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4 de mai. de 2011

Algumas Deusas da Terra

Mãe-Terra, dê-me o seu Dom,

Diga o que devo fazer,

Ensine-me a viver como filh@ da Terra!

(Brooke Medicine Eagle)

 

Afrodite

Deusa grego do amor. Segunda as lendas, Ela teria nascido das espumas do mar e sido cuidada pelas Horas e Graças que a teriam tornado ainda mais bela do que já era.

Afrodite governa o nascimento, a vida, o amor, a morte, o tempo e o destino.

Por ser considerada uma Deusa dos instintos e da fecundidade, os gregos acreditavam que era Afrodite quem espalhava sobre a Terra a energia causadora da geração de todas as coisas. Seu poder podia ser sentido no reino humano, animal e vegetal.

Na natureza seu poder se fazia sentir por intermédio das chuvas da Primavera, enviadas pela Deusa para fecundar o solo e fazer germinar as sementes. Acreditava-se que nesse período Afrodite visitava o mundo e, por onde pisasse, flores germinavam aos seus passos. Ela era responsável pela beleza das plantas e expressava o vigor da Primavera. Em Creta, recebeu o título de “Antheia”, que significa “Deusas das flores”, devido à sua conexão com as plantas mágicas e por ser a responsável pelo orvalho da manhã, que realça o brilho das flores. Afrodite era considerada o poder reprodutor da natureza, Senhora soberana da preservação das espécies e da renovação da vida.

Sua ervas são: anêmona, benjoim, cocos, margarida, urze, mandrágora, manjericão, manjerona, pervinca, tanchagem, framboesa, rosas, sândalo, morango e violeta.

Ailinn

Deusa celta que morreu de tristeza ao saber da morte acidental de seu amado Baile. Eles foram enterrados juntos e de seus túmulos nasceram duas árvores – uma macieira e um teixo – cujos galhos ficaram eternamente entrelaçados como testemunhos de seu amor. A lenda é baseada no arquétipo da Deusa Aillin, padroeira do amor leal e fiel.

Aine

Aine é uma das Grandes Deusas da Irlanda que sobreviveu na forma de Fada.

Aine é uma Deusa do amor, a que encoraja o amor humano. Ela também é reconhecida como uma Deusa lunar e padroeira dos pastos e gados. Ela é considerada a que produz o doce aroma dos prados. Seu nome deriva da raiz Adeh que significa “fogo” e por isso ela pode ser associada a Brigit.

Assim como Brigit ela também governa a agricultura, a fertilidade, a colheita e os animais de uma forma geral.

O Sabbat Litha, o Solstício de Verão, era celebrado em toda a Irlanda em honra de Aine. Nessas noites os fazendeiros faziam procissões com inúmeras tochas de palha e iam em direção a Knock Aine, agitando-as sobre o gado e os campos para proteção e fertilidade. O propósito dessa cerimônia era purificar a terra, mandando embora todas as energias e espíritos hostis. Os povos antigos acreditavam que isso traria uma boa colheita e o aumento do rebanho. Dizem que em algumas ocasiões a própria Deusa podia ser vista conduzindo a sagrada procissão.

Na Irlanda, Aine sempre esteve associada à agricultura, pois, sendo uma Deusa da fertilidade, exercia domínio sobre todos os poderes de fertilização.

Sua ervas são: acácia, amor-perfeito, basílico, bardana, cardamomo, margarida, rosa.

Airmid

Airmid, também conhecida como Airmeith, é uma das Deusas mais antigas dos Tuatha de Dannan. Senhora de grandes poderes mágicos, é a Deusa da medicina e da cura dos celtas.

É filha de Dian Cecht, o Deus da Cura, da Magia, e avô de Lugh.

Airmid é a Deusa dos encantamentos e da Magia com ervas. Detém poderes sobre a cura por intermédio das ervas e suas especialidades. Conhece o uso de cada planta e é ela quem nos ensina sobre as propriedades das ervas mágicas. É também a Guardiã da fonte da juventude eterna, com seu pai e irmãos. Vinda de uma família de curadores, Airmid reflete a combinação do conhecimento prático e mágico. Tem o poder de curar animais e humanos. Segundo as lendas, ela vivia num esconderijo entre as montanhas e teve quatro irmãos: Miach, Cian, Cethe e Cu.

