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2 de abr. de 2011

Mito Celta

A História da Princesa Ethlinn, seu pai, o Rei Balor e Kian e a chegada de seu filho, Lugh
Diz a história que Balor, o rei Fomoriano, ouviu em uma profecia druídica que seria assassinado por seu neto. Sua única filha era uma menina chamada Ethlinn. Para impedir sua destruição, o rei, assim como Acrisios, pai de Danae no mito grego, aprisionou-a em uma alta torre que ele mandou construir em um cabo escarpado, o Tor Môr, em Tory Island. Ele colocou a garota sob os cuidados de doze aias, incumbidas de evitar com rigor que ela visse um homem, ou sequer soubesse da existência de seres de outro sexo que não o dela própria. Foi nessa reclusão que Ethlinn cresceu, como todas as princesas isoladas, tornando-se uma donzela de insuperável beleza.
Mas ocorre que havia no continente três irmãos, a saber, Kian, Sawan e Goban, o Ferreiro, o grande armeiro e artífice da mitologia irlandesa, que corresponde a Wayland Smith nas lendas germânicas. Kian possuía uma vaca mágica, cujo leite era tão abundante que todos queriam possuí-la, e ele tinha que mantê-la sob rigorosa proteção.
Balor estava determinado a possuir essa vaca. Um dia, Kian e Sawan haviam ido à ferraria para encomendar algumas armas, levando com eles aço de ótima qualidade para esse fim. Kian entrou na ferraria, deixando Sawan encarregado da vaca. Balor apareceu, tomando a aparência de um garotinho ruivo, e disse a Sawan que ouvira os irmãos na ferraria tramando um plano para usar todo o bom aço em suas próprias espadas, deixando apenas metal comum para a espada de Sawan. Este, muito furioso, deu o cabresto da vaca ao menino e correu para dentro da ferraria para pôr fim a essa abominável conspiração. Balor levou a vaca embora imediatamente, e arrastou-a pelo mar para Tory Island.
Kian estava decidido a se vingar de Balor, e para isso buscou o aconselhamento de uma druidesa chamada Birog. Vestido como uma mulher, ele foi levado por um encantamento mágico através do mar, onde Birog, que o acompanhava, fez com que eles aparecessem para as guardiãs de Ethlinn como se fossem duas nobres senhoras que haviam sido lançadas na costa enquanto fugiam de um sequestrador, e imploraram por abrigo. Foram aceitas; Kian encontrou uma forma de ter acesso ao local onde estava a Princesa Ethlinn, enquanto as aias foram enfeitiçadas por Birog, que lançou sobre elas um encantamento do sono, e quando acordaram, Kian e a druidesa haviam desaparecido da mesma forma que vieram. Mas Ethlinn havia dado seu amor a Kian, e logo suas guardiãs perceberam que ela estava grávida.
Temendo a ira de Balor, as aias convenceram-na de que todo o acontecido fora apenas um sonho, e não disseram nada sobre o assunto, mas no tempo esperado Ethlinn deu à luz três filhos.
A notícia chegou a Balor e ele, furioso e aterrorizado, mandou que as três crianças fossem afogadas em um redemoinho para além da costa irlandesa. O mensageiro encarregado de cumprir a ordem enrolou as crianças em um lençol, mas enquanto as carregava para o local determinado, o alfinete do lençol se soltou, e uma das crianças caiu em uma pequena baía, chamada até hoje Port na Delig, ou o Porto do Alfinete. Os outros dois foram afogados, e o servo informou que havia cumprido a missão.
Mas a criança que caíra na baía foi encontrada pela druidesa, que a levou à casa de seu pai, Kian, e Kian a enviou para ser criada por seu irmão, o ferreiro, que ensinou à criança o seu ofício e o treinou em toda forma de arte e trabalhos manuais. Essa criança era Lugh. Quando ele se tornou um jovem, os Danaans o enviaram a Duach, "O Escuro", Rei da Grande Planície (Terra das Fadas, ou a "Terra dos Vivos", que é também a Terra dos Mortos), e lá ele viveu até chegar à idade adulta.

Peter Pehrson
Do livro “Myths of the Celtic Race”

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