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24 de nov. de 2011

Deusa Branwen


Brandwen é a Deusa galesa do amor e da beleza, similar a nossa tão conhecida Afrodite. É considerada a Vênus dos mares do norte. Ela é uma das três matriarcas da Grã-Bretanha, junto com Rhiannon e Arianrhod e a principal deusa de Avalon. Em algumas lendas arturianas, Branwen é considerada a Dama do Lago.
Também chamada de "seios brancos" ou "vaca prateada"está associada à Lua e à Noite. Foi cristianizada como Santa Brynwyn e é a Padroeira dos Namorados. Seus atributos mágicos são a inspiração, as novas ideias. a energia, a vitalidade e a liberdade. Na tradição Avalônica, Branwen corresponde ao espírito dos Elementais e é a incorporação da Terra.
Branwen era filha de Pennardunn e Llyr, deus galês do mar. Tinha como irmãos Manawydan, o Manannan Mac Lir irlandês, e Bran o Bendito (rei de Gales).

O PESADELO DE BRANWEN

Foi concedida a mão de Branwen, por seu irmão Bran ao rei da Ywerddon, Irlanda, Matholwch, com o intuito de propor uma aliança entre os países. Uma grande festa foi organizada para celebrar tão grandioso acontecimento. Mas eis que surge Efnisien, um meio-irmão de Bran, que irritado por não ter sido consultado, mutila os cavalos de Matholwch. Este último, toma a atitude como um insulto grave e manda seus homens prepararem os navios para regressar à Irlanda. Bran intercede à tempo, oferecendo-lhe ricos presentes em prata e ouro para acalmá-lo. O novo casal parte então para Ywerddon e um ano após nasce Gwern. Porém, a pesar de tudo o rei permanecia irritado e verifica-se que a crise não tinha sido superada. A união do casal sempre ficou estremecida em virtude de vestígios de ressentimento.
Rumores do acontecido foi ouvido por seus súditos, que desaprovaram a atitude do rei. Cedendo aos seus conselhos, Matholwch resolveu vingar-se de Bran através de sua irmã. Sendo assim, expulsou-a do leito nupcial real mandando-a para a cozinha, onde além de ser obrigada a realizar duras tarefas era periodicamente maltratada a mando do marido.
Isto durou três anos. Neste período Branwen treinou um estorninho a falar e enviou-o à Gales. Desta forma, seu irmão Bran foi avisado de que ela corria perigo e necessitava de ajuda. O rei de Gales enfurecido, prepara seu exército e cruza o mar em direção de Ywerddon.
Na Irlanda uma aparição incomum: uma floresta materializou-se no mar. Matholwch, estarrecido com tal visão, chama Branwen. Ela lhe explica que tratava-se da Esquadra de seu irmão.
Em meio a um grande banquete onde Matholwch abdica seu trono ao seu filho Gwern, ainda criança. Neste exato momento, Efnisien e Bran junto com toda sua guarda chegam. Amigavelmente Efnisien, pede ao rei da Irlanda para abraçar o menino e obtêm o seu consentimento. Quando Gwern vai ao seu encontro, ele joga-o no

fogo. Imediatamente o grande banquete torna-se uma batalha sangrenta. Após três dias o exército de Gales é
vitorioso, mas o custo é altíssimo, pois seu exército fica reduzido à sete sobreviventes, entre os quais estava o irmão de Bran, Manawydan. Antes de morrer Bran ordena que seja decapitado e sua cabeça seja enterrada na Montanha Branca, em Londres, onde ficaria olhando em direção ao continente e protegeria seu país de invasões futuras.
Ao retornar, Branwen entra em profunda depressão e considera-se maldita por ter provocado tão horrendo conflito. Ela morre e seu corpo é enterrado às margens do rio Alaw, segundo a tradição, em Bedd Branwen, ou Tumba de Branwen. Os sobreviventes restantes seguem a esmo durante vários anos até conseguirem enterrar a cabeça mágica.
A Deusa Branwen deve ser invocada quando você necessitar começar um projeto novo, procura inspiração ou até se está para enfrentar alguma perda (separação, perda de emprego, morte de familiar).
Seus símbolos incluem o caldeirão, a Lua Prateada, o corvo branco, a pomba e o estorninho. O branco é a cor sagrada desta deusa por ser considerada a Deusa do Coração Puro que possui a capacidade de promover reinícios.
Branwen, a Vênus dos Celtas, regressa de seu exílio para reclamar uma sabedoria que foi relegada por muitos milênios.
Esta Deusa aparece em nossas vidas para fortalecer a conexão com a nossa própria essência. A busca desta deusa nos ajuda a apreciar nosso próprio poder, habilidade e beleza. Honrar
Branwen é celebrar com amor todos os momentos da nossa vida.
Reverenciar Branwen e seus princípios femininos nos põe em contato direto com a magia da natureza e de todas as criaturas.

