Texto de Rosane Volpatto.
A deusa Macha foi adorada na Irlanda mesmo antes da chegada dos
celtas. Ela é uma deusa Tríplice associada com Morrigan a deusa da guerra e da
morte. É ligada também a Dana no aspecto de fertilidade da mulher. Seu pai era o
"Aed, o vermelho" e sua mãe era Ernmas (druida feminina).
Há diversas lendas que convergem à deusa Macha. Às vezes ela aparece como sendo pertencente ao povo de Tuatha Dé Danann, mas em outras surge como uma rainha mortal. Portanto, é normal a confusão a respeito do que realmente ela é. Macha foi esposa de Nemed e consorte de Nuada; chamada de "Mulher do Sol". Ancestral do Galho Vermelho, é a Rainha da Irlanda, filha de Ernmas e neta de Net.
Seu corpo é o de um atleta e seus símbolos são o cavalo e o corvo. Macha está presente no "Livro das Invasões" quanto nas lendas do Ciclo de Ulster. Esta deusa é uma deidade tipicamente celta, pois em dado momento ela parece ser suave e generosa, para em outro transformar-se em terrível mulher guerreira.
Em algumas fontes, Macha é citada como uma das três faces de Morrighan, a maravilhosa deusa da guerra, da morte e da sensualidade. No "Livro das Invasões", a seguinte frase descreve esta triplicidade; "Badbh e Macha, grandes poderes. Morrighan que espalha confusão, Guardiãs da Morte pela espada, Nobre filhas de Ernmas.
" Nesse contexto, Macha é retratada como uma mulher alta e destacada, vestindo uma túnica vermelha e cabelos castanho-amarelados. Estas três deusas esconderam o desembarque dos Thuatha Dé Dannan na Irlanda no início dos tempos. Elas fizeram o ar jorrar sangue e fogo sobre oa Fir Bolgs, aqueles que inicialmente se opuseram contra os Thuatha, e depois os forçaram a abrigá-los por três dias e três noites. No "Livro Amarelo de Lecan", Macha é glosada como "um corvo, a terceira Morrighan".
As três Morrighan são:
Há diversas lendas que convergem à deusa Macha. Às vezes ela aparece como sendo pertencente ao povo de Tuatha Dé Danann, mas em outras surge como uma rainha mortal. Portanto, é normal a confusão a respeito do que realmente ela é. Macha foi esposa de Nemed e consorte de Nuada; chamada de "Mulher do Sol". Ancestral do Galho Vermelho, é a Rainha da Irlanda, filha de Ernmas e neta de Net.
Seu corpo é o de um atleta e seus símbolos são o cavalo e o corvo. Macha está presente no "Livro das Invasões" quanto nas lendas do Ciclo de Ulster. Esta deusa é uma deidade tipicamente celta, pois em dado momento ela parece ser suave e generosa, para em outro transformar-se em terrível mulher guerreira.
Em algumas fontes, Macha é citada como uma das três faces de Morrighan, a maravilhosa deusa da guerra, da morte e da sensualidade. No "Livro das Invasões", a seguinte frase descreve esta triplicidade; "Badbh e Macha, grandes poderes. Morrighan que espalha confusão, Guardiãs da Morte pela espada, Nobre filhas de Ernmas.
" Nesse contexto, Macha é retratada como uma mulher alta e destacada, vestindo uma túnica vermelha e cabelos castanho-amarelados. Estas três deusas esconderam o desembarque dos Thuatha Dé Dannan na Irlanda no início dos tempos. Elas fizeram o ar jorrar sangue e fogo sobre oa Fir Bolgs, aqueles que inicialmente se opuseram contra os Thuatha, e depois os forçaram a abrigá-los por três dias e três noites. No "Livro Amarelo de Lecan", Macha é glosada como "um corvo, a terceira Morrighan".
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Nemain - "frenesi", a que confunde as vítimas e espalha medo;
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Morrighan - "Grande Rainha", a qual planeja o ataque e incita à valentia;
- Macha - o corvo que se alimenta dos cadáveres em combate. Está também associada a troféus de batalha sangrentos, como as cabeças recolhidas dos inimigos, chamadas de "a Colheita de Macha". Esta sua ligação com a arte da batalha é reforçada nome das Mesred machae, os pilares das fortalezas, onde as cabeças dos guerreiros derrotados eram empaladas.
