Texto: Lara Moncay
Religiões da Ásia Ocidental
Encontramos na Ásia Ocidental, diversas religiões que apresentam constantes semelhanças, exercendo grande influência sobre outras.
Nessas regiões encontraram-se autóctones, indo-europeus e semitas. Distingui-se os semitas setentrionais (babilônicos e assírios), os semitas ocidentais (fenícios, palestinos, israelitas) e os semitas meridionais (etíopes e árabes).
O grupo dos semitas setentrionais que dominou a Mesopotâmia – região situada entre o Tigre e o Eufrates – encontrou ao penetrar o delta deste rio, as populações chamadas sumérias.
Os sumérios tiveram influência preponderante entre os meados do IV e III milenário antes da era cristã. Relacionou-se sua civilização com a dos dravidianos da Índia, supondo-se a existência de uma cultura pré-índia que se presume sumério-dravidiana.
Os sumérios descidos das estepes turquestãs ou das montanhas do Elam, precisaram cavar canais, irrigar e secar antes de tornarem-se um povo ao mesmo tempo marítimo e agrícola, cultivando os cereais que transmitiram ao resto do mundo. Aprenderam a manipular a argila para construção, para cerâmica e para a escrita.
Culto dos Sumérios
Os sumérios possuíam seres sagrados, herdeiros de totens primitivos: a águia, o touro e o leão.
O animismo coloca nos astros – no Sol, na Lua e em Vênus – espíritos que se tornaram deuses.
As divindades variam de uma cidade para outra. Estas divindades locais são, sobretudo, femininas, réplicas da grande deusa, a Mãe Universal, que foi venerada do Mediterrâneo ao Gôlfo de Bengalas, por egeus, asianos e dravidianos. Tiamat, divindade do oceano, Nana ou Nina, protótipo da Ishtar babilônica. Um deus destinado a ter grande futuro, Marduk, é o criador que, triunfando sobre Tiamat impôs forma a matéria e criou o Delta. Todas estas divindades serão reencontradas na religião babilônica onde serão também desenvolvidas as lendas sumérias da criação e do dilúvio.
Os deuses criam o homem a fim de que este institua seu culto e os alimente. O homem é feito de argila animada por um deus.
Os soberanos são filhos de deuses e são eles que asseguram a fecundidade da natureza, regulam as enchentes e presidem a vegetação.
Os sumérios que se supõe descidos da montanha, parecem ter conservado o culto das alturas que lhes inspirou, uma vez tornados mesopotâmicos, a construção dos Ziggurats, torres maciças de sete andares das quais as de Ur e de Khorsabad transmitiram-nos a imagem concreta sendo a de Babel o mais famoso exemplar.
Zigguarat de Nana
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