Cailleach é a Anciã ancestral da
Escócia, também conhecida como a
Carline ou Mag-Moullach, representado o aspecto de velha da Deusa no ciclo
anual. Está ligada às trevas e ao frio do Inverno e assumiu a direção no ciclo
das estações em Samhaim, a véspera de primeiro de
Novembro. Ela portava um bastão negro do Inverno e castigava a terra com frias
forças contrativas que ressecavam a vegetação. Com a aproximação do fim do
Inverno, ela passava o bastão do poder para Brigid, em cujas mãos ele se
tornava branco que estimulava a germinação das sementes plantadas na terra
negra. As forças expansivas da natureza começavam então a se manifestar.
Por vezes, essas duas deusas eram
retratadas em batalha pelo controle da natureza: dizia-se até que Cailleach
aprisionava Brigid sob as montanhas no Inverno. Mas o melhor modo de vê-las é
como duas facetas de uma deusa tríplice das estações: a Velha Cailleach do
Inverno, a Donzela Brigid da Primavera e a Deusa-Mãe do viço do Verão e da
frutificação do Outono. O nome do último membro dessa trindade não foi
preservado na lenda folclórica com o mesmo cuidado. Talvez porque ela
representava uma faceta demasiado pagã da Deusa, vinculada demais com a
fecundidade e com as forças sexuais da vida. Em um certo sentido, a figura
Cailleach-Brigid, pode ser considerada como tendo um paralelo com o mito
Deméter-Perséfone dos gregos
antigos.
A imagem de Cailleach foi distorcida e hoje
ela está representada no voo da bruxa que aparece na noite de Halloween. Foi caracterizada como
uma fada do mal que traz consigo o Inverno e a morte. Apesar de ser perpetuada
deste modo terrível, sabemos que neste aspecto de Deusa Anciã, ela está
inteiramente realizada em sabedoria e beleza.
Cailleach era tida como uma grande
feiticeira e para obter suas bênçãos os fazendeiros após as colheitas deviam
reverenciá-la. Para tanto, o primeiro fazendeiro que terminasse sua colheita,
deveria se ocupar na feitura de uma boneca de palha com os últimos grãos
colhidos. A boneca pronta, deveria passar para o segundo granjeiro e assim por
diante, até chegar no último. Esse, deveria guardá-la até o dia da celebração do
festival de Brigid.
Na Escócia foi chamada originalmente de
Caledonia ou a "terra doada por
Cailleach". Para os escoceses, Cailleach era aquela que cujo bastão negro
separava as montanhas, mudava a paisagem, previa o crescimento das ervas e
comandava o tempo. Seu nome aqui, pode estar relacionado com a deusa hindu
Kali.
Ficou conhecida também, como "Mulher de
Pedra", porque era vista andando e carregando uma cesta cheia de pedras.
Ocasionalmente deixava cair algumas, formando círculos de pedras. As montanhas
também teriam sido criadas por pedras que a Deusa deixou cair da cesta.
Cailleach representava a terra coberta de
neve e geada. Era uma Deusa da Transformação e guardiã da semente, que conserva
dentro de si a força essencial da vida.
Era a Bruxa do Inverno que voava montada no
dorso de um lobo, de um pico de montanha à outro. Seu rosto apresentava uma
coloração azul escuro e possuía apenas um olho no centro da testa.Com este único
olho, via além da dualidade e reconhecia a unidade de todas as coisas. Esboçava
ainda, um sorriso vermelho de dentes de urso selvagem com presas de javali e seu
cabelo era feito de um matagal coberto de geada. Vestia uma roupa de cor cinza e
uma capa de lã escocesa lhe envolvia os ombros. Quando violentas tempestades se
formavam por trás das montanhas, dizia-se que Cailleach preparava-se para lavar
sua capa (plaid). Fortes ruídos eram ouvidos por três dias, tempo necessário
para que seu caldeirão fervesse e pudesse iniciar a tal lavagem. Sua capa
(plaid) representava a Terra. Quando ela ficava branca, a Terra cobria-se de
neve. Somente em Samhaim, Cailleach deixava as
montanhas e caminhava sobre a Terra. Em seguida, voltava aos afazeres em sua
lavanderia.
