compilado por Beraldo Figueiredo
Filho segundo de Urano e da antiga Vesta, ou do Céu e da Terra, Saturno, depois de haver destronado o pai, obteve de seu irmão primogênito Titã, o favor de reinar em seu lugar. Mas Titã impôs uma condição, - a de Saturno fazer morrer toda a sua posterioridade masculina, a fim de que a sucessão ao trono fosse reservada aos seus filhos.
Saturno desposou Réia, de quem teve muitos filhos, que devorou avidamente, conforme combinara com seu irmão. Além disso, sabendo que, um dia, ele próprio seria derrubado do trono por um dos seus filhos, exigia que sua esposa lhe entregasse os recém-nascidos.
Entretanto Réia conseguiu salvar a Júpiter, que quando grande, declarou guerra a seu pai, venceu-o, e depois de o haver tratado como o fora Urano por seus filhos, pô-lo fora do céu. Assim a dinastia de Saturno continuou em prejuízo da de Titã.
Saturno teve três filhos de Réia, que conseguiu salvá-los: Júpiter (Zeus), Netuno e Plutão, e uma filha, Juno, irmã gêmea e esposa de Júpiter. Alguns autores, ao número das filhas de Saturno e Réia, acrescentam Vesta, deusa do fogo, e Ceres, deusa das searas. De resto, Saturno teve, com muitas outras mulheres, um grande número de filhos, como, por exemplo, o centauro Chiron, filho da ninfa Filira, etc.
Conta-se que Saturno, destronado por seu filho Júpiter, reduzido à condição de simples mortal, foi refugiar-se na Itália, no Lácio, onde reuniu os homens ferozes, esparsos nas montanhas, e lhes deu leis. O seu reinado foi a idade do ouro, sendo os seus pacíficos súditos governados com doçura. Foi restabelecida a igualdade das condições; nenhum homem servia a outro como criado; ninguém possuía coisa alguma exclusivamente para si; tudo era bem comum, como se todo mundo tivesse tido a mesma herança. Para lembrar esses tempos felizes, celebravam-se em Roma as Saturnais.
Essas festas, cuja instituição remontava no passado muito além da fundação da cidade, consistiam sobretudo em representar a igualdade que primitivamente reinava entre os homens. Começavam as Saturnais no dia 16 de dezembro de cada ano; ao princípio só duravam um dia, mas ordenou o Imperador Augusto que durariam três; Calígula aumentou-lhes vinte e quatro horas. Durante estas festas se suspendia o poder dos senhores sobre os escravos, e estes tinham inteiramente livres a palavra e as ações. Então, tudo era prazer, tudo era alegria; nos tribunais e nas escolas havia férias; era proibido empreender uma guerra, executar um criminoso ou exercer outra arte além da culinária; trocavam-se presentes e davam-se suntuosos banquetes. De mais a mais todos os habitantes da cidade paravam as suas tarefas; toda a população se dirigia ao monte Aventino, para respirar o ar do campo. Os escravos podiam criticar os defeitos dos seus senhores, fazer-lhes partidas, e nesses dias eram os senhores que serviam os escravos, à mesa.
Em grego, Saturno é designado pelo nome de Cronos, que quer dizer o Tempo. A alegoria é transparente nesta fábula de Saturno; este deus que devora os filhos é, diz Cícero, o Tempo, o Tempo que se não sacia dos anos e que consome todos aqueles que passam. A fim de o conter, Júpiter o acorrentou, isto é, submeteu-o ao curso dos astros que são como laços que o prendem.
Os cartagineses ofereciam a Saturno sacrifícios humanos; as vítimas eram crianças recém-nascidas. Nesses sacrifícios, as flautas, os tímpanos, os tambores faziam um ruído tão grande que se não ouviam os gritos da criança imolada.
Em Roma, o templo elevado a esse deus no pendor do Capitólio, foi o depósito do tesouro público, em lembrança de que no tempo de Saturno, na idade do ouro, não se cometiam furtos. A sua estátua estava amarrada com cadeias que só se tiravam em dezembro, durante as Saturnais.
Saturno era geralmente representado como um velho curvado ao peso dos anos, erguendo na mão uma foice para mostrar que preside ao tempo. Em muitos monumentos apresentam-no com um véu, sem dúvida porque os tempos são obscuros e cobertos de um segredo impenetrável.
Com um globo na cabeça é o planeta Saturno. Numa gravura, talvez etrusca, é representado com asas e a foice pousada sobre um globo; é assim que representamos sempre o Tempo.
O dia de Saturno é o sábado (Saturni dies), (em francês, samedi, em inglês, saturday).
Primeiro era o Caos - o mais velho dos deuses. Caligena seria a contra-parte feminina de Caos. Caligena é como o Caos, é todo o universo é tudo aquilo que possui como fonte propursora da vida como cosmo.
Mãe de todo universo criadora da cosmo energia, Calígena seria a primeira divindade feminina do universo e exerceria um papel fundamental na criação do universo, assim como o próprio Caos.
Érebo (o criador das Trevas) & Nix (a personificação da noite).
Depois surgiu a Terra (Gaia) e no Tártaro (Tártaro - a personificação do Inferno.) Éter (ar superior "), na mitologia grega, era a personificação do céu superior", o espaço e o céu. Ele é o ar puro e superior que os deuses respiram, em oposição a "aer", que os mortais respiravam. Na Teogonia de Hesíodo, era filho de Érebo e Nyx, e irmão de Hemera, ambos se de passagem em deorum Cícero De Natura. Ele é a alma do mundo e toda a vida emana dele. O éter também era conhecido como muralha defensiva de Zeus,o dependente que Tartaros prendia do cosmos. Na mitologia grega, Ponto (em grego Πόντος, transl. Póntos, "alto-mar") era o antigo deus pré-olímpico do mar, na mitologia grega, que, tal como Urano, nasceu por *partenogénese de Gaia, a Terra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário