Pesquisar neste blog

A principal fonte dos textos postados aqui é da Internet, meio de informação pública e muita coisa é publicada sem informações de Copyright, fonte, autor etc. Caso algum texto postado ou imagem não tenha sua devida informação ou indicação, será escrito (autoria desconhecida). Caso souberem, por favor, deixe um comentário indicando o ou no texto, ou caso reconheçam algum conteúdo protegido pelas leis de direitos autorais, por favor, avisar para que se possa retirá-lo do blog ou dar-lhe os devidos créditos. Se forem utilizar qualquer texto postado aqui, por favor, deem os devidos créditos aos seus autores. Obrigada!

Abençoados sejam todos!

11 de mai. de 2012

Caminho Entre as Deusas: Ísis

por Rosario Camara

Ísis ou Aset, a Deusa dos Dez Mil Nomes é uma Deusa Egípcia que possui várias faces e histórias. Hoje iremos focar no seu aspecto de esposa, amante e aquela que dá ao seu escolhido o trono, ou seja, o poder de reinar entre as Duas Terras (Alto e Baixo Egito).

Não se sabe ao certo qual o surgimento desta Deusa, na mitologia, acreditas que ela era filha de Geb e Nut, assim como irmã de Osíris, Seth e Néftis. Alguns historiados no entanto, acreditam que ela e Osíris foram inicialmente humanos que tiveram tão aceitação em seu reinado que foram divinizados pelas gerações seguintes.

O ponto que gostaria de focar, no entanto, é o amor incondicional que está Deusa rege: Ísis e Osíris são autores dos mistérios da vida e da morte, que precederam os Mistérios dos Elêusis.

Ísis aprende e se modifica através da dor da perda do seu amado, Ele caminha pelas sombras da morte de  onde nada podemos saber, à não ser quando com ele atravessarmos este caminho também.

Conta a lenda (uma das mais belas histórias de amor que já li) que Ísis ensinou as mulheres do Egito os segredos das ervas, deu-lhes os dons da cura e ensinou sobre a Arte de se viver em família e em sociedade, enquanto seu amado Osíris percorria as terras do Alto e Baixo Egito ensinando aos homens sobre a agricultura o uso de ferramentas e etc. Eles fizeram o reino prosperar e eram amados pelos seus súditos.

No entanto, existia uma sombra no reino formada pelo inveja e ciúmes do seu irmão Seth, que encarna forças que são precariamente controladas. Seth era casado com Néftis, irmã gêmea de Ísis, no entanto, ele queria mesmo era estar com Ísis, visto que ela com seu poder e conhecimento era quem concedia o trono, ou seja, o poder que em última instância era o que Seth desejava. Ele, então, com seus comparsas construiu um ataúde enquanto Osíris viajava pelo seu reino. Este ataúde tinha exatamente o tamanho e larguras próprias para única e exclusivamente o corpo de Osíris e, sua tampa era cravejada de espinhos.

Seth organizou uma festa para comemorar a volta de seu irmão e jogos! Dentre eles, existia um que era uma armadilha: Ele desafiou a todos que estavam na festa a entrar no ataúde e aquele que coubesse exatamente dentro da peça ganharia um prêmio. Claro, que o prêmio previsto sempre havia sido a morte. Depois, que vários tentaram sem sucesso entrar no ataúde, Osíris resolveu que era a sua vez e logo ao entrar dentro do ataúde, Seth e seus comparsas colocaram a tampa e fecharam o ataúde (tornando este o protótipo dos sarcófagos e dos nossos atuais caixões, muito provavelmente). Logo após,  jogaram no Nilo o ataúde com o corpo de Osíris e deixaram que o rio levasse-o para seja lá qual fosse o seu destino.

Ísis e Néftis (que nutria uma secreta paixão por Osíris, chegando até a usar o perfume de Ísis para sentir-se apenas uma vez amada tal qual sua irmã era e tendo assim concebido um filho de Osíris, que com medo da vingança de seu marido, deixou-o as margens do rio Nilo para que morresse, sendo este achado por Ísis que apiedou-se da pobre criança e adotou-a como se fosse sua, criando assim um laço indivisível entre ela e o pequeno ser, chamado Anúbis) não estavam na festa, estavam em outra cidade, distante  dos acontecimentos, mas em seus corações notaram quando algo aconteceu a seu amado. Isis sentiu uma dor indescritível e ao procurar as notícias do que havia acontecido com seu amado, descobriu que ele havia sido cruelmente assassinado. Em sinal de luto e em total desespero e dor, cortou seus cabelos, rasgou suas roupas e de tanto chorar e gritar, seus leais súditos acharam que a Grande Deusa, havia enlouquecido. Ísis ficou irreconhecível, com as roupas rasgadas, suja, os cabelos desgrenhados e cortados, sem conseguir concatenar as ideias, para ela não existia mais vida, apenas a dor e uma morte em vida, sem brilho, sem paz e sem o seu amado.