Macha é também a deusa que guia às almas ao além-mundo. Ela
vive na terra dos mortos à oeste. Antes de sua ligação com à morte, ela
representava a quintessência das fadas. É igualmente considerada uma deusa da
água semelhante a Rhiannon e Protetora dos Eqüinos como Epona. Está ainda,
associada à deusa do parto, especialmente se este for de gêmeos.
A MALDIÇÃO DE MACHA
Macha, segundo conta uma das lendas, é uma Deusa que preferiu
viver entre os mortais. Teve como seu primeiro marido o líder Nemed, que morreu
em uma batalha, narrada no "Leabhar Gabhála" (O Livro das Conquistas),
Macha governou a Irlanda por um bom tempo sozinha, até unir-se
ao seu segundo marido Cimbaeth, que foi quem construiu o forte real de "Emain
Macha".
Mas foi com seu terceiro marido, Crunniuc que surgiu a lenda de
sua maldição. A história inicia-se quando Crunniuc, um fazendeiro de Ulster fica
viúvo e deseja uma nova esposa. Macha, uma senhora misteriosa, entra em sua
casa, organiza seu lar, dá ordens aos seus criados, fazendo tudo para agradá-lo.
À noite faz amor com ele, convertendo-se desta forma sua esposa.
Como deusa protetora dos equinos e apaixonada por seu marido,
ela multiplicou-os de maneira assombrosa e passava as manhãs correndo e
competindo com eles pelos prados. Neste período, Crunniuc prosperou como nunca,
e recebeu o reconhecimento dos outros nobres da região. Aparentemente, a mulher,
cujo nome ela o instruíra a jamais perguntar, trouxera-lhe boa fortuna. E, logo
em seguida Macha fica grávida.
Chegou então a época em que, Crunniuc deveria assistir a um
Festival Anual, dos quais todo mundo participava. Macha havia lhe pedido para
não ir, advertindo-lhe que se falasse dela atrairia desgraça para os dois.
Crunniuc não desistiu, entretanto prometera não dizer uma só palavra sobre seu
relacionamento.
O próprio rei de Ulster, Conchobar, presidia os festejos. Num
certo momento, para agradá-lo, alguém fez elogios aos seus cavalos, garantindo
que não havia outros mais velozes em todo o mundo. Crunniuc, não conseguindo
conter-se, afirmou que sua mulher corria mais rápido do que qualquer quadrúpede.
O rei com raiva mandou prendê-lo e exigiu uma comprovação de
tais palavras. Sendo assim, forçam Macha a comparecer ao festival para competir
com os cavalos do rei sob pena de matarem seu marido se ela resistisse. Ela
protestou e apelou pedindo então que pelo menos o rei aguardasse o término de
sua gestação para que tal feito fosse realizado.
Lembrou-lhes que todos tinham mãe e perguntou-lhes o que
sentiriam se obrigassem a cada uma delas a uma prova semelhante em estado tão
avançado de gravidez. Mas de nada adiantou seus lamentos, pois a maioria dos
homens devido ao excesso de álcool lhes parecia muito atrativo aquele perigoso
desafio.
Macha, não teve outro remédio a não ser aceitar a tal corrida.
Trouxeram então os cavalos e teve início a competição, que teve um fim muito
breve, pois ela alcançou a chegada rapidamente com uma vantagem folgada.
No entanto, no final, caiu ao solo gritando de dor e naquele
mesmo instante deu à luz gêmeos. Neste instante todos se deram conta do que
haviam feito, mas foram incapazes de moverem-se para ajudá-la. Foi quando
ergue-se e anunciou que ela era a Macha e que seu nome seria conhecido para
sempre naquele lugar e amaldiçoou todo o povo do Ulster, porque a piedade jamais
morou no coração daqueles homens. A partir daquele dia, a vergonha e a desonra
que lhe haviam provocado voltariam à eles multiplicadas e toda a vez que seu
reino estivesse em perigo se sentiriam tão fracos como uma mulher ao dar à luz.
E assim a maldição se cumpriu. Somente as mulheres, as crianças
e o Herói Cuchulainn, filho de Lug, o único imune à maldição, ficaram a salvo
das palavras de Macha, que deveriam durar nove gerações.
Esta lenda surgiu na época em que o patriarcado começava a
suplantar o matriarcado. Marcha , através deste mito nos mostra que era suprema,
mágica e hábil, mas o mito indica que mesmo com todos estes atributos o Rei pode
forçá-la a correr, demonstrando que a posição feminina já não era mais tão
superior dentro da sociedade.
