(autoria desconhecida)
PÃ: Filho de Hermes e da Ninfa Dríope (ou Driopéia). Pã é retratado como um ser peludo, com chifres, pernas e pés de bode, habitando florestas, geralmente perto de rios e lagos, onde ele vive perseguindo as Ninfas. Pã é um símbolo da fertilidade e é, talvez, a maior das divindades da Natureza. Pã quer dizer "tudo", ele é a Natureza como um todo fértil e criativo. Pã tinha o costume de surgir subitamente para quem transitava pelas florestas, causando susto e medo nas pessoas, o que deu origem à palavra latina "panicus", o nosso "pânico". O deus Pã é o inventor de uma flauta de sete tubos e som mavioso que ficou conhecida como "Flauta de Pã".
PANDORA: Mulher criada por Hefestos, a pedido de Zeus, para seduzir a raça humana e levá-la à perdição. Cada um dos deuses do Olimpo dotou-a com um dom: beleza, inteligência, charme, poder de sedução, etc. À Pandora é dada uma caixa lacrada com a recomendação que ela a entregue aos homens. Descendo à terra, a primeira pessoa que Pandora encontra é Epimeteu, irmão de Prometeu. Apesar de ter sido avisado pelo irmão para não aceitar nenhum presente dos deuses, Epimeteu, fascinado por Pandora, recebe a caixa e abre-a. De lá escapam flagelos de toda sorte: Fome, Miséria, Inveja, Ódio, Pestilência, etc. Apavorado, Epimeteu fecha rapidamente a caixa. Depois, notando uma luz dentro da caixa, Epimeteu abre-a bem devagar e, um sorriso ilumina-lhe o semblante. Dentro, com as pragas, tinha entrado na caixa a Esperança. Nem tudo estava perdido.
PÁRIS: Príncipe troiano, filho do rei Príamo e da rainha Hécuba. Quando grávida de Páris, Hécuba sonha que dá à luz uma tocha que incendeia Tróia. Príamo procura um adivinho que lhe interprete o sonho. O adivinho aconselha que Páris seja morto tão logo nasça. Príamo decide fazer isto, mas Hécuba engana-o e dá o filho para ser criado por pastores no monte Ida. Quando cresce, Páris é selecionado por Zeus para arbitrar uma contenda entre Hera, Afrodite e Atena sobre qual delas é a mais bela. Páris escolhe Afrodite que promete-lhe, em troca, a mão da mais bela mulher do mundo. Páris volta para Tróia, revela-se ao rei e é recebido na corte. De volta de uma missão na Grécia, Páris para em Esparta, no palácio de Menelau e lá apaixona-se pela esposa deste, Helena. Helena foge com Páris para Tróia, o que resulta em os gregos declararem guerra contra aquela poderosa cidade. Assim tem início uma guerra que duraria dez anos e que ceifaria a vida de muitos heróis dos dois lados: a Guerra de Tróia.
PARTENON: Templo na Acrópole, em Atenas, dedicado à deusa Atena. Partenon vem da palavra grega "Parthenos", que quer dizer "virgem" - Atena é a deusa virgem. O Partenon teve sua construção iniciada por volta de 450 a.C. pelo arquiteto Ictinus e foi terminado e embelezado pelo grande Fídias. Dentro, havia uma grande estátua da deusa Atena feita de ouro e marfim. Parte do estatuário e baixos-relevos do Partenon encontram-se no Museu Britânico.
PÉGASUS: Cavalo alado, produto da união de Poseidon com Medusa, que surge do sangue desta quando ela tem sua cabeça cortada por Perseu. Esse cavalo fabuloso foi transportado para o céu, por Zeus, transformado em uma constelação.
PENÉLOPE: Enquanto Helena é um símbolo da infidelidade conjugal, Penélope é o seu extremo oposto. Filha de Icário e Peribéia, Penélope casa-se com Odisseu. Pouco depois do nascimento de seu filho Telêmaco, Odisseu é convocado para a Guerra de Tróia e para uma ausência de vinte anos - a guerra dura dez anos e o herói leva mais dez tentando chegar de volta ao seu reino, Ítaca. Esta viagem de volta é contada no poema épico de Homero "A Odisseia". Como a volta de Odisseu não acontece por anos, começam a aparecer pretendentes à mão de Penélope: sendo ela a rainha, quem a desposar será o rei de Ítaca, pelo menos até a maioridade de Telêmaco. O assédio é intenso e o país começa a exigir que Penélope escolha um dos pretendentes. Como Penélope ainda acredita na volta do marido e não quer incorrer em adultério, ela pensa num estratagema: ela só escolherá alguém depois que ela terminar de tecer uma mortalha para Laertes, o pai de Odisseu. Penélope começa o trabalho, mas o que ela tece durante o dia, ela desfaz durante a noite. Depois de três anos, um dos pretendentes descobre o ardil e avisa os outros. Eles, agora, furiosos, instalam-se no palácio real e passam os dias em festins, dilapidando o patrimônio de Odisseu. Nesse ínterim, Odisseu aporta em Ítaca em segredo, num perfeito disfarce de mendigo proporcionado por Atena, sua protetora. Ele, então, pede a Penélope que reúna os pretendentes no grande salão do palácio e que proponha-lhes um desafio: doze machados serão alinhados em pé, no salão, cada um com um furo na mesma altura do cabo. O pretendente que, usando o grande arco de Odisseu, conseguir lançar uma flecha através dos doze furos será o novo rei de Ítaca. Contudo, os pretendentes não têm força nem sequer para armar o grande arco. Então, o mendigo pega o arco e, para o assombro de todos, retesa-o e lança uma flecha certeira através dos doze furos. Quando os pretendentes se voltam contra o mendigo, este se transforma na frente de todos revelando-se como Odisseu. O terror toma conta dos pretendentes, mas as portas são fechadas e eles são todos chacinados ali mesmo. Odisseu é, de novo, o rei e Penélope sua rainha.
