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Abençoados sejam todos!

20 de jun. de 2011

Deusa Morrigan

morrigan
A Deusa Morrigan como acontece com a maioria das Deusas tem diferentes histórias, e também aparece em textos do chamado “Ciclo Mitológico” celta.

Por alguns é considerada uma Deusa Trina, mas essa origem é completamente desconhecida, para os Celtas, sua ligação era com os Tuatha de Danann, sendo ela uma das filhas de Ernmas, neta de Nuada. Às vezes surge como uma de três irmãs, as filhas de Ernmas: Morrígan, Badbe Macha. Por vezes a trindade consiste em Badb, Macha e Nemain – coletivamente conhecidas como Morrígan ou, no plural, como as Morrígan. Mas essa pode ser mais uma questão de erro na tradução ou na própria interpretação do mito.

Para alguns escritores, Morrígan é considerada “a mensageira da morte”, como podemos verificar no livro de Patrícia Lysaght:

"Em certas áreas da Irlanda encontra-se este ser fantástico que, além do nome feérico, também é chamada de Badhb".

Como está diretamente ligada a morte, Morrígan também é descrita como sendo um monstro com formas femininas. Eu gosto bastante dessa definição quanto a essa divindade, é na verdade a que mais me agrada.

Nas lendas irlandesas, Morrígan é a deidade invocada antes das batalhas, como a Deusa do Destino humano. Dizia-se que quando os soldados celtas a escutavam ou a viam sobrevoando o campo de batalha, sabiam que havia chegado o momento de transcender. Então, se entregavam as batalhas de corpo e alma com o objetivo de realizar atos heroicos.

Contudo, nos escritos existentes atualmente sobre o Ciclo Mitológico Celta, Morrigan em momento algum recebe a alcunha de “Deusa” mas é considerada uma divindade na Irlanda e no dia de hoje são prestadas muitas homenagens a ela…

A Lu me contou uma das muitas lendas que envolvem Morrigan e a mais interessante para mim foi sobre a morte de Cúchulainn na qual ela se transforma num velha para “assistir” a morte do guerreiro:

Cuchulainn que era um mortal, nascido para morrer, separado dos demais por características curiosas e anormais e  destinado desde o princípio a um estranho destino, encontra Morrígan que está transformada em uma velha. A margem do rio, ela lava sua armadura que está coberta de sangue do inimigo e dele mesmo…
É um presságio de sua morte.

Cathbad diz então:

-Você vê Cuchulainn, a filha de Badb lavando seus restos mortais? É o prenúncio de sua morte! Entretanto, Morrigan, talvez comovida com o trágico fim de Cuchulainn, desaparece com a carruagem de combate enquanto ele dormia. Mas nada o impedirá de ir de encontro ao seu já traçado destino.

Mas ele acaba gravemente ferido em batalha. Para continuar lutando, ele amarra-se a uma pedra com suas próprias entranhas e seus inimigos só tomam conhecimento de usa morte quando um corvo pousa em seus ombros. Era Morrigan que aparece para ele pela última vez. Quando o guerreiro finalmente morre, o corvo salta ao chão para devorar as vísceras de seu corpo dilacerado.

Outro conto nos revela o encontro de Morrigan com Dagda:

Na véspera da Segunda Batalha de Moytura, também o rei líder dos Tuatha De Danann: Dagda – encontra Morrigan no vau do rio Unshin, lavando as armas ensangüentadas e os cadáveres dos que viriam a tombar no dia seguinte.

A Deusa então dá a Dagda informações sobre o combate, revelando seus dons proféticos. Igualmente, dá provas de coragem e poder quando afirma que ela mesma arrancará o coração do seu inimigo Fomoriano.

Em pagamento, Dagda sacia seu apetite sexual, unindo-se a ela ali mesmo, em meio aos cadáveres que morreram.

Meditando com Morrigan

meditação
É sempre muito bom meditar e isso independe de dia, hora ou lugar. Mas em alguns casos, há formas de meditações específicas que contribuem para com a nossa alta estima.

Eu gosto de meditar com a aurora e com o crepúsculo e durante minha meditação, sempre procuro estar ligado a alguma divindade com a qual eu tenha algum tipo de ligação, como é o caso de Morrigan que trás em sua história, que eu contarei num próximo post – uma ligação bem estreita com a morte.

Segundo os contos Celtas, é ela quem nos avisa quando chega o momento de nossa morte.

Essa meditação nos permite compreender o nosso momento de vida e o nosso momento de morte. Nos ajuda a libertar das amarrar criadas durante os dias. Afinal, a morte passou a ser uma espécie de mistério edificado por algumas crenças. O fato é que a morte não deve ser motivo de medo e sim de continuidade… Faz parte da nossa jornada.

A Meditação com Morrigan deve ser feita no crepúsculo, num lugar agradável, onde você se sinta bem. Pode ter uma música de fundo (instrumental), caso seja essa sua vontade… Você vai precisar de uma vela preta, um caldeirão ou panela com álcool de cereais ou comum mesmo e quatro incensos de sua preferência.

Circule o caldeirão com os incensos e coloque a vela atrás do caldeirão. Sente-se, relaxe seu corpo, sua mente. Entoe um mantra de sua preferência enquanto acende os incensos. (preferencialmente você precisa estar em um lugar completamente escuro).

Sinta os perfumes que são emanados pelo incenso, feche seus olhos, visualize a figura de Morrigan dentro de você. Sinta sua energia se misturando a sua. Pense nas “batalhas” que você trava diariamente, nas conquistas e nas derrotas. Tudo isso faz parte de um aprendizado maior…

Respire fundo e acenda a vela fazendo uma prece a Morrigan:

Eu sou a figura abençoada pela Lua.
Sou o canto das águas
A fúria dos Oceanos
A chuva nas folhas e nos campos

Sou as estrelas que brilham no alto céu.
O clarão que enfrenta a escuridão
na tempestade que varre a tarde

Sou aquela que traça o próprio destino
Sou a força que surge quando a fraqueza busca espaço e lugar
Sou uma guerreira todos os dias da minha vida.

Sou mulher que não se esconde por trás de mistérios
Sou dama da noite – Senhora da magia – Sexo forte
No meu corpo adormece e desperta a chama do desejo
Em minha pele desenho os artifícios do prazer

Não tenho medo da morte,
pois ela caminha do meu lado esquerdo
Apreciando a vida que reina soberana em mim
Enquanto eu caminho pela fina linha do meu destino

Sou a bruxa que a mão da Deusa ajudou a tecer
Sou arte, verdade, poesia, começo, meio e fim
Que assim seja e que assim se faça

Ateie fogo no caldeirão e fique apreciando a chama do fogo até que está cesse…

fonte e texto de Marco Antônio, A Casa do Mago

Um comentário:

  1. Muito legal seu blog!
    Adorei seu post e, recentemente fiz umsobre Morrigan também. Ficaria muito feliz se você pudesse ler e dizer o que acha ;)
    http://wp.me/p18BuC-fU

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