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Abençoados sejam todos!

18 de abr. de 2012

O Mito da Descida da Deusa…

Autoria: Lunna Guedes

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Seguindo o curso natural de todas as coisas, o Deus começa a fraquejar e segue sua caminhada rumo a Terra do Verão, onde irá definhar até morrer. A Deusa despede-se dele imersa em sua tristeza e solidão…

Contudo, a saudade de seu amado faz com que ela deseja compreender os mistérios acerca da morte e segue ela rumo ao Mundo Subterrâneo, pelo Sagrado Rio da Descida até se deparar com o primeiro dos sete portais do submundo, onde foi desafiada por seu guardião que exigiu uma de suas vestes para que passasse, “pois nada pode ser dado sem que algo seja oferecido em troca”. E em cada um desses portais, a Deusa teve que pagar o preço da passagem, pois os guardiões assim lhe diziam:

“Despe-te de tuas vestes e livra-te de tuas joias, pois não há nada que possas trazer ao nosso domínio.”

No primeiro portal ela deixou o cedro, no segundo sua coroa, no terceiro o colar, no quarto seu anel, no quinto sua guirlanda, no sexto as sandálias de seus pés e no sétimo foi despida de seu vestido. Só então ela foi conduzida, como um ser vivo que busca ingresso no Reino dos Mortos e dos Poderosos.

A Deusa permaneceu nua e assim foi apresentada a ao Senhor do Submundo, que ficou encantado com sua beleza. Tal encantamento o fez ajoelhar-se aos seus pés… Depondo sua espada e sua coroa aos pés dela:

“Abençoados são os teus pés, pois te trouxeram por esta senda”!

Ele então se ergueu e disse a Ela:

“Fica comigo, eu imploro, e deixa teu coração ser por mim tocado.”

E ela respondeu:

“Eu não te amo. Mas diga-me, por que fazes todas as coisas que eu amo e nas quais me comprazo fenecerem e morrerem?”

“Senhora, trata-se da idade e da fatalidade, contra as quais sou impotente. A idade, o envelhecimento, leva todas as coisas a definharem, mas, quando os homens morrem ao desfecho de seu tempo, concedo-lhes repouso a alma, paz e força para que possam retornar. Mas tu, tu és linda. Não retornes, permanece comigo.”

E novamente ela disse a ele: “Não posso, porque eu não te amo”.

Então, mesmo desejando não fazer, ele apresentou a ela o açoite da Morte:

“Se não recebe minhas mãos sobre seu coração, tens que te curvar ao açoite da Morte.”

E assim ela o fez, ajoelhando-se perante ele que a açoitou brandamente, ao finalizar, ele levantou-se e deu a ela o beijo quíntuplo:

“És abençoada, minha Rainha e minha Dama. Somente assim podes ambicionar sabedoria e prazer. Então diga-me, o que desejas Tu de mim?”

E ela explicou a ele que desejava encontrar-se novamente com seu Amor e ele não pode negar, mas avisou a ela que somente um deles poderia retornar ao mundo dos vivos. Ela curvou-se, agradecendo e compreendendo aquela ciência. E lá, diante de seu amado, novamente curvou-se, entregando a ele o cálice sagrado que é o caldeirão do renascimento e ele a tomou em seus braços e amaram-se durante as comemorações de Samhain, assim sendo, tornaram-se um só e ela deu a ele o colar que é o círculo do renascimento…

Dessa forma compreendeu-se os três mistérios na vida do homem: o nascimento e continuidade, a morte e o amor que a tudo controla. Para alcançar o amor, deve-se retornar a si mesmo, em suas origens, onde tudo representa ao mesmo tempo o começo e o fim…

A Deusa voltou do mundo Subterrâneo grávida daquele que é seu amor, sua vida, sua continuidade. A quem ela dá a vida e por quem ela morre para poder renascer através de sua maior dádiva: o amor.

Ao passar pelo Senhor do Mundo Subterrâneo, ele só viu a Deusa sair, pois jamais imaginaria que o Deus feito homem seguia em seu ventre, feito menino, seu próprio filho…

fonte do texto: http://acasadomago.wordpress.com/page/2/?s=samhain

fonte da foto: oqueewicca.blogspot.com

Um comentário:

  1. Um conto extremante belo e tocante, as história nos levam a paisagens diversas, a mundos intocados, nos fazem sentir que a magia nunca deixará de existir, e mesmo aqueles que supostamente não a sentem passam a senti-la pulsando através das palavras.
    E nada mais mágico que a história da essência do mundo, da essência da natureza.

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