Airmid era uma hábil curandeira, Ao viajar com seu irmão Miach pela Irlanda, executou grandes feitos de cura.

As aventuras da Deusa Airmid começam com a visita ao castelo de Nuanda Argentlam, o antigo Rei dos Thuatha de Dannan.

O portão de Nuanda era guardado por um porteiro, que se sentava ao lado do portão com um gato escondido em sua capa. Como o rei, o porteiro não tinha um dos olhos. Quando Airmid e seu irmão se aproximaram do portão, ele lhes perguntou quem eram. Ao dizer que eram curandeiros, o porteiro quis saber se poderiam dar-lhe um novo olho.

Airmid e Miach concordaram e removeram um dos olhos do gato do porteiro e transplantaram para o espaço vazio onde estava o olho aleijado. A operação não foi tão bem-sucedida, já que o novo olho teve a natureza do gato. À noite ficava aberto à procura de ratos e durante o dia só desejava dormir. Mesmo assim, o porteiro ficou muito feliz por ter novamente dos olhos e recomendou os dois curandeiros ao Rei Nuada.

Algum tempo depois o pai de Airmid, Dian Cecht, descobriu que seu filho Miach era um curador muito mais talentoso que ele. Impossibilitado de aceitar as grandes habilidades e inteligência de seu filho, assassinou-o num ataque de inveja e loucura. Airmid chorou e lamentou a morte de seu irmão sobre a tumba, e de suas lágrimas nasceram 365 tipos de ervas diferentes. Ela recolheu as ervas que cresciam ao redor do túmulo de seu irmão e descobriu que cada uma era a cura para uma doença. Com muito cuidado catalogou cada erva, seu uso mágico e medicinal e colocou-as em seu manto para carrega-las consigo para que assim pudesse curar as pessoas, onde quer que ela fosse, possibilitando que todos pudessem ser curados. Dian Cecht, incapaz de se redimir, retirou as ervas do manto de Airmid e derrubou-as ao chão, misturando para impedir que a humanidade recebesse a cura e aprendesse os segredos da imortalidade possível por meio de seu uso.

Mesmo com esse relacionamento tenso, Airmid e Dian Cecht se uniram para curar os Tuatha de Dannan em sua luta contra os Fomorianos. Mergulhando cada guerreiro ferido na Fonte da Saúde, eles os curavam. Cada um que mergulhasse em sua fonte sagrada ficava completamente curado e podia voltar para a batalha.

De acordo com as lendas, Airmid ajudara seu pai a criar a Fonte da Cura e, enquanto os Tuatha de Dannan se preparavam para a segunda batalha de Mag Tuired, Airmi e Dian Cecht pegaram erva por erva da Irlanda e criaram a Fonte da Cura, chamada de Tropa ou Tiobraid Slane. Os guerreiros gravemente feridos se banhavam na fonte e então eram restabelecidos prontamente. Suas feridas mortais eram curadas a cada encantamento.

Airmid é a Senhora da Cura. Ela era a Deusa chamada pelos celtas para auxiliar nos processos de recuperação. È considerada não só uma Deusa da Saúde, mas também da Renovação, pois era uma das Guardiãs da Fonte da eterna Juventude.

Airmid deve ser chamada para auxiliar nos processos de cura das doenças, consagração de ervas para rituais e revelação dos mistérios do reino vegetal. Também para buscar auxílio na neutralização das enfermidades e males.

Suas ervas são: Alecrim, bergamota, camélia, eufrásia, cânfora, confrei.

Amaltéia

Algumas vezes considerada uma Deusa, outras, uma cabra que alimentou Zeus, o pai dos Deuses gregos, e que por recompensa foi enviada aos céus, dando origem a Pa, constelação de Capella, que significa “cabra” em latim. Um dos chifres de Amaltéia foi transformado na cornucópia, de onde vertiam frutas, moedas e abundância infinitas.

Amaterasu

A Deusa japonesa do Sol, teria ensinado aos homens a agricultura, a tecelagem e a arte de criação do bicho-da-seda.

Sempre em outubro era festejado o Kanname Sai, em que as oferendas dos primeiros grãos eram feita à Deusa em agradecimento à fartura e à abundância.

Amaterasu está associada ao calor, ao amor, à fertilidade, à sabedoria, à paz e à compaixão.

Suas ervas são: acácia, açafrão, alecrim, arroz, calêndula, louro, lótus, tomilho.

