A mitologia dos iorubás engloba toda a visão de mundo e as religiões dos iorubás, tanto na África (principalmente na Nigéria e na República do Benin) quanto no Novo Mundo, onde influenciou ou deu nascimento várias religiões, tais como a Santería em Cuba e o Candomblé no Brasil em acréscimo ao transplante das religiões trazidas da terra natal. A mitologia Iorubá é definida por Itans de Ifá.
Mito da criação
Na mitologia iorubá o deus supremo é Olorun, chamado também de Olodumare. Não aceita oferendas, pois tudo o que existe e pode ser ofertado já lhe pertence, na qualidade de criador de tudo o que existe, em todos os nove espaços do Orun.
Olorum criou o mundo, todas as águas e terras e todos os filhos das águas e do seio das terras. Criou plantas e animais de todas as cores e tamanhos. Até que ordenou que Oxalá criasse o homem.
Oxalá criou o homem a partir do ferro e depois da madeira, mas ambos eram rígidos demais. Criou o homem de pedra - era muito frio. Tentou a água, mas o ser não tomava forma definida. Tentou o fogo, mas a criatura se consumiu no próprio fogo. Fez um ser de ar que depois de pronto retornou ao que era, apenas ar. Tentou, ainda, o azeite e o vinho sem êxito.
Triste pelas suas tentativas infecundas, Oxalá sentou-se à beira do rio, de onde Nanã emergiu indagando-o sobre a sua preocupação. Oxalá fala sobre o seu insucesso. Nanã mergulha e retorna da profundeza do rio e lhe entrega lama. Mergulha novamente e lhe traz mais lama. Oxalá, então, cria o homem e percebe que ele é flexível, capaz de mover os olhos, os braços, as pernas e, então, sopra-lhe a vida.
Principais orixás
Na mitologia iorubá, Olodumare também chamado de Olorun é o Deus supremo do povo Yoruba, que criou as divindades, chamadas de orixás no Brasil e irunmole na Nigéria, para representar todos os seus domínios aqui na terra, mas não são considerados deuses, são considerados ancestrais divinizados após à morte.
Orixás (VIDE DEUSAS E DEUSES no lado direito)
- Exu, orixá guardião dos templos, casas, cidades e das pessoas, mensageiro divino dos oráculos.
- Ogum, orixá do ferro, guerra, e tecnologia.
- Oxóssi, orixá da caça e da fartura.
- Logunedé, orixá jovem da caça e da pesca
- Xangô, orixá do fogo e trovão, protetor da justiça.
- Ayrà, usa cores brancas, tem profundas ligações com Oxalá.
- Oxumarê, orixá da chuva e do arco-íris.
- Ossaim, orixá das ervas medicinais e seus segredos curativos.
- Oyá ou Iansã, orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestade, e do Rio Niger
- Oxum, orixá feminino dos rios, do ouro e amor.
- Iemanjá ou Yemanjá, orixá feminino dos lagos, mares e fertilidade, mãe de todos os Orixás de origem yorubana.
- Nanã, orixá feminino das águas das chuvas, dos pântanos e da morte, mãe de Obaluaiyê, Iroko, Oxumarê e Ewá, orixás de origem daomeana.
- Axabó, orixá feminino da família de Xangô
- Ibeji, orixás gêmeos
- Iroko, orixá da árvore sagrada (conhecida como gameleira branca no Brasil).
- Egungun, ancestral cultuado após a morte em Casas separadas dos Orixás.
- Iyami-Ajé, é a sacralização da figura materna.
- Onilé, orixá relacionado ao culto da terra.
- Odudua, orixá também tido como criador do mundo, pai de Oranian e dos yoruba.
- Oranian, orixá filho mais novo de Odudua.
- Baiani, orixá também chamado Dadá Ajaká.
- Olokun, orixá divindade do mar.
- Olossá, orixá dos lagos e lagoas
- Oxalufon, orixá velho e sábio.
- Oxaguian, orixá jovem e guerreiro.
- Orixá Oko, orixá da agricultura.
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