O CORVO BRANCO

...se , ousem nossas almas visíveis aos olhos, se veria distintamente unia coisa estranha, cada tini aos indivíduos du espécie humana corresponderia a alguma espécie do reino animal.... os animais são as_faguras de nossas virtudes e nossos vícios, errantes diante dos nossos olhos; os fantasmas visíveis de nossas almas. " (Os Miseráveis- Victor Hugo).
Na mitologia grega, os corvos eram originalmente brancos e eram os mensageiros de Apolo. Até que certo dia, trouxeram-lhe más notícias e a fúria deste deus os chamuscou de preto.
Para os celtas, o corvo também era inicialmente branco. Pássaro associado ao deus Lugh, que tinha a missão de vigiar para que nenhum mortal se aproximasse do leito da amante grávida deste deus. Mas, como toda mulher consegue o que quer quando é determinada, fez com que o corvo silenciasse sobre uma noite que havia passado nos braços de um pastor. Quando interrogado, o pobre corvo mentiu e o deus da adivinhação, furioso, condenou-o a ter a plumagem negra e a lhe obedecer cegamente daquele dia em diante. Esta lenda é representativa de quando mal pode acarretar uma mentira, pois neste momento a consciência se separa da divindade que existe nela. A consciência pode ser iluminada com a luz da verdade, ou sombria com a plumagem negra da mentira.
O corvo na tradição celta também tem papel profético. Era considerado animal sagrado entre os gauleses, bretões, gauleses e gaélicos. Considerado um pássaro celeste, do Sol e da luz, mas também tem lugar preponderante no lado sombrio de todos nós. A "sabedoria do corvo", para os irlandeses significava o conhecimento supremo.
Tanto a deusa da guerra, Bodb, como também a deusa tríplice Morrigan, eram representadas na forma de uma gralha. Branwen era igualmente associada a um corvo branco.
O corvo foi personagem principal na narrativa "O Sonho de Ronabwy". Os corvos guerreiros do Owein, depois de serem massacrados pelos soldados de Artur, reagem com violência e atacam para partir os soldados em pedaços.
Na mitologia germânica, o corvo é o pássaro companheiro do deus Vatã. Na mitologia escandinava, Odim tinha dois corvos. Seus nomes eram: Hugin (a Reflexão) e Munin (a Memória). Os dois deixam seu senhor pela manhã para sobrevoar o mundo e retornam à noite para contar o que viram e ouviram. Odin possuía também dois lobos, o Geri (o Glutão) e Freki (o Voraz). Os corvos representavam o princípio da criação e os lobos o princípio da destruição.
Os licualas do Congo (África), consideram o corvo como um pássaro que os previne de algum infortúnio.

No mundo indígena o corvo tem papel preponderante. Na América do Norte o corvo é a personificação mítica do trovão e do vento. O bater de suas asas é um ato simbólico do vento e sua língua é o raio.
A sua semelhança com a família das águias o tornaram manifestação do Grande Espírito. Ele é figura central do panteão dos índios tlingit (noroeste do Pacífico).
O corvo é protagonista de muitas lendas de tribos norte-americanas e ocupa um lugar fundamental na mitologia e rituais destes povos. É conhecido pelos tainainas, os kutchins, os kaskas, que o chamavam de "Wisakedjak" e também os ojibwa, que o denominavam "Nanasbusch" e os naskapi, que o conheciam como "Djokabish". Para todos estes povos, foi o corvo que criou o homem, organizou e estruturou o mundo, e criou e libertou o Sol e a Lua.
Na Colômbia é um animal celeste e criador. O deus criador, Shai-lana fundou um reino que se estendia a uma grande altura e embaixo, havia um oceano imenso totalmente vazio. Cansado do seus serviços, o deus criador, acabou por expulsar o Grande Corvo do paraíso e o colocou dentro de um saco. Á princípio o corvo não sabia o que fazer, mas assustado e desesperado começou a bater asas no intuito de livrar-se da prisão. Agitou-se tanto, que do oceano primordial erigiu rochas que vieram a constituir as primeiras terras emersas. Depois através de seu canto melodioso criou o primeiro homem que surgiu de dentro de um gigantesco marisco. Usando então sua magia, criou a mulher, pois a sexualidade é o jogo predileto do corvo. Depois roubou dos céus o Sol e ofereceu ao homem o fogo.
Mas o corvo, igual sua cor, tem seu lado negro, sombrio, e sendo assim em algumas tradições ele é ligado a morte e mau-agouro. Segundo algumas ideias populares, quando Deus criou a galinha, o Diabo criou o corvo.
"Quando um corvo vem grasnar em cima de um telhado de uma casa na qual alguém doente, é sinal certo que morrerá dessa doença". Na Normandia, as gralhas eram sinal de fome e, pela direção de seu voo ou conforme seus grasnos, pressagiavam carestia ou abundância. A maioria das vezes o canto desses pássaros era temido, principalmente se houvesse algum doente por perto.
O corvo de nossos dias é figura arquetípica que já alcançou fama internacional e que foi estigmatizado como a "morte" em um filme, cujo o protagonista principal era Brandon Lee. O ator morreu sem ter podido concluir as filmagens.
Como se pode observar, este pássaro negro é tipo como anunciador da morte, que plana sobre os campos de batalha para alimentar-se da carne dos mortos. O corvo leva aqui a fama de uma marginalidade trágica de monstro desapiedado e devorador de corpos. Mas em algumas crenças ele também é um herói solar. Algumas vezes demiurgo, mensageiro e guia divino. E guia das almas na sua última viagem e conhece os terríveis segredos das trevas.

Acredito que o texto seja da Rosane Volpatto.

fonte das fotos: (1) caldeiraoencantadodeanwamane.blogspot.com; (2) fotologando.com

Um comentário:

  1. Olá, ótimo texto. Compartilhei em meu Pinterest uma parte dele.
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    Abçs!

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