Anna Purga

Deusa indiana, a doadora dos alimentos. Descrita como uma mulher sentada em um trono, alimentando uma criança com uma grande colher, ela era considerada uma Deusa protetora da família e homenageada, principalmente, na cidade de Benares.

Ani

Deusa africana, protetora das mulheres e das crianças, padroeira da terra e da agricultura, responsável pelos ciclos da natureza e pela fertilidade humana, animal, vegetal. Seu consorte, Okuke, era o Deus da virilidade, da fertilidade e do vigor físico.

Asherah

A grande mãe dos semitas, celebrada como a árvore da Vida com oferendas de frutas e fitas amarradas nas árvores. Considerada a própria força da vida, esta Deusa era invocada nos partos e nos plantios. Nos templos, era representada por um pedaço bruto de madeira chamado “asherah” mas, nos altares domésticos, estatuetas de argila mostravam-na como uma mulher-árvore, com os pés na terra e de cujo ventre nasciam todos os seres. Seu culto foi perseguido e depois abolido pelos hebreus patriarcais, mas sua força, profundamente enraizada nos corações dos homens emergiu em outras culturas, sob outros nomes, como Ashnan, na Suméria e Athirat, no Egito.

Askefruer (O freixo)

Ninfas do freixo dotadas de poderes mágicos e habilidades para curar as doenças. Elas apareciam como mulheres peludas, com seios grandes, os cabelos como raízes e vestidas com roupas de musgo. Na antiga tradição escandinava, o freixo era uma árvore sagrada, extremamente importante por representar Yggdrasill, a Árvore do Mundo, da qual foi formado o primeiro casal humano.

Bestla (O teixo)

Deisa viking associada à terra e à nutrição. Também era considerada uma Deusa árvore, particularmente o teixo. Era filha de Bolthorn e mãe de Odim.

Blodewedd (Deusa das flores)

Deusa celta das flores. Segundo as lendas, ela foi criada a pedido do Deus solar Llew Llaw, amaldiçoado por sua mãe Arianrhod para nunca se envolver com uma humana. Por meio da magia, esta Deusa foi criada de nove espécies de flores mas, quando foi descoberta sua infidelidade, os mesmos magos que a criaram transformaram seu rosto florido em uma cabeça de coruja.

Mitos mais antigos consideram Blodewedd uma manifestação da Mãe Terra, como senhora da ida e da morte, da mesma forma que Blathnat, a “Pequena Flor”, filha do Rei das Fadas na Irlanda.

Centeotl (O milho)

Deusa asteca do milho, responsável pela fertilidade da terra, junto com Xilonen.

Ceres (Deusa dos grãos)

Deusa romana dos grãos e da agricultura. Era a força da natureza, do crescimento e da nutrição. Suas celebrações incluíam rituais de purificação da terra e de incentivo à abundância das colheitas. Com cânticos e procissões, as pessoas passavam sobre os campos recém-semeados pedindo as bênçãos da Deusa para ter abundância nas colheitas.

Os romanos acreditavam que ela era responsável pelo nascimento dos seres vivos, que teriam sido gerados de seu seio.

Cerridwen

Deusa celta detentora do caldeirão sagrado dos mistérios da vida, da morte e do renascimento. Ela regia também, a vegetação, o mundo subterrâneo e das dádivas da terra. Seu consorte era o Deus da vegetação Cernunnos. Cerridwen era considerada a mãe de todos os bardos, que se autodenominavam Cerddorion ou filhos de Cerridwen. Diziam-se que beber de seu caldeirão mágico conferia inspiração e talento para músicos e poetas. Seus símbolos eram o caldeirão, o cálice, a porca branca e os cereais.

Para homenagea-la, queimar verbena no caldeirão, acender uma vela verde e amarrar uma fita verde em uma árvore frutífera. Pedir um gole do caldeirão de Cerridwen e as bençãos para as atividades e projetos criativos. Também pode homenagea-la oferecendo flores ou grãos à Mãe da Vegetação e comer uma espiga de milho. Meditar olhando para uma taça ou uma vasilha preta cheia de água, procurando “ver” além da superfície e perceber alguma mensagem da Deusa.

Chalchihuitlicue (O milho)

Deusa asteca das águas correntes, relacionadas à vegetação, responsável pela boa colheita do milho.

Chicomecoatl (O milho)

Deusa asteca nutriz, a responsável pelos alimentos, particularmente as plantações dos milhos.