É um pouco duro trabalhar com a energia de
Cailleach, principalmente por sua aparência causar um certo medo. Nas meditações
Ela aparece fisicamente como descrevi acima. Mas seu poder é muito grande e
costuma punir nosso desrespeito para com Ela com inundações e desastres
naturais. Se a tratar do modo correto e respeitoso, esta Deusa lhe dará
soberania sobre sua vida, pois é considerada uma Deusa Soberana que dava aos
reis o direito de governar suas terras. Além disso, Cailleach nos passa um tipo
especial de poder e muita confiança.
Dizia-se que ela aparecia nas estradas como
uma Mulher Anciã que pedia para um herói deitar-se com ela, se ele concordasse,
transformava-se em uma linda mulher. Ao beijar a bruxa, ela transformava-se em
uma bela fada.
Na história chamada as aventuras dos filhos
de Eochaid Mugmedn, cinco irmãos saem para caçar na floresta para provarem que
são corajosos. Acabam perdidos e acampam entre as árvores. Acendem uma fogueira
e cozinham suas caças para matar a fome. Um dos irmãos é então encarregado de
procurar água. Ao chegar perto de um poço, encontra uma bruxa monstruosa
guardando-o. Somente lhe fornecerá a água se beijá-la. O rapaz foge correndo e
vai contar aos irmãos o ocorrido. Um a um, os irmãos vão até o local do poço,
mas acabam fugindo, sem beijar a bruxa, com exceção de Niall que lhe dá um
abraço e o beijo que a mulher tanto ansiava. Quando se afasta e a olha
novamente, tinha se tornado a mulher mais bonita do mundo. Surpreso,
pergunta-lhe a causa para tanta transformação e ela responde:
- "Rei de Tara, eu sou a Deusa Soberana" e
continua,"tua semente estará sobre todo o clã".
Aparecendo em seu aspecto repulsivo, a
Deusa podia testar quem deveria ser um verdadeiro rei, um que nunca será
enganado pelas aparências e sabe que é nos recantos mais escondidos e obscuros
que se encontra os maiores tesouros. Tem que ser ainda, um homem caridoso que
submete-se a qualquer tipo de situação, independente da compaixão. Sobretudo, é
beijando seu lado escuro, que compreenderá os mistérios da vida e da morte,
compreendendo que são dois lados de uma mesma moeda, só assim adquirirá
sabedoria e capacidade para governar seu reino.
Cailleach estava sempre renovando-se
ciclicamente de jovem a mulher madura. Relata-se que tenha tido pelo menos
cinquenta filhos enquanto viveu pela terra. Seus filhos deram origem à tribo de
Kerry.
Há muitas histórias sobre a Deusa
Cailleach. Conta-se que foi ela que criou as ilhas Hébridas Interiores.
Como Deusa da Tempestade é conhecida como
Cailleach Beara, sendo o ser mitológico vivo mais antigo associado à Irlanda. Em uma conversação com
Fintn, o Sábio, e o falcão Achill, lhe foi perguntado:
-"É a Senhora àquela que comeu as maçãs no
início do mundo?". Tal pergunta era coerente em virtude das maçãs estarem
associadas com a imortalidade e constituírem o alimento dos Deuses. Cailleach,
deste modo, estava ligada intimamente à colheita de maçãs, nabos, assim como aos
corvos, à Lua Escura e ao número 7 (sete). O "Livro de Lecan" nos diz que sete
formam seus ciclos de vida, morte e renascimento. Sete é um número sagrado,
símbolo da perfeição.
No folclore da Irlanda e da Escócia, era
chamado de cailleach o último feixe colhido da plantação. Ele obrigatoriamente
deveria ser dado como alimento para os animais domésticos, ou ser enterrado na
terra, para que lá permanecesse durante todos os meses do Inverno. As moças
solteiras temiam serem elas à amarrar este último maço, pois se isso
acontecesse, acreditavam que jamais casariam. Na Escócia, há também uma tradição
folclórica que envolve amarrar o cailleach (feixe) com uma fita e pendurá-lo no
alto da porta principal da casa.
É chamada de Carlin nas planícies da
Escócia, Bruza de Baare ou Cailleach Bhuer (Mulher Azul) nas montanhas e Cally
na Irlanda do Norte.
