Texto: Lara Moncay
No século VI de nossa era, o Budismo do Mahayama foi levado aos japoneses pelos coreanos que o haviam recebido dos chineses, através da Rota da Seda.
Em muitos pontos o Budismo chocou-se com a consciência japonesa, inteiramente penetrada pelo xintoísmo. O Xinto admite uma infinidade de deuses, os Kamis, e o budismo não admite nenhum, a não ser a própria divindade individual em construção, assim como o xintoísmo afirma a sobrevivência permanente do espírito dos mortos, sem punição nem recompensa, opondo-se a transmigração das almas na eterna Roda de Sansara.
Sendo assim, o budismo precisou modificar-se e adaptar-se à consciência japonesa. No século IX, um conciliador inteligente, chamado Kukai aproxima o budismo do Xintoísmo considerando os grandes deuses xintós como encarnações de Buda, utilizando-se da ideia búdica dos Bodhisatvas ou Bacatsu (em japonês), permitindo então a conciliação. Posteriormente o Budismo japonês concorda que os espíritos dos mortos habitam próximo dos vivos durante uma centena de anos e somente depois reencarnam para recomeçar uma nova existência.
A divindade mais popular é a Kuannon ou Kuan Yin dos chineses, deusa da compaixão: ela é tudo o que consola, o que socorre o que ama.
Os templos budistas são edifícios de madeira pintada, laqueada ou esculpida, enfeitados de obras de arte. Constitui-se o culto dos sermões destinados a moralizar o povo e de serviços que tem a aparência de missa católica.
O budismo japonês passou por três diferentes períodos, intitulados de: período Nara (até o ano de 784 d.C.), o período Heian (794–1185) e o período pós-Heian (de 1.185 em diante). Cada período foi palco para a introdução de novas doutrinas. Atualmente as escolas existentes são: Terra Pura, Nichiren, Shingon e Zen.
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