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16 de abr. de 2011

Mitologia Polinésia e seu Panteão

Por Daniel Silva (2007); fonte: Templo do Conhecimento

Análise Histórica:
Povoado por milhares de grupos de caçadores e coletores vindos da Ásia, até mesmo da África, a polinésia é um vasto triângulo que se estende por todo o oceano pacifico, dotados de milhares de ilhas em ilhotas. Os registros históricos dos tempos são muito escassos, só existindo depois das grandes navegações, por crônicas europeias e depois que o Havaí tornou-se um reino independente, no século XIX. Desde então o mundo ocidental assiste bestificado a rica mitologia Polinésia.
A diversidade de Deuses – aqui tratados como universais – era comparável a de qualquer mitologia Ocidental, isso em virtude do povoamento das ilhas em ondas de grupos mais ou menos similares. Assim, seus Deuses são os mesmo, diferindo por um aspecto ou por uma letra (como Ku no Havaí e Tu na polinésia como um todo, ou Kane no Havaí e Tane na Polinésia).


Cosmologia:
Como o coco era um alimento fundamental para a alimentação, era justo que o universo estivesse contido no interior de um gigantesco coco, que era lar da humanidade. Abaixo do coco havia o caule Take, que era a raiz de toda a existência e viço do universo. O Deus supremo Vari, o criador do universo, vivia nesse caule. Foi da vitalidade desse caule que Vari criou o universo.


Panteão:
Ranginui (Rangi): O “pai céu”, Deus do céu a pai de todos os Deuses da mitologia Polinésia. Rangi foi casado com Papa, deusa da terra, mantendo-a junto a si com um abraço, quem mantinham céus e terra juntos. Ele a fecundou, e quando os outros Deuses, como Tangaroa e Tane nasceram separaram céus e terra. Rangi chorou pelo afastamento, e suas lágrimas caem em forma de chuva.

Papatuanuku (Papa): A “mãe terra”, esposa de Rangi, Papa era também mãe dos deuses primitivos, como Tangaroa e Tane. Foi abraçado por Rangi no principio da criação, porém ambos se afastaram quando os outros deuses nasceram. Papa ficou vermelho sangue quando isso ocorreu.

 

Tangaroa: Primogênito de Rangi e de Papa, Tangaroa era a deiade do mar e dos peixes, exercendo também influência sobre os répteis. Sua personalidade era agressiva, e suas ondas gigantes engoliam grande porções de terra, enquanto suas tempestades matavam pessoas aos montes. Sua esposa segundo alguns era Hina, mas ela acabou por abandoná-lo.

 

 

 

Tane: Deus das florestas, irmão de Tangaroa. Foi ele o responsável pela separação de Papa e de Rangi, fazendo crescer um tronco gigantesco, por ordem de Tangaroa, a quem respeitava. Ele era menos perigoso e agressivo que seu irmão, porém em certa época acasalou com árvores, produzindo muitos e perigosos monstros, como os dragões e as cobras. Mais tarde, ouvindo as súplicas dos humanos, criou para si uma esposa de areia.

 

Hine-Nui-Te-Po: Deusa polinésia da morte, era gigante com a fisionomia da Hina, esposa de Maui. Certa vez, Maui embateu-se com ela, terminando por morrer, e estendendo esse destino a seus descendentes. Era terrível, ceifando a vida das pessoas sem se importar com os que chorariam ou sofreriam.


Hine-Tei-Wauin: A grande Deusa Hina, em seu aspecto de Deusa do parto e da maternidade era chamada de Hine-Tei-Wauin. Como o parto era difícil, ela criou um conjuro poderosos, para evitar as dores do parto. Esse conjuro é comum de ser usado até hoje pelas parturientes.


Pele: A bela e sensual Deusa do fogo, Pele veio a terra e casou-se com um chefe mortal de nome Lohiau. Era a portadora dos raios e das erupções vulcânicas, vagando tanto pelo céu quanto pelo submundo, de onde desencadeava as erupções. Passional, matou Lohiau e uma de suas irmãs quando o viu admirado-as as suas formas sensuais.

 

Lono: Deus do céu havaiano, Lono era uma divindade pacifica, relacionado á agricultura.
Sua vinda aterra era no inverno, quando fertilizava a terra e eram dirigidas a ele orações pela fertilidade dos campos. O resto do ano, permitia a Ku que reinasse em seu lugar.

 

Ku: O Deus Ku (no resto da Polinésia, Tu) era divindade responsável pela guerra. Reinava durante oito meses sobre a terra, quando Lono se ausentava do mundo. Era instigador da inveja e da cobiça entre os humanos. Em certas versos, junto com Lono e Tane povoou o mundo.

Maui: Herói trapaceiro da mitologia Polinésia. Maui era nativo das ilhas do Havaí. A mãe, que fazia tecido com a fibra das palmeiras achava-o tão fraco que preferiu afogá-lo. Maui, porém, sobreviveu às ondas, e tornou-se um homem extremamente forte, sem medo em seu coração. Em uma de suas aventuras, ergueu muitas ilha da Polinésia para acabar com as guerras por terras. Em outra é responsável por roubar o fogo da galinha guardiã, no submundo. Sua aventura mais famosa é aquela em que laça o Deus sol pelo pescoço, até que ele ande mais devagar em seu curso, e para que os dias sejam maiores.
Sua mais bela aventura é aquela em que, imbuído de sua coragem, decide enfrentar a morte em busca da imortalidade. Acaba sendo morto por ela, mas crendo olhar para o rosto de sua amada esposa Hina. Seu sangue tingiu os camarões de vermelho.


Hina: Grande Deusa da mitologia polinésia assume muitas e variadas formas, como a devi indiana. Era personificação da fertilidade, e era a elas que os polinésios rezavam por saúde e boas colheitas. Nas famosas lendas de Maui dos mil truques é esposa dele, e sacerdotisa da tribo. Em outras é esposa de Tane, ou de Tangaroa, a quem abandonou para viver com a lua.


Tabu: Um aspecto da cultura da região era o respeito por certos locais. tidos como sagrados, onde não se devia sequer pisar. Geralmente eram pedras, colinas ou tendas onde grandes acontecimentos – como o local da morte de Lohiau, a casa de Maui e Hina – aconteceram.


Espíritos: Era uma crença dos povos do pacifico –e de certos povos da Austrália – que haviam espíritos em todas as coisas, da mais insignificante erva a mais brilhante estrela. Esses espíritos era homenageados, assim como o eram os ancestrais, que se tornavam espíritos depois da morte. Eles costumavam dançar ao luar, muitas vezes atraindo os mortais para sua dança irresistível.

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