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27 de mar. de 2011

Mitologia Celta

Texto: Lara Moncay

Vários séculos antes da era cristã, os Celtas vindos das ilhas dinamarquesas e das baixas planícies da Alemanha setentrional, espalharam-se por toda Europa ocidental, principalmente nas ilhas britânicas, na Irlanda e na Gália, onde dominaram populações mais antigas misturando-se a elas.

A literatura religiosa dos Celtas era mais oral que escrita e pouco ou nada ficou. O carvalho era a árvore sagrada de maior importância. Os sacerdotes Celtas, conhecidos como Druidas, usavam vestes brancas e separavam com um podão de ouro o visgo do roble, reconhecendo-os em um pano branco: o visgo era considerado o “remédio que tudo cura”.

Os jovens eram criados em famílias estrangeiras ou pelos Druidas.

Determinados locais eram considerados sagrados como as fontes, montanhas e florestas. Os celtas cultuavam a Mãe-Terra e a dividiam em três grupos de Deusas-Mães.

A “fauna mágica” dos celtas compreendia grande número de animais sagrados. Algumas tribos usavam seus nomes, como por exemplo os Taurisci,- o povo do touro-, ou os Brannvices – povo do corvo.

Os Druidas

Os druidas segundo as investigações mais dignas de crédito, já na época neolítica tinham adquirido grande importância e tradição entre os irlandeses. Depois passariam das Ilhas Britânicas, para o território galo, onde, junto com os cavaleiros, se converteriam numa das classes sociais mais influentes e poderosas daqueles tempos. Também houve outras associações que se ocupavam da interpretação taumatúrgica daqueles fatos para os quais não se encontrava explicação racional; por exemplo, os bardos. Existiam sacerdotisas e magas que praticavam a arte da feiticeira e desenvolviam poderes poucos comuns.

Os Druidas realizavam os sacrifícios às diversas deidades e também eles resolviam as diferentes controvérsias entre cidadãos ou grupos sociais. Todos estavam obrigados a cumprir o castigo imposto pelos druidas e acatar a sentença por eles ditada, caso contrário, eram excomungados e separados dos seus.

Tinham também um poder mágico como curandeiros e curadores de doenças da mente e do corpo. Conheciam as propriedades de diversas plantas e utilizavam, além disso, para os seus salmos e sortilégios, couraças de ouriços fossilizados, coisa similar ao que, entre a população oriental, sucedia com as marcas das couraças das tartarugas quebradas pelo fogo, que depois eram objeto de interpretação mágica.

Eram considerados magos e adivinhos. Existia a crença cosmológica de que eles haviam criado o espaço imenso e os mares e oceanos, que fariam possível o nascimento dos próprios deuses. O nosso mundo pereceria, na opinião dos druidas, pela água e pelo fogo.

Os druidas também ensinavam a doutrina da metempsicose, ou transmigração das almas, pois acreditavam na reencarnação. Só os druidas sabiam interpretar as inscrições lapidárias dos "oghams", espécie de mensagens gravadas nas pedras dos recintos funerários que aludiam à vida no outro mundo.

Jovens seletos eram recrutados para formar a sociedade druídica. Permaneciam durante vinte anos aprendendo todas as técnicas necessárias para depois serem capazes de interpretar e memorizar textos sagrados. Toda a tradição herdada dos antepassados era de viva voz. Tinham que chegar a dominar a astrologia, a adivinhação, a história e a teologia; o seu conhecimento dos fenômenos naturais e da natureza em si.

Mitos Celtas

Os celtas adoravam as águas dos diferentes mananciais e consideravam sagradas todas as fontes. O deus das águas termais chama-se Bormo que significa quente. Era também considerado o "luminoso" e "resplandecente"- ou o deus da luz. Seu culto deu lugar à comemoração das célebres festas irlandesas - as "Baltené"- que se celebram no primeiro de Maio.

O deus celta Dagda era conhecido pelo atributo do caldeirão da abundância - entre os celtas, o caldeirão era um dos objetos carregados de simbolismo mágico e mítico, pois no seu fundo se guardavam as essências do saber, da inspiração e da extraordinária taumaturgia - com o qual alimentava todas as criaturas. Aqueles que se socorriam no caldeirão de Dagda não apenas ficavam satisfeitos materialmente como também, sentiam-se saciados de conhecimento e sabedoria.

(Dagda)

Outra qualidade do deus Dagda era a sua relação direta com a música e com o seu poder evocador. Um dos seus atributos era precisamente a harpa, instrumento que manejava com habilidade e arte através do qual invocava as estações do ano. Arrancava também tão suaves melodias deste instrumento que muitos mortais passavam deste mundo para o outro como num sonho, e sem sentir dor alguma.

O deus Dagda foi uma espécie de Orfeu céltico e, entre os seus descendentes, cabe citar Angus que cumpria entre os irlandeses as mesmas funções que o Cupido clássico. Angus era a deidade protetora do afeto e do amor e, em vez de lançar dardos ou flechas, atirava beijos que não se perdiam no ar, senão que se convertiam, depois de terem cumprido, por assim dizer, a sua missão, em dóceis e delicadas aves que alegravam com o seu melodioso trinar a vida dos felizes apaixonados.

Dagda também teve uma filha chamada Brigit que foi considerada pelos celtas como a protetora das artes declamatórias e líricas, era a guardiã do caldeirão do conhecimento, da sabedoria e da ciência.

(Brigit)

O deus Mider governava os abismos subterrâneos e infernais. Era representado utilizando um arco/flecha com o qual selecionava as possíveis vítimas.

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