Belenos
Também conhecido como Bel, era um deus solar céltico familiar aos romanos. Iulius Caesar equiparou-o a Apolo, o deus da profecia. Assume várias formas em todo o mundo céltico: Beli para os galeses, Bile para os irlandeses e Belenos para os gauleses. Beltaine, uma das mais importantes festividades do calendário céltico, era celebrado em 1° de maio em sua honra e seu nome sobrevive em topônimos tais como Billingsgate (“o portão de Bile”, um antigo mercado de peixes em Londres). Embora seu culto fosse largamente difundido, pouco mais é o que se sabe a seu respeito.
Brigantia
Seu nome significa “Elevada” ou “Rainha”. Era a deusa principal da tribo dos Brigantes, que dominava o norte da Inglaterra antes da invasão romana. Estava ligada à água, à guerra, à cura e também à prosperidade. Grandemente reverenciada, sua adoração espalhava-se por todo o mundo céltico. Ficou conhecida como Brigid na Irlanda e Brigindo na França.
Camulos
Era o deus dos Remi, uma tribo céltica que vivia no que agora é a Bélgica, embora haja evidência de que também era adorado como divindade da guerra no norte da Grã-Bretanha e na cidade de Camulodunum (“Fortaleza de Camulos”), a moderna Colchester. O nome da cidade forneceu a base para o da mítica cidade de Camelot. Os romanos associaram Camulos ao seu deus Marte. Diz-se que brandia uma espada invencível.
Cernunnos
Era um deus céltico adorado na França, bem como na Grã-Bretanha. Comumente representado sentado com as pernas cruzadas e usando uma túnica sem mangas e um colar de contas. Possui um impressionante par de chifres e o nome Cernunnos significa “o Galhudo”, o que sugere ter sido um deus dos animais selvagens e da floresta, embora também tenha sido visto como um deus da abundância. Os romanos o identificaram ao seu deus Mercúrio, o mensageiro dos deuses e guia das almas para o além. Na Irlanda medieval, os chifres de Cernunnos foram transferidos ao Diabo.
Epona
A deus equina céltica, ganhou a preferência do exército romano e foi representada em monumentos erguidos em sus tendas de cavalaria como uma mulher cavalgando um rápido corcel, seu manto ondulando no ar atrás dela. Até mesmo recebeu se próprio festival em Roma, em 18 de dezembro. Originalmente, é quase certo que Epona foi vista pelos celtas como uma égua, talvez semelhante ao grande cavalo branco entalhado em calcário nas encostas próximas a Wantage, no sul da Inglaterra. O fato de ser frequentemente representada montando um cavalo com um potro sugere que fosse também uma deusa da fertilidade. No mito galês de Pwyll, há uma ligação entre Epona e sua esposa Rhiannon, que é obrigada a carregar os visitantes para dentro do palácio de seu marido.
Maponos
Seu nome significa “Divino Jovem”, “Grande Filho”. Deus céltico da Grã-Bretanha durante a ocupação romana, aparentemente associado aos poderes da música e da poesia. Embora seu culto pareça centralizado no norte da Grã-Bretanha (a inscrição “Deo Mapono” aparece em um santuário em Chesterholm, Northumberland), seu nome também é invocado em lugares tão distantes quanto a França, incluindo-se, talvez, as inscrições de Chamalières. Como padroeiro da música e da poesia, Maponos é usualmente ligado a Apolo Citharoedus (“tocador de lira/harpa”). Muitos comentaristas sentem que Maponos contribui para a concepção do divino jovem Mabon e Patrick K. Ford assevera que Maponos é virtualmente idêntico a Pryderi. Além disso, Eric Hamp sustenta que o verdadeiro sentido da palavra “Mabinogi” seria “o material (coletivo) pertencente ao deus Maponos”. Essa deidade também é relacionada ao irlandês Angus Óg, especialmente quando é aludido pelos patronímicos Mac Óc, Mac Óg, Mac-ind-Óc, Macc Óc, etc. Adicionalmente, Maponos pode ter contribuído para a formação das figuras arturianas de Mabuz e Mabongrain.
Nodens
Era o deus britânico da cura, cujos cães mágicos também se acreditava fossem capazes de curar os doentes. Nodens foi também adorado durante a ocupação romana: as ruínas de um grande templo foram encontradas nas margens do rio Severn. Na Irlanda, tornou-se Nuada da Mão de Prata e, em Gales, Nudd da Mão de Prata, também conhecido como Llud pelos britanos.
Taranis
Seu nome significa “Trovejante”. Era um dos poucos deuses célticos que os romanos se identificaram e geralmente o equipararam a Júpiter. Monumentos a Taranis foram encontrados em todo o mundo céltico, das costas do Adriático às regiões setentrionais da Grã-Bretanha. É comum que seja representado com seu símbolo, a roda. A palavra “taran” ainda é usada em galês e bretão moderno para designar o trovão.
Teutates
Também chamado Toutatis, era um dos deuses célticos mencionados pelo historiador romano Lucanus e muitas vezes equiparado ao deus Marte. Seu nome significa “povo” ou “tribo” e bem pode ser que as muitas inscrições que o mencionam sejam na realidade dedicadas a deidades locais de uma região em lugar de a uma única figura pancéltica.
Fontes:
1 Para Maponos, MacKillop, James. "Maponos". A Dictionary of Celtic Mythology. 2004.
2 Para todos os demais, Cotterell, Arthur. The Enciclopedia of Mytholoy. 1999. E não concordo com tudo que ele escreveu.
Tradução: Bellovesos /|\
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