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22 de mar. de 2011

Outras Deusas dos Primeiros Tempos

(autoria desconhecida)

IUSAAS

Deusa de Heliópolis, cujo nome significava "A que se torna grande", era concebida como complemento feminino do demiurgo heliopolitano Atum, criador dos deuses e dos homens, fundador da Ordem do Cosmos. Juntamente com Nebethetepet, a outra esposa de Atum, segundo especulação teológica, desempenhou papel crucial como princípio feminino na criação e estabelecimento do Mundo.

Iconograficamente é representada como um escaravelho na cabeça. Como mão que agarrou o pênis do demiurgo Atum no momento da criação pela polução é também chamada "A mão de deus", djeret netjer.

NEBETHETEPET

Sob a designação de "Senhora da Oferenda" (significado de seu nome), essa Deusa de Heliópolis recobre uma elevada noção intelectual. Com efeito, deixa de ser perspectivada como uma simples manifestação da Deusa Hator em Heliópolis para alcançar uma posição mais significativa, a saber, é a mão do deus-criador Atum que agarrou o seu pênis para, pela masturbação, trazer o Cosmo à existência. De acordo com esta intervenção erótico-sexual, o seu nome tem sido visto como significando "A Senhora da vulva".

Como Iusaas, a outra esposa do demiurgo de Heliópolis, é encarada como o complemento feminino do criativo princípio masculino representado pelo deus-sol Atum.

RET

Considerada esposa de Rá, deus-solar de Heliópolis, Ret era o seu duplo feminino. Foi também chamada Rettaui, ou seja, "Ret das Duas Terras" ou "O Sol feminino das Duas Terras", deixando antever a sua soberania sobre todo o Egito, tal como seu marido.

Como divindade, foi criada pelos sacerdotes do Império Novo e era representada dentro dos cânones de divindade solar: mulher com cornos de vaca, entre os quais ostentava o disco solar.

Foi-lhe prestado culto em Nag' el-Medamud, onde era associada a Montu, com sua esposa, tendo como filho Horpakhered.

TEFNUT

Deusa local de Per-Medjed, no Médio Egito (a Oxirincos do Período Greco-Romano, a moderna El-Bahnasa), capital do 19 sepat do Alto Egito, no período dinástico, geralmente representada como mulher com cabeça de leoa, sobre a qual possui o disco solar envolvido pela serpente "uraeus", ou simplesmente como leoa, o seu animal sagrado. Ocasionalmente, aparece também representada como o próprio "uraeus", particularmente quando era considerada a protetora de Rá e do faraó.

Era também protetora de Osíris e dos mortos justificados, com ele identificados. Por vezes, é iconograficamente descrita como uma serpente enrolada a um cetro. Os gregos identificaram-na a Ártemis.

Personificando a umidade e o orvalho, surge na Grande Enéade de Heliópolis, onde é considerada irmã-esposa do deus do ar, Chu (ou Shu). Em Leontóplis, o par era adorado como um casal de leões. Parece, porém, que foram anteriormente mulher de um determinado deus denominado Tefen, de quem só se conhece o nome. Seja como for, foi mais um conceito teológico-intelectual do que uma pessoa real.

Encarnando o elemento líquido presente na atmosfera, a névoa, a chuva, o "ar inferior", gerador de vida, é descrita nos textos como uma pálida reprodução de Chu, a quem ajudava a sustentar o céu e com o qual recebia o Sol, todas as manhãs, quando ele surgia no horizonte oriental. Daqui as características solares que lhe estão associadas. As suas lágrimas, caídas no chão, quando ajudava o marido a segurar o céu, transformaram-se em plantas que produziam incenso. Os "Textos das Pirâmides" aludem também à água pura que saía da sua vagina para os pés do faraó, eventualmente referindo-se ao orvalho matinal.

Sobre o processo concreto da criação desta "Primeira Mulher" (por oposição a Chu, o "Primeiro Homem"), há alusões a três mitos: por um lado, refere-se a sua criação a partir da polução do deus Atum; por outro lado, numa estreita ligação com seus atributos, salienta-se a sua criação pela saliva que saiu da boca do demiurgo Atum; por fim, como par feminino do primeiro casal divino, teria saído das lágrimas do deus-sol Rá. O seu nome surge nas paredes dos templos ptolomaicos figurado com um par de lábios cuspindo, o que invoca, inquestionavelmente, o processo de criação pela saliva de Atum. A este propósito, há mesmo quem aponte o seu nome como uma onomatopéia que imita, precisamente, o ato de cuspir ou de escarrar.

Segundo um relato mitológico, as suas relações com o pai Rá nem sempre foram fáceis, tendo, inclusive, abandonado Heliópolis para se refugiar na Núbia. Só com inúmeras lisonjas, Thot, o medianeiro da reconciliação, conseguiu trazê-la de volta. Em outras ocasiões, é o "Olho de Rá", assumindo como Deusa com cabeça de leoa o papel de feroz protetora do chefe da família heliopolitana.

Incorporada na cosmogonia menfita, identificava-se com a língua de Ptah e era um símbolo da própria Criação. Associada a Maat, Deusa tutelar da Ordem do Mundo, adquire um significado espiritual, metafísico, ainda mais positivo.

MEHYT

Deusa leoa de Tis, era considerada a Deusa-consorte de Anhur. Tal como o marido era frequentemente identificado com Chu, Mehyt era também considerada uma variante de Tefnut, a esposa de Chu.

Algumas representações mostram-na com corpo de mulher e cabeça de leoa, usando o disco solar protegido pela cobra-uraeus.

No âmbito do relato mitológico que apresenta Anhur como o deus que captura a Deusa-leoa que se afastara para a Núbia, Mehyt representa essa divindade capturada. O seu nome significa "Aquela que foi completada".

NEHEMETAUAY

Protetora dos espoliados (o seu nome significa precisamente "Aquela que defende o espoliado" ou "Aquela que erradica o mal), Nehemetauay era também considerada a Senhora da Embriaguez.

Usava como coroa o pilone do sistro arquitetural (sechechet). Em Hermópolis era associada a Djehuti/Thot, como esposa, sendo respeitada como mãe de Hornefer.

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