Chloris

Jovem Deusa grega dos brotos e das sementes, namorada de Zéfiro, o Deus do vento do oeste.

Corn Mathers (O milho)

Mãe do milho para os índios norte-americanos.

Damas Verdes

Ninfas celtas malévolas das florestas.

Damkina

Deusa suméria dos grãos.

Démeter

Deusa grega dos grãos. Era a força da natureza, do crescimento e da nutrição. Ela regia as colheitas, os cereais, a vegetação, o renascimento, a agricultura, a civilização, as leis, a filosofia, a magia e a própria Terra. Suas celebrações incluíam rituais de purificação da terra e de incentivo à abundância das colheitas. No seu festival, celebrava-se com procissões de mulheres descalças enfeitadas com guirlandas de flores do campo. Acreditava-se que, ao andarem descalças, as mulheres podiam se comunicar diretamente com a Deusa. Segundo as lendas, Deméter trouxe as primeiras sementes de trigo para a humanidade, ensinando-a a cultivar a terra e transformar os grãos em pão. Deméter era a protetora das mulheres, da maternidade e do amor conjugal.

Dervonnae

Ninfa celta dos carvalhos.

Donzela das Bananas

Equivalente indonésia de Sita, reverenciada como Deusa da vegetação e do plantio.

Dríades

Os gregos acreditavam que cada árvore tinha uma alma individual, uma força elementar na forma de uma mulher com corpo formado pela árvore. Esses seres elementais, chamados de Dríades, zelavam por suas moradas – as árvores – e castigavam os homens que quebravam ou cortavam a árvore ou seus galhos. Quando a árvore morria, a vida da Ninfa também acabava; por isso bosques eram considerados locais sagrados e preservados contra os incêndios ou a destruição.

Druantia (o pinheiro)

Deusa celta da fertilidade, da paixão e da sexualidade. Era tida como a Senhora das Árvores, sendo-lhe creditada a invenção do “Calendário das Árvores”, o poder do conhecimento e da criatividade.

Duillae

Deusas espanholas consideradas as protetoras d natureza e mantenedoras da vegetação.

Eithinoha (O milho)

Mãe Terra e mãe do milho do índios Iroquois, onde festejavam a colheita e agradeciam às divindades da Terra e da natureza.

Epimélides ou Melíades

Ninfas de árvores frutíferas.

Erce

Deusa eslava da terra, protetora dos campos e das plantações. Para atrair sua benevolência, despejava-se leite, mel, vinho e fubá sobre os campos e nos cantos das propriedades.

Eva

Fangge

Espíritos austríacos das árvores em Tirol. Os habitantes acreditavam que os Fangge vingavam-se daqueles que cortassem os galhos ou arrancassem a casca das árvores, fatos que levariam à sua morte. Para se proteger de alguma vingança dos Fangge, as pessoas ofertavam pães com sementes de cominho às árvores.

Flora

Deusa romana das sementes, das flores, dos frutos e das alegrias da juventude. Durante os festejos de Florália, jogavam-se sementes sobre a multidão para atrair a fertilidade e abundância. Esta Deusa personificava o florescimento de toda a natureza, inclusive a humana. Honrava-se o corpo da mulher com desfiles de mulheres nuas adornadas de flores. Invocava-se Flora para facilitar a concepção, pois a flor é o órgão sexual da planta. Durante seus festejos, soltava-se lebres e bodes no meio das pessoas para atrair a fertilidade e jogavam-se feijões e tremoços sobre a multidão. Posteriormente, seus rituais sagrados degeneraram em orgias e Flora foi considerada a padroeira das prostitutas.

Gabjauja

Deusa lituana dos cereais. Era a Deusa responsável pela prosperidade e riquezas materiais em todos os sentidos.

Hainuwele (Mãe das Palmeiras)

Deusa da abundância e da colheita, do povo wemale, no Ceram. Hainuwele é uma Deusa donzela que surgiu do coco e foi exterminada pelos humanos nos tempo primordiais. Dos pedaços de seu corpo surgiram os frutos da terra, capazes de nutrir os homens.

Hamandríades (O carvalho)

Ninfas dos carvalho na Grécia.

