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Abençoados sejam todos!

8 de jun. de 2011

Deusa Mut

(acredito que o texto seja da Rosane Volpatto)

A DEUSA ABUTRE

Mut era a Deusa Abutre, Senhora de Isheru, ao sul de Karnak. Seu nome significa "mãe" e era considerada a Grande Mãe da Núbia, aparecendo em figuras mágicas compósitas. Seu culto adquire maior importância na XVIII Dinastia.
Ela é esposa de Amon-Ra e mãe adotiva de Montei e Khonsu. Mut foi identificada com Nuu, o deus dos abismos. Originalmente, este último, não só representava o obscuridade, mas também as águas insondáveis que fluem por debaixo da terra e formam a fonte do rio Nilo. Estas correntes abismais representam a matéria primogênita da qual se originaram todos os deuses. Assim, Nuu era chamado do mais velho e sábio dos deuses, que já existia quando ainda não existia céu e terra, o possuidor de todos os segredos e pai de todos os deuses do mundo.
Mut, já era divindade de Tebas antes do aparecimento de Amon-Ra. A presença de Mut junto do deus tebano Amon-Ra se deve ao desejo de reforçar suas características solares, outorgadas a este último, junto o qual ela podia desempenhar o papel de filha do "olho de Ra". Entre as formas divinas masculinas, Amon-Ra (deus Sol) e Khonsu (deus da Lua), Mut aparecia como uma Deusa que atraía de novo a inundação: o "terceiro olho". Os três deuses anteriores formavam uma tríade.
Como Deusa Mãe se apresentava com uma coroa ornada com abutre, seu vestido era vermelho e azul e em tuna das mãos carrega um cetro de papiro. Algumas vezes é representada com asas. Como Deusa do céu aparece como um abutre que tem em suas garras o nó mágico. Um nó mágico é um ponto de convergência de forças que unem o mundo divino e o mundo humano.
Em outras ocasiões, Mut aparece com um falo, afirmando que ela é possuidora tanto dos atributos femininos e masculinos da reprodução. No aspecto que se apresenta com falo, ela é alada e possui garras de leão.
No Egito antigo, o abutre simbolizava o poder de proteção. Na arte egípcia, o abutre muitas vezes, estava associado ao poder das mães celestes, sendo Mut uma representação da Deusa-Mãe Universal, Mãe de todas as coisas. Mas, ainda assim, o abutre come os cadáveres e lhes dá novamente a vida, simbolizando o ciclo da perpétua transmutação morte-vida. Na África do Sul, o abutre egípcio estava associado aos amantes, porque os abutres como os pombos eram sempre vistos aos pares.
No Livro dos Mortos há uma passagem que diz que para o morto não se decompor, se pronunciava algumas palavras mágicas sobre uma estátua de Mut com três cabeças: uma da Deusa Pajet com plumas, outra com uma cabeça humana com uma coroa e outra com a cabeça de um abutre com plumas.
Mut identifica-se com Bastet e Sejmet para acentuar as características solares de Amon-Ra e nestas ocasiões é representada na forma de leoa, enquanto que em seu aspecto maternal já não tem nenhum caráter caráter guerreiro de nenhuma das duas deidades anteriores. Ao sul do templo de Amon-Ra de Karnak tinha um santuário, chamado de Hut-Mut, com um pequeno lado em forma de uma meia lua em que era adorado este seu aspecto de leoa. Seus outros centros de culto estavam em Tanis, Sais, no oásis de Jarga e Dajla. Era adorada também no deserto de Hammamat, Mendes e Sebenytos. Aparece ainda como instrutora e protetora de reis e rainhas, que se apresentavam com uma coroa de cabeça de abutre.
A deusa Mut era venerada em um templo próprio, ao sul do santuário principal de Karnak, como a Senhora de Isheru, Senhora do Céu e Rainha dos Deuses. Durante o festival de Mut, uma estátua da Deusa era colocada em um barco que velejava em torno de seu pequeno lago sagrado Isheru, que tinha a forma de lua crescente. Esta também foi a forma dada ao seu templo.
O templo de Luxor foi dedicado a uma forma primitiva do deus Amon-Ra construído por Amenófis III e ampliado por Ramsés ll. O templo de Mut ficava ao sul do templo de Amon-Ra.
Como a Grande Deusa do Reino Novo, Mut substituiu ou assimilou muitas Deusas Egípcias. Embora, possivelmente tenha sido inicialmente uma Deusa local do delta, ao casar-se com Amon-Ra, substituindo sua primeira esposa Amaunet, a sua popularidade e importância cresceu prodigiosamente.Passou a representar a

Deusa-Mãe do faraó, tendo a coroa real como seu principal símbolo, conseguindo então um lugar de grande
destaque em Tebas. A seguir, transforma-se de uma Deusa local em uma das Grandes Deusas do todo o Egito, adorada e venerada de 1500 a. C até a chegada da era romana. Seus seguidores, acreditavam que era Mut quem tudo tinha criado e tinha dado nascimento a todas as coisas.

FESTA DE OPET

fabianatgoulart | °° MUT, A DEUSA ABUTRE  °°

Era uma festa em que se celebrava as liturgias mais solenes que se comemorava em Tebas. Celebrada uma vez ao ano e começava quando Amon-Ra partia de seu templo em Karnak para chegar ao templo de Luxor, distante uns 3 Km. Esta viagem se realizava com a intenção de unir-se misticamente com sua esposa Mut.
Durante a XVIII Dinastia, o itinerário da festa se deslocou da terra para o rio. O rei viajava a bordo de sua barca cerimonial e cada estátua dos deuses eram transportadas em uma embarcação semelhante. Velas e sirgas impeliam o belo cortejo rio acima. No fim da festa, as correntes do Nilo carregavam as embarcações e seus passageiros de volta a Karnak. Durante o festival, ocorria o cerimonia matrimonial anual entre Mut e Amon Ra. Era um rito que assegurava a fertilidade para o novo ano que se aproximava.
As mais antigas referências disponíveis sobre a festa de Opet datam do início do Novo Império e afirmam que a celebração começava no segundo mês da época das cheias e se estendiam por 1 dias. No final do reinado de Ramsés III, porém, passara a ocupar 27 dias. É provável que tenha sido comemorada até a era romana.

Outros nomes de Mut: MONTU, MONT, MUNT

A imagem da Deusa-Mãe, Antiga e Poderosa, encontra reflexo nas mulheres de todos os tempos. Ela não mudou, nem nunca mudará, continuará para sempre a personificação do poder feminino que não decresce em sua força e sua potência provedora de vida. Quem mudou através dos tempos fomos nós mulheres, que acabamos submetidas às forças masculinas. Atualmente, o princípio feminino ingenuamente está afirmando seu poder. Tal atitude independe de um culto religioso ou mesmo de um conhecimento consciente, mas processa-se através de uma atitude psicológica, emergindo do inconsciente coletivo para, graças à Grande Deusa, mudar o destino de todos nós.
Não devemos nos esquecer que fomos trazidos para esta vida pelas mãos da Deusa-Mãe, que já nos proveu de tudo que precisamos. Você, como eu, nasceu dotada de uma grande força interior e um grande espírito. Permaneça em contato com a Deusa e assim, tudo que é certo sempre será dirigido para você. Seja sempre fiel a esta sua força interior e nunca se sentirá sozinha ou sem rumo.

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