Ísis partiu em busca de seu amado, passou por cada cidade e a todos perguntava se alguém havia visto o ataúde a descer o Nilo. Aqui e ali alguns moradores da beira do rio diziam que haviam visto, mas Ísis sempre estava atrasada, ao chegar ao local seu amado lá mais não estava.

A busca de Ísis pelo corpo do seu amado é uma jornada que transformou a Deusa, assim como transforma todas aquelas pessoas que ao perderem um ente querido precisam navegar por águas turvas e turbulentas até encontrar uma forma de preencher o vazio deixado por aquele ser que partiu.

A Noite das Lamentações, o derramamento das lágrimas de Ísis que é o que dá início às cheias do Nilo foi uma pequena parte da história que vimos na semana anterior.

Osíris foi assassinado no vigésimo oitavo ano do seu reinado, e alguns afirmam que esta era a sua idade.

Ísis perguntou para as crianças e as pessoas que moravam nas margens do Nilo se haviam visto o ataúde com o corpo de Osíris. Algumas crianças contaram para ela o nome da foz do rio, e ela seguiu por este caminho até que ouviu dizer que o ataúde havia sido levado pelo mar até a terra de Biblos. O ataúde havia sido docilmente deixado pelas águas do mar no meio de uma moita de urze, que cresceu em pouco tempo e cobriu toda a arca. O rei daquela terra vendo aquela planta tão frondosa quis tê-la em seu palácio, e cortou exatamente o pedaço em que o ataúde estava escondido, transformando este pedaço em um pilar que sustentava o telhado de seu palácio. 

Ísis soube disso tudo através da inspiração divina de Rumor, e seguiu seu caminho até a cidade de Biblos. Contam que em suas andanças, Ísis foi protegida pela Deusa Selkis, a Deusa dos escorpiões que apiedou-se da Deusa Ísis e ofereceu nove escorpiões para protege-la. Certa noite Ísis pediu abrigo, sendo maltratada pela mulher da casa que não reconheceu em seu semblante transtornado a Deusa que ela era. Os escorpiões então picaram um dos filhos da mulher que ficou desesperada, e Ísis compadecendo-se do tormento pelo qual a outra passava e conhecendo a dor da perda, decidiu parar o veneno do escorpião e devolver a vida a esta criança. A mãe ficou maravilhada e pediu desculpas ao reconhecer a Deusa.

Ísis prosseguiu sua jornada até chegar em Biblos, sentou-se junto a uma nascente e se pôs a chorar novamente. Sentia-se traída e não confiava mais em ninguém. Não conversou com ninguém, exceto as servas da rainha que falavam sobre a maravilhosa madeira que agora estava no palácio. Ísis trançou os cabelos destas servas, deu-lhe fragrâncias tiradas do seu próprio corpo, mas ninguém a reconheceu. A rainha em dado momento foi estar com suas servas, e ao ver Ísis foi tomada por tal anseio que não conseguiu desprender os olhos da mulher. O nome da rainha, dizem alguns, era Astarte.

Astarte chamou pela desconhecida e ofereceu aos seus cuidados o seu filho mais novo, Ísis prontamente aceitou, pois só assim estaria perto do seu amado. Por isso dizem que Ísis amamentou a criança oferecendo o seu dedo em vez de seu seio, e que toda noite queimava as porções mortais do corpo do bebê, para assim dar-lhe a dádiva da imortalidade. Enquanto a criança queimava no fogo restaurador, Ísis transformava-se em andorinha e lamentava em prantos dando voltas em torno do pilar. Um belo dia no entanto, Astarte entrou no quarto e viu o seu bebê coberto em chamas e se colocou a gritar desesperada, retirando a criança do meio das chamas e privando-a assim da imortalidade. Ísis então se revelou e pediu o pilar que servia de suporte ao telhado. Astarte ao reconhecer a Deusa, compadeceu-se de seu sofrimento e deu-lhe de bom grado o pilar. Ísis com facilidade cortou o pedaço da madeira que cercava o ataúde e logo após envolveu a madeira em um tecido de linho e derramou perfume sobre ela, deixando o resto da madeira aos cuidados dos reis. Ao ver o ataúde, Ísis jogou-se em cima dele em prantos e deu um grito tão horrível que o filho mais novo do rei morreu na mesma hora. O filho mais velho então pediu para partir com ela, e assim partiu com a Deusa, que colocou o ataúde num barco e deixou aquele país.

