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27 de mar. de 2011

Religião Proto-Indiana

Texto: Lara Moncay

É nas civilizações do Vale do Indo, Harappa e Mohejo-Daro que vamos encontrar as bases arcaicas da religião indiana.

Harappa e Mohenjo-Daro tiveram suas primeiras descobertas em 1875, mas somente a partir de 1992 é que se iniciaram as escavações sistemáticas.

Essas civilizações se estenderam ao vale do Ganges, possuíam comércio ativo com a Ásia Central, Mesopotâmia e Egito.

O auge dessas civilizações data de 3.000 a.C., sendo sua origem desconhecida.Eram cidades urbanas, com sistemas de esgoto (todas as casas possuíam banheiros) e uma complexa casa de banhos. As casas possuíam a mesma estrutura, não havia diferenças sociais, todos tinham direitos iguais e usufruíam as mesmas coisas. Não foram encontrados grandes templos, mas sua religiosidade estava impressa em tudo que faziam.

Não se sabe ao certo o que causou o declínio dessas civilizações, com mais de um milhão de quilômetros quadrados com centenas de milhares de habitantes. Não há indícios arqueológicos que culpem a invasão ariana, pois quando lá chegaram essas civilizações já estavam em declínio, mas sem duvida as invasões arianas de forma indireta, contribuíram para a aceleração do declínio dessas civilizações desorganizando-as ao empurrar uma grande parte dos habitantes para o sul, antes de submeter ao seu domínio os sobreviventes que ficaram no local.

Nada se sabe sobre seus cultos e rituais, sua linguagem foi simbólica e continua indecifrável. A inexistência de templos não implica na ausência de religião. As estatuetas, os talismãs e os sinetes encontrados em suas ruínas mostram o espírito religioso dessas civilizações. Uma das divindades mais representadas aparece com um complicado ornato na cabeça, com dois chifres, braceletes nos braços, cercada de animais e agachada sobre uma espécie de trono baixo.

A representação de uma deusa cornuda, cercada de animais, em pé numa árvore, parece sugerir uma relação com a devoção, ainda hoje existente na Índia, à deusa Lakshimi e à árvore sagrada, pipal, que lhe serve de habitação.


Muitos historiadores questionam se os banhos em águas sagradas da Índia contemporânea possuem alguma relação com os grandes estabelecimentos de banho encontrado nas ruínas de Mohenjo-Daro.

O culto dos animais predominava nessas regiões, o touro, o rinoceronte, o tigre, o elefante e a serpente eram objetos de adoração.

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