Pesquisar neste blog

A principal fonte dos textos postados aqui é da Internet, meio de informação pública e muita coisa é publicada sem informações de Copyright, fonte, autor etc. Caso algum texto postado ou imagem não tenha sua devida informação ou indicação, será escrito (autoria desconhecida). Caso souberem, por favor, deixe um comentário indicando o ou no texto, ou caso reconheçam algum conteúdo protegido pelas leis de direitos autorais, por favor, avisar para que se possa retirá-lo do blog ou dar-lhe os devidos créditos. Se forem utilizar qualquer texto postado aqui, por favor, deem os devidos créditos aos seus autores. Obrigada!

Abençoados sejam todos!

27 de mar. de 2011

Mitologia do Bramanismo / Hinduísmo

(autoria desconhecida)

Além de todo o panteão da Índia pré-vedica e do vedismo, encontraremos outros deuses, os quais se tornam as figuras mais importantes do Hinduísmo.
Existem três vias sagradas de acesso ao conhecimento: pela contemplação, as obras e a devoção religiosa. O bramanismo contempla em suas bases o mistério do Trimuti, a trindade do absoluto, como criador de toda a existência e possuidor de todas as idéias. O Eu existe nas suas três divindades complementares: Brama[1], o Criador; Visnú, o conservador e Shiva, o destruidor.

Esse mesmo Eu, coexiste ao mesmo tempo nas duas naturezas unidas, na mortal e na imortal, porque as duas naturezas são simplesmente a mesma essência. Assim como o homem que é reflexo dessa dupla natureza, mortal e imortal a um só tempo, devendo buscar a totalidade de sua existência, a unidade e ao seu Eu eterno, atman.
Enquanto Brama fica estabelecido num plano metafísico, as duas outras personificações do Trimuti, Shiva e Visnú, convertem-se em deuses queridos e temidos aos quais poderia se recorrer em casos concretos.
Visnú começou sua carreira mitológica como mais uma divindade da natureza, um deus solar, mas foi galgando postos constantemente até chegar a 2ª pessoa do Trimurti, atrás do grande Brama. Visnú aguarda sua última reencarnação, possuiu nove avatares (o que significa descida de um deus na terra, ou seja, nove encarnações), tendo sido o peixe que salvou Manú do dilúvio, a tartaruga que obteve a bebida sagrada de amrita, o javali que voltou a salvar a terra do novo dilúvio, o leão que castigou o blasfemo demônio Hiranya, Trivikrama, o Brâmane anão dos três passos, o Parasurama que venceu os chatrias, o Rama da epopeia de Ramayana e o príncipe negro Krishna. A décima será do gigante com cabeça de cavalo branco, como kalki, vindo a Terra para a batalha definitiva contra o mal, quando o mundo acabar e Shiva aparecer sobre as ruínas do dia do fim do mundo. Nas epopeias do Ramayana e de Mahâbârata, Visnú se converte no verdadeiro protagonista da lenda, relegando Brama, para segundo plano. Habita as moradas paradisíacas rodeado pelo amor eterno de um milhar de incondicionais pastoras celestiais, as Gopis, e na companhia de Laksmi, divindade do amor, da ciência e da sorte, segundo nos contam os textos de Ramayana. Quando Visnú desce a Terra para acompanhar os humanos, o faz geralmente incorporando um deus de quatro braços, braços que portam o disco, o maço, a concha ou a trombeta, e a espada ou o lótus, emblemas que são representações de suas faculdades e virtudes, como são os símbolos do Sol, da força, do combate contra o mal e seu justo castigo.

(visnú)

Shiva é a terceira pessoa do Trimurti, embora para os seus fiéis ele seja a primeira e incontestável divindade trinitária. Casado com a também impressionante deusa Parvati, a montanha, que conhece muitas advocacias, desde a de Sati, ou esposa, e Ambiká, ou mãe, até à de Kali, a negra, a deusa da morte. Com sua esposa Shiva habita as regiões que formam o teto do mundo, no Himalaia, no cimo do monte Kailas. Naturalmente um amor como o da deusa Parvati e o deus Shiva não poderia deixar de ser grandioso e conta-se que, quando por fim Shiva e Parvati se uniram pela primeira vez, todo o planeta estremeceu num gigantesco terremoto. O deus Shiva apresenta-se, às vezes, perante os homens nu e coberto com a cinza da ascese, com toda a pureza do seu ser, adornado com o sinal inconfundível de um terceiro olho vertical no meio da fronte, com o qual vê tudo, símbolo de sua onisciência, e com o cabelo preso num grande carrapicho, outras vezes aparece coberto de serpentes, para apontar inequivocamente a sua imortalidade, e armado com o arco Ayakana e o Jinjira, mais o raio e o machado, porque então é a personificação do tempo, o deus destruidor. Quando aparece como deus da justiça aparece montado em um touro branco e um numero par de braços, entre dois e dez, empunhando numa de suas mãos o tridente no qual estão enfiadas duas cabeças. Na fronte destaca-se a marca de uma lua em quarto crescente, o seu cabelo vermelho eleva-se como uma tiara e a sua garganta é azul, para recordar que o Nilakantha, o herói que salvou o mundo de todo o veneno vomitado por Vasuri, o rei das serpentes e o apanhou na sua mão para bebê-lo depois, queimando sua garganta divina com a peçonha, para que os homens não morressem pelo seu efeito.

(shiva e Parvati)

Há ainda no Hinduísmo um panteão sem fim de deuses e lendas, como, por exemplo, o deus da Sabedoria Ganesh, com cabeça de elefante. Há grande quantidade de animais sagrados, como a vaca, o macaco e a serpente, bem como árvores e rios igualmente sagrados, como o Ganges.

 

 

 

(Ganesh)

____________________________________
[1] Não se pode confundir Brama, com Braman. Brama é o deus representante do princípio da criação, e Braman é o princípio que anima o deus. Assim como os demais são personificações dos princípios de conservação e destruição, não são Braman, apenas o contém e manifestam em si princípios individuais do todo que é Braman.

Nenhum comentário:

Postar um comentário