Idunna é a deusa nórdica da juventude.
Era esposa de Bragi, deus da poesia e padroeiro dos skalds (poetas), músicos e artistas, e vivia no palácio Brukkaner, local onde guardava o seu cesto de freixo com suas maçãs douradas.
Era essas maçãs o alimento doador de imortalidade aos deuses, já que estas garantiam a juventude eterna.
Geralmente associada à primavera e à fertilidade, Idunna é comumente representada pela vegetação e flores primaveris.
Existe certa divergência quanto à origem do seu nome, porém todos os indícios apontam para um mesmo ponto em comum: a juventude. Há teorias que indicam que a palavra Idunna tenha dado origem à palavra inglesa antiga idonae (versão feminina do latim idoneus) e consequentemente à palavra idônea usada em nossa língua.
Filha da deusa Frigga, era representada como uma bela donzela gentil, de longos cabelos dourados.
Porém como toda donzela, Idunna era muito ingênua.
Certa vez o deus trapaceiro, Loki, a atraiu para um bosque fora de Asgard, dizendo que havia encontrado outro pomar de maçãs douradas iguais às que a deusa possuía e prometeu mostrar-lhes o tal bosque, desde que a deusa leve consigo o seu cesto de maçãs para então comparar suas virtudes.
Disfarçado com penas de águia, o gigante Thjazi (em islandês, Þjazi) surgiu e raptou então a deusa e o seu cesto mágico, levando-a para sua morada em Thrymheimr (Þrymheimr) o lar do trovão.
Após o desaparecimento de Idunna, os Æsir (raça de deuses nórdicos) rapidamente envelheceram e durante um conselho, eles decidiram que todos os deuses deveriam perguntar sobre a última vez em que a deusa foi vista: foi quando descobriram que nessa última vez a deusa estava com Loki.
Após ser ameaçado de morte e torturado, Loki finalmente decidiu ir atrás da deusa, pedindo emprestado o manto de penas de falcão da deusa Freyja e voando para o norte, em direção a Jöntunheim (lar dos gigantes), onde Thjazi morava.
Descoberta a moradia do gigante, Loki encontrou Idunna sozinha, já que Thjazi tinha partido para o mar.
Eis que Loki transforma a deusa em uma noz colocando-o em sua boca e voa o mais alto possível. Quando o gigante voltou para casa e notou a falta de Idunna, este então vestiu sua veste de penas de águia e voou à procura de Loki, porém este fora mais rápido e conseguiu chegar a Asgard primeiro, pois os deuses de Asgard viram a águia perseguindo o falcão, e logo atearam fogo na mesma.
Os deuses então comeram dos frutos de Idunna e tiveram suas forças restabelecidas.
Segundo a tradição oral, era um costume nórdico enterrar os seus mortos cercados de maçãs ou ovos tingidos de vermelho para que eles pudessem renascer.
Após o Ragnarök (o fim dos tempos), Idunna é sugada pelas raízes da Árvore dos Mundos ressurgindo apenas na Idade de Ouro para alimentar então as novas divindades e doar a elas a força e juventude eterna.
Invoque Idunna sempre que sentir que precisa de ventos frescos na sua vida, em rituais que envolvam novos começos e projetos, renovações, ativação da energia vital, rejuvenescimento e renascimento.
Suas ervas sagradas são a maçã, a madressilva, o freixo e a roseira, sendo o dourado, o verde e o vermelho suas cores sagradas e seus símbolos a harpa, o cesto de maçãs, a primavera, o baú, os ovos, a lua crescente, as maçãs e a pele de lobo.
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