MISTÉRIOS OBSCUROS DA
DEUSA
Os Mistérios Obscuros tratam da natureza
oculta das coisas e da essência secreta tanto das coisas físicas como das
espirituais. O mito cios Mistérios Obscuros se reflete em mitos como os de
Deméter e Perséfone, mas também em Cailleach e Brigid. Cailleach seria associada
a Perséfone, que representa a semente que desce às trevas. para que sua energia
e juventude seja despertada. Como terra. Cailleach representa a força misteriosa
que faz a semente hibernar durante o inverno, para depois despertá-la e
conduzi-la à renovação na Primavera.
Nos Mistérios Ocultos, a Deusa Cailleach
aparece como Aquela que traz a Vida e a Morte, é a Criadora e Destruidora. É ela
que cria as tempestades. a chuva e o orvalho, os quais podem tanto ser benéficos
quanto destrutivos, especialmente para as comunidades agrícolas. E, do mesmo
modo que a Deusa envia a água., ela a envia para nós mulheres o fluxo do sangue
menstrual. Encontramos sempre nos líquidos a presença mística da Deusa. Pois
saiba, que a ligação essencial dos Mistérios da Deusa com as mulheres sempre
ocorrerá através dos fluidos, seja simbólica ou fisicamente. O inconsciente está
associado ao elemento água, assim como as emoções cm geral, e estas por sua vez
estão associadas à natureza feminina.
Onde os Mistérios Femininos não
refletem a psique de algum modo, eles podem ser encontrados em associações com
os fluidos corporais das mulheres. Um dos aspectos da Antiga Religião era o de
objetos serem abençoados através do contato ou inserção na vagina de uma mulher
nua deitada sobre o altar. Esta antiga prática foi distorcida pelos princípios
judaico-cristãos e transformadas em obscenidades pervertidas.
O corpo da
mulher na sociedade matrifocal era considerado um altar vivo, pois possuía o
poder de dar a luz e alimentar urna nova vida. O sangue menstrual, chamado de
sangue da Lua, era utilizado como marcas rituais em cerimônias de iniciação e
ritos. O sangue até hoje é usado em rituais de índios americanos, que costumam
unir seu sangue ao de outro para criar vínculo entre os dois. Assim sendo, a
Suma Sacerdotisa do clã podia unir as almas de todos os membros através do
sangue menstrual. Ungir os mortos com sangue menstrual era assegurar seu retorno
à vida. É graças a estas remotas associações que hoje o vinho é visto como o
Sangue de Deus.
O maior dos Mistérios Obscuros está concentrado no
Sangue Menstrual, use-o cm seus rituais.
CÍRCULO DE
PODER
Este ritual deve ser realizado à
meia-noite, na Lua Nova mais próxima ao Solstício de Inverno. Se possível
realize-o em meio à um ambiente natural para aumentar seu poder.
Comece
preparando seu espaço para o ritual. Apanhe da natureza pedras lisas para criar
o seu círculo. Este será seu círculo de poder. Acenda urna tocha (ou vela preta)
no centro do círculo. Em seguida, cota mais pedras. molde um segundo círculo em
torno do primeiro, deixando espaço suficiente para que você possa entrar e sair
um do outro.
Volte ao círculo inicial. O fogo já purificou este espaço. É
hora de iniciar o ritual chamando os quatro elementos. Eleve os braços e feche
os olhos. Inspire e expire profundamente até sentir-se completamente
relaxada. Esvazie a mente, firme bem os pés na terra
e enraize-se nela. Sinta a energia que começará a entrar pela planta de seus pés
e preencherá seu corpo com uma sensação agradável. Agora busque a energia do
Céu, que através de faíscas luminosas entrarão pelo seu chakra cardíaco.
Ficha-se desta energia. É hora que começar a liberar todos os seus medos, para
tanto deve passar para o segundo círculo.
Lá chegando. pergunte-se: Quais são
meus medos? De que forma eles estão atrapalhando minha vida? Meus medos são
pedras que foram colocadas em meu caminho para me ajudar a crescer? Permita-se
então envolver-se em seus medos. Sinta-os em seu corpo. Que parte do seu corpo
lhe dá mais medo? De que modo o sente? Observe sua respiração. 1; lenta ou
rápida? Permaneça o tempo que necessitar, o importante é você liberar todos os
seus medos e prendê-los dentro de seu corpo. Com todos eles presos, volte para
dentro do Círculo de Poder, dizendo:
Eu acossei todos os meus medos,
Eu os
sinto crescer dentro de mim,
O Círculo do Poder agora.