Ao conseguir privacidade, Ísis abriu o ataúde e encostou o seu rosto quente no rosto frio de Osíris, acariciou aquele rosto que tantas vezes disse que amava e chorou docemente. A criança aproximou-se para ver o que havia dentro da arca e olhava para a Deusa sendo inocente expectadora daquela dor. A Deusa ao perceber a intromissão em seu momento íntimo olhou para a criança com tal fúria, que esta não resistindo olhar o rosto transfigurado da Deusa morreu no mesmo instante, caindo no mar. A Deusa logo se arrependeu do destino trágico do garoto e ordenou que ele seria honrado.

Ísis tornou a olhar para Osíris, e entre lágrimas nos olhos pediu ao seu amado que voltasse para ela. Beijou-lhe os lábios e assim soprou um pouco de vida para dentro do corpo inerte de Osíris. Ao notar que seu amado respondia pouco a pouco, resolveu esconder seu corpo e ir buscar a ajuda de Néftis e Anúbis para terminar de realizar os ritos que trariam Osíris de volta a vida.

Nesta parte a história ganha duas versões. Alguns dizem que Ísis concebeu Hórus neste pedaço da história. Outros dizem, que foi mais a frente. E segundo Plutarco, Ísis levou o ataúde até onde estava seu filho Hórus que era criado por Buto, e colocou a arca em um local escondido. Ísis deixou a arca escondida e tornou a sair para pedir ajuda a Néftis e Anúbis.

No entanto, Seth caçava por ali e acabou por achar o esconderijo do ataúde. Ao ver  Osíris com um sopro de vida ficou com tanta raiva que desmembrou o corpo do seu irmão em 14 pedaços, espalhando-os pelo rio Nilo.

 

Bibliografia Consultada:

- ELLIS, N.; Deusas e Deuses Egípcios: Festivais de Luzes: Celebrações para as estaões da vida baseadas nos mistérios das deusas egípcias. São Paulo: Mandras, 2003;

- DONATELLI, M. (coord.); O livro das Deusas – Grupo Rodas da Lua. São Paulo: Publifolha, 2005;
- IONS, V.; História ilustrada da Mitologia. 1° Ed., São Paulo: Editora Manole Ltda, 1999; - MARASHINSKY,A. S.; O oráculo da Deusa: um novo método de adivinhação. São Paulo: Pensamento, 2007;
- MONAGHAN, P.; O caminho da Deusa: mitos, invocações e rituais. São Paulo: Pensamento, 2009.

- PIETRO, C.; A arte da invocação: invocações, textos ritualistícos e orações sagradas para praticantes de Wicca, Bruxaria e Paganismo. São Paulo: Gaia, 2008;
- PIETRO, C.; Todas as Deusas do mundo: rituais wiccanos para celebrar a Deusa em suas diferentes faces. 2° Ed. São Paulo: Gaia, 2003 (Coleção Gaia Alémdalenda);

- REGULA, D.; Os mistérios de Ísis: seu culto e magia. São Paulo: Mandras, 2004;

fonte do texto e fotos: http://www.jornalobruxo.org/2012/05/caminhando-entre-as-deusas-isis-parte-2.html

3 comentários:

  1. cade as fotos da deusa isis eu tenho um trabalho sobre ela e aqui nao tem esse blog é chato fauta coisas sobre ela nossa vou colocar no meu blog que esse blog é chato e fauta coiasssssssssssssss!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    2. Olá, bom dia.
      Não costumo postar fotos aqui. Coloco as que gosto no blog Espelho dos Deuses (espelhodosdeuses.blogspot.com.br). Lá tem oito postagem contendo algumas fotos. Você também encontra várias na internet é só procurar nos buscadores.
      Aqui no Cantinho dos Deuses, tem 12 postagens sobre a Deusa Ísis. Se alguma não te ajudou, é uma pena. Tento colocar o que acho interessante e aprender junto com vocês.
      É uma pena que não gostou. Mas o que seria do amarelo se todos gostassem do azul, não é mesmo. rs
      Obrigada por nos visitar. Abraços, Sofya.

      Excluir