Helena Dendrius

Deusa pré-helênica, a senhora das árvores, associada à da vegetação, Helena era reverenciada em vários bosques, onde seus devotos colocavam nas árvores oferendas e estatuetas de argila, Seu nome era dado às rainhas, sendo a mais famosa delas Helena de Esparta, cuja beleza teria contribuído para a famosa guerra de Tróia.

Helíades (O alámo)

Horas

Deusas gregas que representavam as Estações e as forças da natureza em constante movimento e crescimento. Seus nomes eram: Thallo, Deusa das Flores; Auxo, relacionada ao crescimento; Karpo, Deusa dos Frutos Amadurecidos. Eram filhas de Themis e também possuíam um aspecto mais ético.

Hsi Wang Um (O pessegueiro)

Iaçá: A Deusa Nutridora

A Deusa Nutridora aparece na forma de Iaçá, dando origem ao açaí. A Deusa Nutridora é sempre uma face que pode trazer prosperidade, abundância, as riquezas da terra. Porém, o melhor enfoque que se pode dar à Nutridora é o que leva a questionar e equilibrar o processo de nutrição – física, mental, e emocional. Assim, Iaçá traz a dádiva da Nutridora: alimenta com o que se é preciso e oferece plena satisfação.

Iduna

Deusa escandinava que desempenhava a mesma função da Hebe grega, alimentando os Deuses com comidas mágicas que os mantinham jovens e vigorosos. Os Deuses nórdicos não eram imortais, eles dependiam das maçãs encantadas de Iduna para viverem eternamente.

Ii

Deusa nigeriana, a mãe das colheitas, invocada para garantir a abundância das plantações.

Indara

Deusa da terra e da fertilidade, criadora da vida e ser supremo indonês.

Ineno (O arroz)

Deusa indonésia, mãe do arroz.

Inna

Deusa nigeriana da agricultura, protetora das propriedades, defensora contra os ladrões.

Jarina e Jurema

Deusas das árvores, nas lendas indígenas, cujos nomes e qualidades foram adotados pelas respectivas caboclas. Da árvores de jurema preparava-se uma bebida alucinógena, ingerida pelas “cunhas” – profetisas – para induzir visões por meio de transes.

Kaguya-hime-no-mikoto (Canela)

Deusa da beleza, da Lua e da boa sorte, cuja árvore sagrada era a canela, usada como chá ou incenso para favorecer os bons sonhos e a boa sorte.

Kono-Hama-Sakuya-Hime (A cerejeira)

Kore

Deusa grega associada aos campos e à vegetação e posteriormente identificada com Perséfone.

Korn Mutter

Mãe européia dos grãos.

Mãe do milho na antiga Prússia e na Alemanha, as Deusas da agricultura e dos cereais cujo espírito ficava retido na última espiga da colheita. Essa espiga era transformada em uma boneca e guardada até a próxima primavera quando, durante um ritual, era enterrada na terra arada para favorecer o plantio e a colheita.

Korrawi

Deusa tâmil associada às guerras e conquistas. Era considerada Senhora dos Bosques e Rainha das Coisas Selvagens.

Kupalo (A bétula)

Deusa eslava do auge do verão, da água, da magia e das ervas. Confeccionava-se uma esfígie de mulher com palha dos campos de trigo. Os casais jovens pulavam sobre as fogueiras levando consigo a efígie de palha e iam depois banhar-se nos rios. No dia seguinte, a mulher de palha era entregue às águas, levando consigo os males das pessoas. Nos Bálcãs, a efígie era feita com galhos de bétula e vestida com roupas de mulher.

Kupeirup: a Senhora da Fartura

Senhora da Abundância, de cujo corpo brotam alimentos variados. Kupeirup se sacrifica para que haja alimento, imortalizando-se no próprio sustento dos seres humanos. Seus dentes viraram milho; seus cabelos, o algodão; suas unhas, o amendoim, sua perna, a mandioca brava; as mãos, as folhas da mandioca; a cabeça virou cabaça; o miolo virou cará; seus dedos, a pimenta; suas coxas, a mandioca doce; o leite de seu peito virou leite de mandioca doce; seu fígado tornou-se o inhame; sua vulva, a vagem do feijão-fava; e o seu coração, a batata.

Cultuar Kupeirup trará fartura, abundância, os frutos da terra, tais como trabalho, dinheiro, sucesso material.

Larunda

Deusa pré-romana, cultuada na Península Itálica. Considerada a mãe dos lares e uma Deusa da terra. Seu nome significa “Aquela que torna a terra verde”.Era chamada para trazer fartura e uma colheita abundante.