Os irá levar
embora.
Novamente aterre-se com a planta dos pés e
conecte-se com a energia que vem do Céu. lancha-se de energia. Observe como seu
corpo se comportará. E sua respiração, como está? O que ocorreu quando mudou ele
círculo? Em que seu sentimento de medo se transformou? Permaneça neste círculo
até sentir-se totalmente recarregada. Volte então ao círculo anterior e continue
a chamar seus medos. Refaça este processo até ter trabalhado todos os seus
medos. Se você possui medos muito interiorizados. como fobias, deve realizar
frequentemente este ritual.
(texto pesquisado por" Rosane
Volpatto")
Nos Mistérios Ocultos, a Deusa Cailleach aparece como Aquela que traz a Vida e a Morte, é a Criadora e Destruidora. É ela que cria as tempestades. a chuva e o orvalho, os quais podem tanto ser benéficos quanto destrutivos, especialmente para as comunidades agrícolas. E, do mesmo modo que a Deusa envia a água., ela a envia para nós mulheres o fluxo do sangue menstrual. Encontramos sempre nos líquidos a presença mística da Deusa. Pois saiba, que a ligação essencial dos Mistérios da Deusa com as mulheres sempre ocorrerá através dos fluidos, seja simbólica ou fisicamente. O inconsciente está associado ao elemento água, assim como as emoções cm geral, e estas por sua vez estão associadas à natureza feminina.
Onde os Mistérios Femininos não refletem a psique de algum modo, eles podem ser encontrados em associações com os fluidos corporais das mulheres. Um dos aspectos da Antiga Religião era o de objetos serem abençoados através do contato ou inserção na vagina de uma mulher nua deitada sobre o altar. Esta antiga prática foi distorcida pelos princípios judaico-cristãos e transformadas em obscenidades pervertidas.
O corpo da mulher na sociedade matrifocal era considerado um altar vivo, pois possuía o poder de dar a luz e alimentar urna nova vida. O sangue menstrual, chamado de sangue da Lua, era utilizado como marcas rituais em cerimônias de iniciação e ritos. O sangue até hoje é usado em rituais de índios americanos, que costumam unir seu sangue ao de outro para criar vínculo entre os dois. Assim sendo, a Suma Sacerdotisa do clã podia unir as almas de todos os membros através do sangue menstrual. Ungir os mortos com sangue menstrual era assegurar seu retorno à vida. É graças a estas remotas associações que hoje o vinho é visto como o Sangue de Deus.
O maior dos Mistérios Obscuros está concentrado no Sangue Menstrual, use-o cm seus rituais.
Comece preparando seu espaço para o ritual. Apanhe da natureza pedras lisas para criar o seu círculo. Este será seu círculo de poder. Acenda urna tocha (ou vela preta) no centro do círculo. Em seguida, cota mais pedras. molde um segundo círculo em torno do primeiro, deixando espaço suficiente para que você possa entrar e sair um do outro.
Volte ao círculo inicial. O fogo já purificou este espaço. É hora de iniciar o ritual chamando os quatro elementos. Eleve os braços e feche os olhos. Inspire e expire profundamente até sentir-se completamente relaxada. Esvazie a mente, firme bem os pés na terra e enraize-se nela. Sinta a energia que começará a entrar pela planta de seus pés e preencherá seu corpo com uma sensação agradável. Agora busque a energia do Céu, que através de faíscas luminosas entrarão pelo seu chakra cardíaco. Ficha-se desta energia. É hora que começar a liberar todos os seus medos, para tanto deve passar para o segundo círculo.
Lá chegando. pergunte-se: Quais são meus medos? De que forma eles estão atrapalhando minha vida? Meus medos são pedras que foram colocadas em meu caminho para me ajudar a crescer? Permita-se então envolver-se em seus medos. Sinta-os em seu corpo. Que parte do seu corpo lhe dá mais medo? De que modo o sente? Observe sua respiração. 1; lenta ou rápida? Permaneça o tempo que necessitar, o importante é você liberar todos os seus medos e prendê-los dentro de seu corpo. Com todos eles presos, volte para dentro do Círculo de Poder, dizendo:
Eu os sinto crescer dentro de mim,
O Círculo do Poder agora.
Os irá levar embora.
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