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18 de jun. de 2011

Mito de Esus e Tarvos

imageDeus Esus (Deus de origem Galesa) é um Deus envolto em muitas contradições porque muitas pesquisas feitas até os dias atuais, ligam a figura mística de Jesus a esse Deus, de onde supostamente teria se originado o nome do filho do Deus Cristão.
Como eu não sou o tipo de pessoa que fica procurando chifre em cabeça de veados, já aviso que não faz diferença de onde veio o nome do Deus cristão venerados atualmente pela humanidade. O que realmente importa é a crença de cada um de nós e o respeito que temos para com esta crença. Eu por exemplo não acredito no Deus Cristão e tão pouco na figura de Jesus Cristo já que nunca consegui conceber a sua existência – em minha mente: isso tudo faz muito barulho e não surge nenhuma luz que dê credibilidade aos fatos narrados por aí… Mas esse é o meu olhar e minha forma de pensar…
Dito isso, vamos ao que importa: Esus era considerado o “lenhador Divino” que corta a árvore do Touro Sagrado na saga Cuchulainn. Nos antigos rituais o animal era sacrificado em honra ao Deus, mas a natureza não ficava feliz com tal gesto e se revoltava, punindo o homem com o frio e a falta de alimento. Contudo, diante de tantos pedidos sinceros, ela reconsidera, devolvendo a vida a terra…
Esus era adorado em Paris e em Trèves, uma moeda com o AESUS foi encontrado na Inglaterra, e os nomes de pessoas como Esugenos, “filho de Esus”, e Esunertus, “aquele que tem a força de Esus” é bem comum na Inglaterra, França e Suíça, o que nos leva a crer que o culto a Esus pode ter sido relativamente generalizado. Mas não há provas de que ele era um Senhor celta ou um membro, com Teutates e Taranis eram de uma tríade pan-celta, ou que esta tríade, introduzida por gauleses, não foi aceita pelos druidas.
Depois dessa pequena explicação, vamos ao mito:
Quando o mundo era jovem e todas as coisas eram “virgens” um inesperado fato aconteceu próximo do poço de Coventina: um belo bezerro nasceu. À primeira vista você podia ver que aquele não era um bezerro comum. Seu corpo era de uma cor vermelho-dourada e sua forma era perfeita. Seus olhos eram claros e brilhantes.
Logo o bezerro estava em pé, correndo e brincando, quando do céu desceram três imponentes garças azuis. Elas dançaram ao redor dele, formando um círculo. Elas pareciam encantadas com a beleza e energia do pequeno animal que por sua vez ficou feliz em tê-las a sua volta.
Conforme a primavera deu lugar ao verão, o touro cresceu, ficando ainda mais bonito, forte e garboso. Todos falavam do animal e suas companheiras de asas e ele ficou conhecido por Tarvos Trigaranus (touro com três garças).
Seus dias eram cheios de diversão: o mundo era colorido, brilhante, iluminado, cheio de perfumes de flores. Nesse tempo o inverno não existia ainda…
Contudo, Esus, que aqui é narrado como sendo um caçador ficou sabendo da beleza desse touro e como há muito tempo procurava por um belo animal a fim de caçá-lo – partiu em direção ao local onde estava o touro…
Cedo, numa bonita manhã, ele adentrou o prado onde Tarvos e as três garças estavam dormindo. Esus tomou sua espada em mãos e foi em direção ao touro que foi avisado do perigo pelo grito de alarme das garças… Tarvos levantou-se rapidamente e lutou com Esus bravamente durante dias inteiros. Nenhum dos dois pareciam cansar-se e a disputa entre eles continuou por dias.
Então, na noite de lua escura, o touro começou a fraquejar em força. E lá, sob o grande Carvalho, Esus atingiu Tarvos com um golpe covarde e mortal. O sangue de Tarvos se derramou sobre as raízes da árvore e suas folhas ficaram vermelho-douradas naquele mesmo instante. As garças deram um grande grito de choro, uma delas voou adiante, recolhendo um pouco do sangue do animal em suas patas e em seguida voaram em direção ao Sul…
Uma escuridão desceu sobre o mundo, as flores murcharam e as árvores derramaram suas folhas. O grande sol retirou seu calor e o mundo ficou escuro e frio. Pela primeira vez, a neve caiu sobre a terra. Todos os homens e feras rezaram à Grande Mãe Terra para que ela trouxesse de volta o calor numa suplica dolorosa que acabou sendo ouvida por Ela e logo a luz começou a voltar.
As três garças vieram voando de volta do Sul, sendo que uma delas mantinha em suas patas o sangue de Tarvos que ela respeitosamente depositou junto ao grande Carvalho.  Repentinamente da poeira emergiu um bezerro, renascido da Grande Mãe Terra e toda a Natureza festejou… O calor do sol havia retornado, a grama estava crescendo e as flores perfumavam tudo a sua volta… Assim a primavera voltou ao mundo e a alegria de Tarvos e suas garças encantavam novamente a todos…
Contudo, novamente Esus retornou tempos depois após saber do renascimento de Tarvos e novamente ocorreu o embate entre eles durante dias, até que o touro fraquejasse e fosse novamente morto por Esus…
Um belo mito, mas este é apenas um que envolve o Deus Esus, há muitos outros. Escolhi esse por ter uma característica folclórica que nos explica de forma agradável a origem das estações do ano e não tem qualquer relação com outras formas de crença…
fonte e texto de Lu Guedes; www.meninanosotao.wordpress.com

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