um capacete com asas, calça sandálias aladas e traz na mão seu principal símbolo, o caduceu.
Pã foi fruto dos amores de Hermes com a ninfa Dríope. Ela não foi a única mortal nem a única deusa honrada pelos seus favores.
Teve ainda como amantes, Acacalis, filha de Minos; Herse, filha de Cécrope; Eupolêmia; Antianira, mãe de Equion; Afrodite, a deusa do amor, com quem teve Hermafrodito; a ninfa Lara, náiade de Almon; e finalmente sua irmã, a deusa Perséfone, a quem pediu em casamento para Deméter, mãe da moça, que recusou o pedido. Mas foi Hermes quem tentou resgatar Perséfone do reino dos mortos quando ela foi sequestrada por Hades.
Iconografia de Hermes
Hermes é geralmente representado com um chapéu de abas largas, (pétaso), muito usado pelos povos rurais da antiguidade para se proteger do sol; vestindo sandálias aladas (talaria), e carregava como emblema, o seu caduceu, ou emblema de Hermes (Mercúrio) - um bastão em torno do qual se entrelaçam duas serpentes e cuja parte superior é adornada com asas; há ainda o símbolo de kerykeion, geralmente associado ao signo astrológico de Touro.
Hermes geralmente usa o vestiário que indica versatilidade: dos viajantes, pastores, trabalhadores. Ele foi representado por bolsas ou sacolas, galos (os que anunciam o dia), e tartarugas. Quando retratado como Hermes Logios, ele era o símbolo divino da eloquência, geralmente mostrado falando com um braço levantado para ênfase e movimento.
Fonte: Wikipédia
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