Lauka Mate

Deusa da Letônia, associada aos campos e à fertilidade. Era chamada de “A mãe das terras aradas”, pois era considerada a Deusa que concebia boas lavouras.

Libera

Deusa da fertilidade e da vegetação, padroeira da viticultura juntamente com seu irmão Líber. Filha de Ceres, ela foi identificada com a Deusa grega Perséfone.

As mulheres idosas das comunidades se colocavam a serviço da Deusa, celebrando o renascimento da vegetação. Enfeitadas com coroas de hera, elas sentavam-se nas encruzilhadas e vendiam panquecas recheadas com mel aos transeuntes. Os romanos compravam as panquecas e as ofereciam à Deusa, comendo um pedaço para reforçar sua virilidade.

Mani: a Senhora da Abundância

Senhora da Abundância e Prosperidade. Conectar-se com Mani deve ser um exercício de sentir a fertilidade da terra brasileira e sua capacidade de dar abundantes frutos. Mani pode ser Deusa adequada para ensinar a crer na capacidade de prosperidade, trabalho e no direito de ter o que for desejado. Ela também ensina a esperar, o tempo da rega, aquilo que se deve fazer para que os frutos surjam. Nesse sentido, em seus rituais, pode ser trabalhado também o sapo Aru, que para alguns povos indígenas significa o trabalho metódico. Outra capacidade de Mani, em forma da Deusa Menina, é proteger e curar as crianças.

Mayahuel (O cacto)

Deusa mexicana do pulque, um tipo de bebida. Segundo o mito, ela foi raptada por Quetzalcoatl. Após ser despedaçada por espíritos malignos, a primeira planta cresceu por intermédio de seus ossos.

Medeine

Deusa da Lituânia associada aos bosques.

Nana

Deusa assíria da vegetação, mãe de Attis, que veio a tornar-se o consorte amado da Deusa Cibele. Segundo a lenda, nana ou Nina era ninfa que concedeu Attis enquanto carregava uma romã sobre seu seio. No entanto, fontes mais antigas mencionam que o nome de Nana, em seu significado de “rainha”, era um dos antigos atributos da Deusa babilônica Isthar ou Inanna, como a padroeira das cidades Ninevah e Lagash.

Nete Bekü: A Mãe do Mato

Deusa portadora da sabedoria do reino vegetal. Conectar com ela quando precisar do poder de cura do verde ou quando desejar obter sucesso nas plantações ou conhecimentos de herbologia. Invoque Nete Bekü, que superou a cegueira, para traspor os obstáculos que não a deixam ver claramente. Deusa dos vegetais, Nete Bekü também é Senhora da Visão e Criadora, porque formou seu povo de uma cabaça e abelhas. (Vide seu mito no começo).

Nisaba

Deusa sumeriana da escrita e da sabedoria. Seu símbolo é o estilete da escrita. Também considerada uma Deusa dos Cereais.

Olwen

Deusa celta da Primavera. Acreditava-se que as flores surgiam sobre cada pegada da Deusa.

Oryu

Espíritos japoneses dos salgueiros, que abandonavam as árvores caso elas fossem destruídas e atacavam seus agressores.

Ops

Deusa romana associada ao crescimento das sementes. Os romanos acreditavam que ela trazia a abundância das colheitas. Foi uma das esposas de Saturno.

Proserpina

Deusa grega agrária, guardiã das sementes, sendo responsável por elas desde sua germinada ao seu apodrecimento. Posteriormente foi comparada a Perséfone.

Pattini (O arroz)

Deusa dos cingaleses associada aos casamentos e ao afastamento das epidemias. Acreditava-se que tenha implantado o cultivo de arroz.

Pomona

Deusa grega das frutas maduras, considerada esposa de Vertúmno.

Raudna (A sorveira-brava)

Deusa da Lapônia cujo nome significa “Sorveira brava”, planta à qual estava associada.

Rauni ou Roonika (A sorveira)

Deusa finlandesa regente do trovão e esposa do Deus do relâmpago. Conhecida também sob outros nomes (Akko, Maan-Eno ou Ravdna), ela se materializava nas sorveiras, sendo que suas frutas vermelhas lhe eram consagradas. Segundo a lenda, por meio de uma relação sexual durante seu período menstrual, Rauni criou a sorveira e outras árvores mágicas de flores ou frutos vermelhos. Para homenageá-la, as pessoas lhe ofertavam os melhores pedaços das renas abatidas durante aas caçadas.

