Mês de JUNHO
Mês da união entre os opostos, de equilíbrio e amor.
Este mês é dedicado à Deusa Juno, a Grande Mãe da mitologia romana (representada por Hera na mitologia grega) e a todos os deuses e deusas que regem o Amor, a Paixão e a Beleza.
As pedras-amuleto tradicionais desse mês são a alexandrita, pedra-da-Lua e pérola.
A flor tradicional é a Rosa.
Uma curiosidade sobre este mês é que a ele é consagrada a borboleta, símbolo de transformação. Acredita-se que se alguém conseguir ver ao menos uma borboleta por dia durante este mês, será contemplado com muita boa sorte.
Originalmente, o nome deste mês era Junonius, em homenagem a Juno, a deusa romana padroeira dos casamentos e das mulheres.
Juno era invocada nos casamentos para garantir a felicidade duradoura por seu aspecto de padroeira e protetora das funções e atributos femininos.
Por isso antigamente as mulheres procuravam casar neste mês, tradição mudada pela Igreja Católica para o mês de Maio, apesar da antiga crença de que casar neste mês traria azar.
Como governante e da estação mais clara e quente do ano, Juno era a contraparte luminosa de Janus, o regente do mês de janeiro.
No hemisfério norte, durante este mês, percebia-se um acréscimo de energia de energia psíquica, favorecendo a aproximação e o intercâmbio com o seres elementais e os espíritos da natureza, que poderiam se tornar acessíveis e visíveis desde que devidamente agradados e invocados.
Os antigos nomes deste mês eram Meitheamh para os irlandeses, Aerra Litha para os anglo-saxões, e Brachmonath para os nórdicos.
No calendário sagrado druidico, a letra Ogham correspondente é Tinne e a planta sagrada é o azevinho.
Os nativos norte-americanos chamavam este mês de Lua dos Amantes, Lua de Mel, Lua dos Morangos, Lua da Rosa, Lua dos Prados, Lua do Sol Forte, Lua dos Cavalos, Lua da Engorda, e Mês do Intervalo, entre outros.
Neste mês, os povos europeus celebravam o solstício de verão com vários rituais, encantamentos, práticas oraculares, festas, fogueiras, danças e feiras. Nos países eslavos, o nome dos festivais variava (Kupalo, Jarilo, Kostroma, Sabotka, Kreonice ou Vajano), mas sua tônica era a mesma.
No Egito durante a Lua Cheia, homenageava-se a deusa Hathor com o festival de Edfu.
A procissão com a estátua da deusa, retirada de seu templo de Dendera durante a lua nova, culminava com sua chegada no templo de Hórus, em Edfu, para o casamento sagrado destas divindades.
Durante as faustosas celebrações, muitos casais aproveitavam os influxos auspiciosos do evento para imitar o exemplo dos deuses e se casar.
A deusa lunar Hathor regia o amor, a beleza, a união e a fertilidade e, casar-se durante sua celebração na Lua Cheia, garantia sua bênçãos para o casal.
Também no Egito, celebravam-se as deusas Ísis e Neith, com o Festival das Lanternas, enquanto que na Índia, um festival exclusivo de mulheres homenageava a deusa Parvati.
Na Grécia antiga, durante a Lua Nova, celebrava-se Ártemis - a deusa lunar padroeira das florestas e dos animais -, as Horas - deusas menores das estações - , e as Dríades - as ninfas das árvores.
Em Roma comemoravam-se as deusas Carna - da saúde -, Cardea - a protetora das casas - e Hera e Vênus - as padroeiras das mulheres e do amor.
Os povos nativos norte-americanos festejam, neste mês, o retorno das Kachinas, os espíritos ancestrais da natureza para a sua morada subterrânea, após terem proporcionado o crescimento da vegetação.
Os incas celebravam Inti Raymi, a Grande Festa do Sol e a gratidão pela colheita do milho.
à deusa Juno
em ti, bendita Juno,
a consagração do mês das regas e das colheitas,
a que concedeste a nobreza do teu sacro nome.
um mês de solstício, de casamentos e namorados,
de suculentos frutos e legumes,
de santos populares e fogueiras,
mês da foice em punho e do flavo trigo nas eiras.
é este o teu mês,divina Juno,
e nele quero relembrar e honrar o teu bom-nome
e deixar o meu testemunho.
belas e rociadas de plenitude
as noites e as antemanhãs
que nos concedes na quietude dos dias.
na beleza dos teus olhos,
a embriaguez azul
da infinitude dos céus,
a mesma luz que ofusca e inebria
os humanos e os deuses.
em teus purpurinos lábios
o incitamento ao beijo.
no teu corpo divino
o amor, o desejo, a beleza,
a força feminina
que gera a vida
e canta a natureza.
zelosa em teu himeneu com Júpiter,
único no Olimpo,
proteges, na tua graça,
como se fora teu,
o casamento de todas as mulheres,
que acolhes e amparas no teu coração.
a ti, deusa da maternidade,
elevo a minha voz e o meu olhar e ofereço,
na modéstia dos simples,
o meu humilde verbo.
a ti, Luno - ou Hera -
rainha dos deuses
que cintilante nos surges
na tua clâmide de oiro e estrelas,
ergo a minha taça de vinho romano
- ou grego, tanto faz!–
e brindo à tua pureza,
à tua sensualidade,
à tua excelsa beleza,
na infinidade do Olimpo arcano
de onde sopram os ventos da paz
e onde tudo é claro e exato
e imponente e não efémero,
porque divino, e não humano.
poesia publicada por peregrino copiado do blog: peregrino21.blogspot.com
kkk bizaro mas adorei
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