Texto: Lara Moncay
Oxumaré ou Oxumarê é a energia das cores, da luz do sol após as chuvas, o arco-íris, e por isso mesmo associado às serpentes, que são muito coloridas e poderosas.
Conta o mito que apesar de tudo que houvera com Obaluaiê, Nanã e Oxalá tiveram outro filho. Este era Oxumarê. Contudo, como novamente eles haviam desobedecido os preceitos de Orunmilá, Oxumarê nasceu sem braços e sem pernas, com a forma da serpente, rastejando pelo terra, e ao mesmo tempo de homem. Mais uma vez decepcionada, Nanã abandonou Oxumarê.
Oxumarê, entretanto, possuía grande capacidade adaptativa e, mesmo sem membros para locomover-se, aprendeu a subir em árvores, a caçar para comer, a colher as batatas doces de que tanto gostava, a nadar e possuía imensa astúcia e inteligência.
Orunmilá, o deus da adivinhação do futuro admirando-se e apiedando-se dele tornou-o um orixá belo, de sete cores de luz, encarregando-o de levar e trazer as águas do céu para o palácio de Xangô. É Oxumarê portanto quem traz as águas da chuva e é a ele que se pede que chova.
Como seu percurso era longo, Oxalá, seu pai, fez com que ele tomasse a forma do arco-íris quando tivesse esta missão a realizar. Com as águas da chuva, Oxumarê traz as riquezas aos homens ou a pobreza. Oxumarê vive com sua irmã Ewá no fim do arco-íris.
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