Renenutet

Deusa egípcia da agricultura e colheita. Um dos seus títulos era Rainha dos Pomares.

Robigo

Deusa romana dos grãos. Era invocada para proteger as plantações de milho das pragas e ervas invasoras.

Rumina (A figueira)

Saule (A macieira)

Deusa solar da Letônia. Era tida como a virgem do Sol e chamada para favorecer o crescimento dos frutos da Terra.

Segunda a única lenda conhecida, Perkuna tete, ama de Saule recebia-a, a cada noite, com um banho quente feito de uma infusão de folhas de pinheiro e casca de bétula. Após seu descanso noturno, Saule voltava renovada e resplandecente para iluminar a Terra.

Saules Meitas

Filha do Sol na Letônia, que semeavam as rosas.

Sago

Deusa indonésia, mulher das palmeiras.

Sehu

Deusa do milho para os índios Cherokee.

Selu

Deusa da agricultura para os índios norte-americanos (Flórida) Seminole, cujo consorte era o senhor da caça Konati. Segundo a lenda, Selu, antes de morrer, ensinou seus filhos a fertilizarem a terra com seu sangue para que o milho pudesse crescer.

Spes

Deusa romana que personificava a esperança. Posteriormente, transformou-se em uma Deusa dos jardins.

Tellus Matter

Deusa romana da terra e dos campos de cereais.

Tji Wara

Deusa africana da agricultura. Para garantir abundância das colheitas, os camponeses invocavam sua bênção no ato do plantio e reverenciavam-na no momento da colheita, oferecendo-lhe os primeiros frutos e espigas de milho e, às vezes, sacrificando algum animal, salpicando, depois seu sangue sobre a terra.

Tlazolteotl (O milho)

Deusa mexicana considerada mãe do milho e dos Deuses e a doadora do amor.

Urïhi: a Mãe Terra-Floresta

Deusa que personifica a Terra, no caso, a Floresta. A Deusa-Terra ensina o respeito ao sagrado solo, é capaz de dar lições de irmandade com os seres e acaba com as ilusões de que a humanidade tem maior importância que os outros seres. Urïhi pode ensinar a lição da Grande Teia, mostrando que as ligações entre tudo o que existe dá a medida da responsabilidade de se ter perante a Deusa. “Tudo o que acontece com a Terra, acontece com os filhos da Terra.”.

Vênus (o cipreste)

Xi Wang Um

Deusa chinesa associada à imortalidade. Cuida da erva da imortalidade e presenteia seus preferidos com pêssegos, capazes de conferir a vida eterna.

Xilonen

Deusa asteca do milho, responsável pela fertilidade da terra, junto com Centeotl.

Xochiquetzal

Deusa lunar dos mexicanos relacionada ao mão, aos trabalhos manuais e às plantas.

Deusa asteca das flores, da vegetação e da sexualidade, equivalente a Deusa Flora. Chamada pelas mulheres astecas de “A Senhora com saia de penas azuis” ou “A Mãe das flores”, ela era venerada com oferendas de pequenas figuras de barro. Essas imagens foram descobertas em várias escavações arqueológicas do México.

As lendas contam que Xochiquetzal foi a única mulher que sobreviveu ao Dilúvio, juntamente com seu marido, tendo como missão repovoar o mundo. Seus filhos, porém, nasciam mudos; um pombo encantado lhes devolveu o dom da fala, mas cada um começou a falar uma língua diferente.

Yakshini

Espíritos femininos hindu, das árvores e da atmosfera. Descritas como lindas mulheres vestidas com rúnicas transparentes, elas moravam nas árvores, sacudindo-as levemente para que florescessem. Seus companheiros chamava-se Yaksas e, juntos, cuidavam das árvores e dos seres da natureza.

Zemyna (O carvalho)

Ziza

Deusa europeia dos grãos.

Zytniamatka

Deusa europeia dos grãos.

Mãe do milho na antiga Prússia e na Alemanha, as Deusas da agricultura e dos cereais cujo espírito ficava retido na última espiga da colheita. Essa espiga era transformada em uma boneca e guardada até a próxima primavera quando, durante um ritual, era enterrada na terra arada para favorecer o plantio e a colheita.

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