O período de fragilidade imposta pela deusa, só nos faz
entender que o conhecimento feminino pode enfraquecer os homens. Este período
imposto pela deusa, como forma de castigo, seria equivalente ao período
menstrual de todas as mulheres.
Macha é símbolo da Soberania da Terra. Desrespeitar a terra é
desrespeitar a natureza criadora de toda a Vida.
Tamanho poder desta deusa pode ser atestado pelo pequeno ritual
que ela praticava ao deitar-se com Crunniuc. Ela antes, caminhava em círculo no
sentido horário ao redor do quarto para afastar qualquer mal. A Rainha Maeve
também, antes de qualquer batalha, realizava um movimento circular no sentido
horário para proteger-se dos maus augúrios.
Esta prática mágica é realizada em diversas tradições pagãs.
Inclusive em algumas capelas cristãs e nascentes sagradas, devem ser primeiro
circuladas para depois se obter o direito ao ingresso.
MEDITANDO COM MACHA
Macha chega até nossas vidas para nos afirmar que todas as
mulheres são deusas. Todas nós somos pequenos pedaços de um grande ser: a
Grande-Mãe. Ela, nas suas várias formas de manifestação, é o símbolo principal
da própria representação do inconsciente. Uma boa parte deste planeta já busca o
resgate desta sabedoria. Não estamos descobrindo nada novo, mas sim simplesmente
revelando o que já se é.
Quando nos afastamos do sagrado, acabamos fatalmente relegando
à um segundo plano à paz, o amor e a alegria. Quando nos esquecemos que a vida é
sagrada, nós perdemos a conexão com a força planetária da vida e ficamos à
sombra da nossa verdadeira natureza.
Esta meditação lhe fará recordar a deusa que existe em você.
Procure um lugar reservado em sua casa, onde não possa ser
incomodada. Se for ao ar livre tanto melhor. Fique em pé com a coluna ereta e
mantenha os olhos fechados. Inspire profundamente e expire esvaziando a mente de
qualquer pensamento. Inale o ar pelas narinas e solte-o pela boca entreaberta
liberando um som, tipo hhuumm...... Agora respire procurando encher
completamente a barriga e os pulmões e expire profundamente. Vá aumentando a
respiração constante e solte-se. Agora chame Macha por três vezes. Ela surgirá
linda, com um sorriso nos lábios correndo com seus cavalos. Perguntará então a
você se deseja cavalgar com ela. Responda que sim e monte em dos seus cavalos.
Sentirá o doce balanço de seu cavalgar. Atravessarão florestas, córregos,
montanhas e em uma certa clareira pararão. Macha sentará embaixo de uma frondosa
árvore e você se posicionará ao seu lado.
Sinta a essência da deusa. Um sentimento de força e sabedoria
emanará dela para você. Permita que estas qualidades sejam absorvidas. Olhe
então a sua volta e sinta o lugar. Há sons e cheiros associados a ele? Que
energia o local lhe passa? Neste instante Macha lhe dará um presente. Abra-o. É
um coração que reluz como ouro. Abrace-a para agradecer, você sentirá então sua
respiração junto a sua, até notar que agora as respirações tornaram-se única. A
deusa e seu coração estão dentro de você. É hora de retornar. Suba em seu cavalo
que ele lhe levará ao lugar em que se encontrava antes. Visualize-se em pé e
inspire profundamente até encher a barriga e os pulmões e expire pela boca.
Quando achar que estiver pronta abra os olhos e diga:
A deusa está viva!
A deusa está viva!
A deusa está viva!
Seja bem-vinda.
Bibliografia consultada
Mistérios Celtas - John Sharkey
Anam Cara - John O'Donohu
The Celt Druid - Geoffrey Higgins
O Livro da Mitologia Celta - Claudio Crow Quintino
Todas as Deusas do Mundo - Claudiney Prieto
O Oráculo da Deusa - Amy Sophia Marashinsky
Os Mistérios Wiccanos - Raven Grimassi Os Mitos Celtas - Pedro
Pablo G. May
Druidismo Celta - Sirona Knight
O Anuário da Grande Mãe - Mirella Faur
Livro Mágico da Lua - D. J. Conway
Alguns sites americanos
fonte das fotos: internet
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