PERSÉFONE (Prosérpina, para os romanos): Esposa de Hades. Perséfone é filha da deusa Deméter. Um dia, Hades rapta a jovem e leva-a para o seu mundo para torná-la sua esposa. A mãe da moça, Deméter, que é a Deusa da Agricultura, procura-a por toda parte, até que é informada do paradeiro da jovem. Furiosa, Deméter vai até o Olimpo e diz que não mais cuidará das sementes e das plantas enquanto não obtiver a filha de volta. As plantas começam a morrer, as sementes não mais germinam, a fome se alastra. Hermes, o Mensageiro dos Deuses, é enviado a Hades para tentar trazer a jovem de volta. Hades diz que, se Perséfone ainda não comeu nada no Mundo dos Mortos, ela poderá regressar. Mas a jovem confessa que comeu um bago de romã. Os deuses procuram uma solução e, no final, fica estabelecido que a jovem ficará com o marido durante o inverno, quando a Terra descansa e que passará o resto do ano com a mãe. Deméter concorda e a Terra volta a florescer.
PERSEU[ver foto]: Zeus engravida a princesa Dânae, disfarçado como uma nuvem de ouro. Quando Dânae dá à luz Perseu, o pai da jovem, o rei Acrísio, tranca mãe e filho em uma arca e lança-a no mar. Zeus pede a Poseidon que leve a arca para um lugar seguro e, assim, ela chega à ilha de Serífo. A grande façanha de Perseu é encontrar e matar a mais terrível das Górgonas, a Medusa. Mas, para isto, o herói tem que, primeiro, encontrar umas Ninfas que têm em seu poder três objetos mágicos: um par de sandálias aladas (provavelmente de Hermes), uma bolsa de couro de cão e um capacete que dá invisibilidade a quem o usa. Para saber onde encontrar as Ninfas, Perseu vai indagar às Gréias. Perseu consegue apoderar-se do único olho que as três velhas usam entre si e exige que elas lhe digam onde encontrar as Ninfas. Após receber destas os três objetos mágicos, o herói não tem dificuldades em achar o covil da Medusa. Como a Medusa tem o poder de tornar em pedra quem a encara, Perseu aproxima-se olhando o reflexo dela no seu escudo. Com a espada, ele decepa-lhe a cabeça. Do sangue da Medusa surge o cavalo alado Pégaso, filho de Poseidon. Perseu monta Pégaso e segue viagem até chegar ao reino do rei Cefeu, quando a filha deste, Andrômeda, está acorrentada num rochedo junto ao mar como sacrifício a um monstro marinho. Quando o monstro surge, Perseu mostra-lhe a cabeça da Medusa e a criatura transforma-se em uma estátua de pedra. Perseu casa-se com Andrômeda e dá a cabeça da Medusa para a deusa Atena, que coloca-a no centro de sua égide. Quando, mais tarde, Perseu e Andrômeda morrem, os deuses transportam-nos para o céu, transformando-os em constelações.
POLIFEMO: Nome do ciclope, filho de Poseidon, que aprisiona Odisseu e seus companheiros em sua caverna e passa a devorá-los um a um. Odisseu perfura-lhe o único olho com uma estaca afiada e ele e os companheiros conseguem escapar. Poseidon fica furioso por ver o filho cego e tenta de todos os modos matar Odisseu. Ele consegue retardar por dez anos a volta do herói para o seu reino em Ítaca. Esta história é narrada no poema épico de Homero "A Odisseia".
PROMETEU[ver foto]: Titã, filho de Iápeto e Clímene, irmão de Epimeteu, de Menécio e de Atlas. Depois que sua raça, os Titãs, é vencida pelos deuses olímpicos e precipitada no Tártaro, Prometeu resolve criar uma criatura nova na Terra que possa, talvez, suplantar os deuses. Do barro, ele cria o Homem e lhe dá vida e inteligência. A nova criatura espalha-se pela Terra e deixa os deuses apreensivos com suas habilidades e capacidade de aprender. Os deuses, então, decidem negar a esta nova criatura o acesso ao fogo que acelerar-lhe-ia o progresso. Prometeu, vendo sua criatura privada do progresso, decide ir contra os desígnios dos olímpicos e ajudar o homem. Ele vai até o carro do sol, acende uma tocha e entrega-a ao homem. Furioso, Zeus ordena a Hefestos que prenda o Titã com grilhões no monte Cáucaso. Durante o dia, uma águia devora-lhe o fígado; este recompõe-se durante a noite para recomeçar a tortura toda outra vez no dia seguinte. Prometeu sofre este suplício durante trinta anos (ou trezentos anos, segundo algumas fontes). Durante esse tempo, Zeus e os olímpicos percebem que homem, apesar de sua inteligência e destreza, não despreza os deuses, mas cultua-os e faz-lhes sacrifícios. Com isto, a ira inicial do Senhor do Olimpo abranda-se, ele perdoa o Titã e permite que Héracles o liberte dos grilhões. Prometeu poderia ser, agora, recebido no Olimpo, mas o castigo lhe causou, também a perda da imortalidade. Eis que o centauro Quirão é ferido acidentalmente por Héracles com uma flecha envenenada e padece de dores atrozes que nada alivia. Quirão clama a Zeus que lhe conceda a bênção da morte e cede a Prometeu o seu dom da imortalidade. Prometeu é, então, recebido no Olimpo e Zeus transporta o centauro para o céu onde ele forma a constelação de Sagitário.
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