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16 de mar. de 2011

Mitologia Romana

A categoria Mitologia romana abrange divindades, mitos e lendas da cidade-estado de Roma e de sua cultura latina original, em contraste com as divindades e mitos posteriormente adotados de outras culturas, principalmente da Mitologia grega.

BELONA

Bellona.jpg

Belona (do latim Bellona, derivado de bellum, "guerra") ou Duelona (do latim Duellona, de um termo latino mais antigo para "guerra") era uma antiga deusa da guerra romana, possivelmente de origem etrusca, que pode ter sido a deusa da guerra original dos romanos, anterior ao sincretismo com a cultura grega, após o qual foi identificada com a deusa grega Ênio.

Amiano Marcelino, ao descrever a derrota romana na Batalha de Adrianopla, diz que "Belona, soprando sua triste trombeta, enfurecia-se mais ferozmente que de costume, para infligir o desastre aos romanos".

Ela acompanhava Marte na batalha e foi considerada, por diferentes autores, sua irmã, esposa ou filha. Também foi (como no seu templo em Óstia) sincretizada com Magna Mater. Todas as sessões do Senado relacionadas à guerra estrangeira eram conduzidas no Templo de Belona, no monte Capitolino, fora do pomerium, o antigo muro sagrado de Roma.

O atributo de Belona é uma espada e ela é representada usando um elmo e armada com uma lança e uma tocha. Sua festa era comemorada em 3 de junho.

DIANA

Diana era a deusa romana da caça e das florestas, assimilada às deusas gregas Ártemis, Hécate e Selene. Seu culto nasceu às margens do lago Nemi, perto de Roma. Ali, seu sacerdote permanecia no posto, com o título de Rex Nemorensis, até ser morto pelo próximo pretendente, usualmente um escravo fugido, que viesse a colher um "ramo dourado" no bosque sagrado. Uma tentativa de explicar esse costume é o fio condutor de um dos mais belos e ambiciosos (mas não dos mais rigorosos) tratados de mitologia já escritos, O Ramo de Ouro, de Sir James George Frazer.

Nos últimos séculos da antiguidade romana, seu culto popular entre escravos e camponeses pobres em áreas remotas, permaneceu como um dos mais resistentes à erradicação pelo cristianismo. Foi um dos últimos a morrer, se é que chegou a desaparecer de todo.

A Diana Medieval Editar a secção A Diana Medieval

Em História Noturna: decifrando o Sabá, o historiador Carlo Ginzburg refere-se a uma vasta série de confissões de supostas feiticeiras dos séculos X ao XIV e mesmo posteriores que, interrogadas por padres e inquisidores, afirmavam participar em êxtase de voos noturnos na companhia de uma misteriosa divindade feminina, chamada, conforme a época ou região, de Diana, Fortuna, Richella (de "riqueza"), Abúndia (de "abundância"), Sácia (de "saciar"), Bensozia (Boa Sócia), Madame Oriente, Herodíade (personagem bíblica, identificada com Diana por razões obscuras), Perchta (deusa da vegetação na Áustria e sul da Alemanha, protetora das almas dos mortos), ou Huld/Holda/Holle (sua correspondente no norte da Alemanha, protetora das crianças e das tarefas domésticas femininas). Eram sinais de um resistente culto pré-cristão da fertilidade que ele chama de "religião diânica".

Nas ilhas Britânicas, a Diana ou Sácia latina e a Holda ou Perchta germânica tomam a forma da rainha dos elfos ou das fadas. Na Idade Moderna, Edmund Spenser, no poema The Faerie Queene a chamou (como metáfora para a rainha Elizabeth I) de Gloriana. Já Shakespeare, na comédia Sonhos de Uma Noite de Verão a chamou de Titânia, nome dado pelo poeta romano Ovídio às filhas de Titãs em geral e a Selene - uma das formas de Diana - em especial

Ginzburg anota julgamentos de mulheres e homens na Escócia do final do século XVI ao XVII que disseram ter-se encontrado com essa Rainha e seu consorte (ora um belo homem, ora um cervo - animal também ligado a Diana), que Shakespeare pelo nome tradicional de Oberon, derivado do francês Auberon ou Alberon, que por sua vez vem do alemão Alberich, "rei dos elfos".

