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9 de mar. de 2011

Orixá Xapanã

A definição de Xapanã é dada por Pierre Verger no livro Orixás da Editora Corrupio: Xapanã nasceu em Empe, no território Tapa, também chamado, Nupe. Era um guerreiro terrível que, seguido de suas tropas, percorria o céu e os quatro cantos do mundo. Ele massacrava sem piedade aqueles que se opunham à sua passagem. Seus inimigos saíam dos combates mutilados ou morriam de peste."

Xapanã - É segundo alguns pesquisadores semelhante ou igual a Obaluaiyê ou Sakpatá; é o Orixá da varíola, e de todas as doenças de pele, tanto pode provocá-las quanto curar as enfermidades, é cultuado na maioria dos terreiros do Brasil sendo muito respeitado e temido por todos seguidores das Religiões Afro-brasileiras.

Costuma-se dizer que o nome Xapanã é tabu, preferindo-se referir-se a ele como Obaluaiyê ou Omolu, ainda que no Batuque do Rio Grande do Sul este nome seja pronunciado de maneira genérica.

Na Bahia Xapanã seria simplesmente uma das "qualidades" ou manifestações de Obaluaiyê, estreitamente ligado ao fogo e à sexualidade.

 

 

Um Itan de Xapanã

Assim, chegou Xapanã em território Mahi, no Daomé. A terra dos Mahis abrangia as cidades de Savalu e Dassa Zumê no Benim.

Quando souberam da chegada iminente de Xapanã, os habitantes desta região, apavorados, consultaram um adivinho. E assim ele falou:- "Ah! O Grande Guerreiro chegou de Empê! Aquele que se tornará o senhor do país! Aquele que tornará esta terra rica e próspera, chegou! Se o povo não o aceitar, ele o destruirá!

É necessário que supliquem a Xapanã que os poupe. Façam-lhe muitas oferendas; todas as que ele goste: inhame pilado, feijão, farinha de milho, azeite de dendê, picadinho de carne de bode e muita, muitapipoca!

Será necessário também que todos se prosternem diante dele, que o respeitem e o sirvam. Logo que o povo o reconheça como pai, Xapanã não o combaterá, mas protegerá a todos!"

Quando Xapanã chegou, conduziu seus ferozes guerreiros, os habitantes de Savalu e Dassa Zumê no Benim reverenciaram-no, encostando suas testas no chão, e saudaram-no:

"Totô hum! Totô hum! Atotô! Atotô!"

 

Respeito e Submissão!

Xapanã aceitou os presentes e as homenagens, dizendo: "Está bem! Eu os pouparei! Durante minhas viagens, desde Empê, minha terra natal, sempre encontrei desconfiança e hostilidade. Construam para mim um palácio. É aqui que viverei a partir de agora!"

Xapanã instalou-se assim entre os Mahis. O país prosperou e enriqueceu e o Grande Guerreiro não voltou mais a Empê, no território Tapá, também chamado Nupê.

Xapanã é considerado o deus da varíola e das doenças contagiosas. Ele tem também o poder de curar. As doenças contagiosas são, na realidade, punições aplicadas àqueles que o ofenderam ou conduziram-se mal. Seu verdadeiro nome é perigoso demais pronunciar. Por prudência, é preferível chamá-lo Obaluaiyê, o "Rei, Senhor da Terra" ou Omolu, o "Filho do Senhor".

Quando Xapanã instalou-se entre os Mahis recebeu, em uma nova terra, o nome de Sakpatá. Aí, também, era preferível chamá-lo Ainon, o "Senhor da Terra", ou, então, Jeholú, o "Senhor das pérolas".

O fato de ser chamado Jeholú e Ainon causou mal-entendidos entre Sakpatá e os reis do Daomé, pois eles também usavam estes títulos.

Enciumados, os Jeholú de Abomey expulsaram, várias vezes, Jeholú Ainon do Daomé e obrigaram-no a voltar momentaneamente, à terra dos Mahis.

Jeholú Ainon vingou-se: vários reis daomeanos morreram de varíola! Atotô! é a sua saudação.

 

Arquétipo

Pierre Verger no livro "Orixás, Editora Corrupio dá o seguinte arquétipo de Obaluaiyê: é das pessoas com tendências masoquistas, que gostam de exibir seus sofrimentos e as tristezas das quais tiram uma satisfação íntima. Pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida lhes corre tranquila. Podem atingir situações materiais invejáveis e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. Pessoas que em certos casos sentem-se capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais".

Fonte: Wikipédia

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