Outros possíveis equivalentes, citados por outros autores, são, na Escócia, Nicceven ou Nicheven, de um termo que pode significar "divina" ou "brilhante", no país basco, a senhora Mari ou Andra Mari, a deusa-mãe basca. E na Itália, La Befana (de "Epifania"), uma fada que no folclore italiano traz presentes para as crianças na véspera da festa de Reis.

Na Idade Média, a Igreja frequentemente classificou como culto de Diana ou de Herodíade - originalmente uma personagem bíblica - várias aparentes sobrevivências de cultos e superstições pagãs e chamou as "bruxas" que as praticavam de "dianas". Usou a deusa romana e a princesa judia como fio condutor para orientar-se no labirinto das crença locais. Camponeses de várias partes da Europa latina deram-lhes ouvidos, identificando com Diana ou Jana tradições locais sobre espíritos femininos de diferentes origens, misturando e reinventando crenças e lendas. Mas nomes alternativos sobreviveram em alguns lugares - como Sácia, transformada em Xácia pela língua galega.

FAUNOS

Na mitologia romana, Fauno (Faunus, de uma raiz latina que significa "favorável") é uma das divindades mais antigas, o di indigetes das florestas, planícies e campos, que propicia a fertilidade (di indigetes, "deus indicado", é uma expressão que se refere aos deuses romanos nativos, em contraste com di novensides, "deus recém-chegado" de origem estrangeira, geralmente grega).

Dois festivais, chamados Faunalia, eram celebrados em sua honra: um em 13 de fevereiro, no templo de Fauno da ilha do Tibre, o outro em 5 de dezembro quando os camponeses lhe traziam oferendas rústicas e se divertiam com danças.

Fauno como deus do gado Editar a secção Fauno como deus do gado

Reconstrução das Lupercalia, para o History Channel

No papel de propiciador da fertilidade do gado era chamado Ínuo (Inuus). O escritor cristão Justino Mártir o identificou também como Luperco (Lupercus, "o que afasta o lobo"), protetor do gado, seguindo Lívio que considerou esse aspecto de Ínuo como o deus originalmente cultuado nas Lupercalia, celebradas no aniversário de fundação de seu templo, 15 de fevereiro, quando seus sacerdotes, os luperci, usavam peles de bode e chicoteavam os espectadores com cintos de pele de bode, rito que supostamente trazia a fertilidade.

Nos países anglo-saxões, muitos acreditam que as Lupercalia deram origem ao Valentine's day (14 de fevereiro, dia dos namorados nesses e em alguns outros países), mas não há base histórica para isso. A menção mais antiga desse dia como dedicado ao amor é de 1400, em Paris.

Fauna e os faunos Editar a secção Fauna e os faunosEditar

Fatidica, de Frederic Lord Leighton (1894)

Uma deusa de atributos semelhantes a Fauno, chamada Fauna, Fátua, Fatídica ou Bona Dea ("Boa Deusa"), era associada a seu culto, ora como esposa, ora como irmã. Fauno era também acompanhado pelos faunos, desdobramento do grande Fauno em gênios locais.

Fauno como deus da profecia

Fauno foi também racionalizado por romanos cultos como um rei legendário dos latinos, filho de Pico (Picus, "pica-pau") e da ninfa Canente (Canens, "cantora") e neto de Saturno. Com a ninfa Marica, teve como filho Latino, o rei do Lácio que recebeu os refugiados de Tróia liderados por Enéias. Após a morte, Fauno teria se tornado divindade tutelar da terra por seus serviços à agricultura e pecuária.

Sua sombra era consultada como uma divindade da profecia, sob o nome de Fátuo (Fatuus). Seus oráculos situavam-se nos bosques sagrados de Tibur, em torno da fonte Albunea, e também no monte Aventino, uma das sete colinas de Roma. As respostas eram dadas em versos saturnianos, um estilo arcaico e tipicamente romano, anterior à influência grega, em sonhos e vozes comunidades àqueles que iam dormir em seus precintos sobre um velo de cordeiro sacrificado. W. Warde Fowler sugeriu que esse Faunus é o mesmo que Favonius, deus do vento oeste mais tarde identificado com o Zéfiro grego.

Sincretismo Editar a secção Sincretismo

Fauno e os faunos latinos eram divindades sóbrias, mas com o crescente sincretismo entre as mitologias grega e latina, os romanos cultos passaram a identificar seus faunos com os sátiros gregos, diferentes em caráter e aparência. Fauno foi também parcialmente identificado com o grego e incluído no cortejo de Dioniso (com o nome helenizado de Phaunos), na Dionysiaca de Nonno, grego do século V nascido no Egito. Resultou disso a imagem dos faunos/sátiros da arte renascentista, que têm a aparência dos faunos latinos (e do Pã grego), mas o comportamento selvagem e orgiástico dos sátiros gregos.

GÊNIOS

A palavra gênio, do latim genius, vem do radical proto-indo-europeu *gen-, "dar à luz", "parir" e é cognato de gênero, gente, genos, genética etc.

A ideia original é a de uma entidade que acompanha o ser humano desde o nascimento, uma divindade particular que orienta, inspira e motiva a pessoa para o bem ou para o mal - como um "anjo da guarda" ou um "demônio tentador", em termos cristãos - e às vezes a possui.

Nesse sentido, "gênio" é equivalente ou tradução do grego daimon e pode ser tomado, em termos modernos, como uma representação da intuição e dos aspectos indomáveis do inconsciente capaz de contrariar e mesmo ultrapassar as convenções sociais e o senso comum, para o bem ou para o mal, usada para explicar comportamentos e atitudes pouco habituais ou julgadas de origem transcendente.

Esse sentido de "gênio" continua implícito quando se diz que alguém tem "bom gênio" ou "mau gênio" e também quando se fala de "incompatibilidade de gênios" entre duas pessoas.

A partir de Augusto, a veneração do gênio do Imperador foi imposta aos súditos, obrigação repudiada por judeus e, mais tarde, pelos cristãos.

O termo "gênio" também é usado como tradução do árabe djinn, apesar de este ser um tipo bem diferente de entidade sobrenatural.

Maia

Hermes Maia Staatliche Antikensammlungen 2304.jpgHermes com Maia, detalhe de ânfora grega, de Nikoxenos (500 a.C.)

Maia (do grego Maîa, "mãezinha", usado também para amas, avós, parteiras e senhoras idosas) é, na mitologia grega, a mais velha das Plêiades que, unida a Zeus, foi mãe de Hermes. Na mitologia romana, uma antiga deusa itálica, filha de Fauno e esposa de Vulcano. Apesar de não estarem relacionadas na origem, foram identificadas uma com a outra no sincretismo greco-romano.

Maia grega Editar a secção Maia gregaEditar

Maia era uma das ninfas Plêiades do monte Cilene, na Arcádia, a mais velha, bela e tímida. Unida a Zeus, foi mãe de Hermes. O poeta Simônides de Ceos cantou sobre a Maia oreias "de vivos olhos negros". Ésquilo a identificou repetidamente com Gaia.

Segundo o Hino a Hermes atribuído a Homero, Zeus aproximou-se dela no segredo da noite para gerar Hermes, pois ela vivia em uma caverna de Cilene para evitar a companhia dos deuses.

Maia também aparece em uma das versões do mito de Calisto como ama de Arcas, depois que sua mãe Calisto foi transformada em ursa por Hera.

Maia, como suas irmãs, foi transformada em pomba e depois em estrela, para escapar da perseguição de Órion.

Maia romana

Na mitologia romana, Maia ou Maia Maiestas é uma antiga divindade itálica, filha de Fauno e esposa de Vulcano, identificada às vezes com Bona Dea, com Fauna ou com Ops, mas sem nenhuma relação com a Maia grega. Como deusa da primavera, deu nome ao mês de maio. Os dias 1º e 15 de maio eram consagrados a Maia. No 1º de maio, o flâmine de Vulcano lhe sacrificava uma porca grávida, sacrifício adequado também para uma deusa da terra como Bona Dea. A deusa era acessível apenas às mulheres e os homens eram excluídos de seus perímetros sagrados.

A identificação das Maias grega e romana só se deu muito mais tarde, a partir do século III a.C., isto é, com a helenização de Roma, traduzida no sincretismo greco-latino.

Vulcanma.jpg Vulcano e Maia, de Bartholomaeus Spranger (1570-75)

SILVANOS

Silvanos (do latim sylva ou silva, "floresta") é um termo genérico que comprende osfaunos, os sátiros, os silenos, os pãs, os títiros e os egipãs, enquanto daimones dos bosques.

 

 

 

 

 

 

Two Satyrs.jpg Dois Sátiros, de Pieter Pauwel Rubens (1617)

fonte: http://pt.fantasia.wikia.com

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