Pesquisar neste blog

A principal fonte dos textos postados aqui é da Internet, meio de informação pública e muita coisa é publicada sem informações de Copyright, fonte, autor etc. Caso algum texto postado ou imagem não tenha sua devida informação ou indicação, será escrito (autoria desconhecida). Caso souberem, por favor, deixe um comentário indicando o ou no texto, ou caso reconheçam algum conteúdo protegido pelas leis de direitos autorais, por favor, avisar para que se possa retirá-lo do blog ou dar-lhe os devidos créditos. Se forem utilizar qualquer texto postado aqui, por favor, deem os devidos créditos aos seus autores. Obrigada!

Abençoados sejam todos!

1 de dez. de 2011

Deusas: Sehmet e Hathor

Sekhmet e Hathor são, na verdade, duas dimensões da mesma Deusa. Embora Sekhmet e Hathor sejam ambas grandes Deusas de poder dignas de respeito e admiração, desejo desmistificar algum do medo que rodeia, particularmente, Sekhmet, resultante do seu mito.
Alguns poderão estar familiarizados com o mito dos filhos de Rá que se tornaram imorais e desrespeitosos para com o Deus Rá. Diz-se que Ele enviou Sekhmet, o “Olho de Rá”, de forma a erradicar este elemento corrupto instalado entre os filhos de Rá. A história desenrola-se com Sekhmet procedendo a uma matança, dizimando populações inteiras. Diz-se que, para horror dos Deuses, incluindo Rá, o apetite de Sekhmet não pôde ser saciado até que Rá invocou o Senhor (Lord no original) Thoth ou Tehuti para intervir. Misturaram tinta vermelha com cerveja e espalharam esta mistura pelo deserto, perto da [zona de] mais recente atividade de Sekhmet. À medida que bebia a cerveja vermelha, ia ficando inebriada e desmaiou. Como resultado deste estado alterado, quando voltou a si, estava transformada em Hathor, a Deusa Solar da Alegria; uma Deusa cheia de paixão, também expressada na sua manifestação como Deusa Cobra, que protege a coroa e a visão do Faraó.
Contudo, o que me parece que este mito nos indica não é a história da ira selvagem e imprevisível da divindade feminina que deve ser apaziguada de alguma forma. Sandra Ingerman, autora de “Medicina para a Terra” ["Medicine for the Earth" no original] discute no seu livro um estado xamânico reminiscente dos elementos destrutivos de Sekhmet neste mito. Este fenómeno é experimentado inter-culturalmente naquilo a que Ingerman se refere como a viagem xamânica de “Desmembramento”. A autora dedica um capítulo inteiro às suas experiências com estas formas de cura e transformação xamânicas e como muitos dos seus alunos experimentaram isto de forma espontânea mesmo antes de qualquer treino formal ou estudo de cura xâmanica.
É isto que creio que Sekhmet nos tenta dizer e demonstrar no seu mito como uma e a mesma no desmembramento xamânico. Ingerman explica que, nas viagens de “desmembramento”, as pessoas experimentam, frequentemente, a sensação de ter os seus membros separados do resto do corpo por um animal, por exemplo, ou de se sentirem de alguma forma reduzidos apenas a esqueleto. O processo de desmembramento simboliza a nossa necessidade de nos desprendermos e de nos aliviarmos de todas e quaisquer limitações em nós mesmos, nas nossas vidas e na nossa psique para experimentarmos e unirmo-nos com a luz do Criador, no sentido mais puro. Trata-se de uma viagem de rendição dos nossos medos de forma a experimentar uma total ligação e união com o divino. Carregamos apegos e fardos a tantos níveis: físico, mental, emocional e espiritual. De acordo com a egiptóloga Rosemary Clark, Sekhmet é a Deusa da Purificação e, mantendo a mesma linha de pensamento da interculturalidade da experiência de desmembramento xamânico, Sekhmet facilita a aniquilação total das energias, comportamentos e consciências auto-sabotadoras que carregamos consciente ou inconscientemente. Estas percepções e falsas crenças sobre quem somos distraem-nos da ligação consciente com a nossa parte divina, a Luz tal como simbolizada no Deus Rá, ou Isis, o feminino de Rá. Este esplendor poderoso, penetrante é o que Diane Stein chama no seu livro Confiança na Luz, a “Luz para além da Deusa”; é a luz pura da criação. Quando aí nos unimos, os rótulos e percepções do ego desaparecem. Em tal esplendor não são mais necessários. Tornamo-nos de novo puros como crianças, no que diz respeito a não nos preocuparmos com o que os outros pensam de nós, estamos apenas fundidos na consciência e estado do “ser” do Divino Feminino.
A transição de Sekhmet para a personagem de Hathor no mito, exemplifica o que nós, como indivíduos, atingimos quando pomos de lado os nossos fardos e toda a bagagem de desprezo do ego negativo. Hathor não nos permitirá tornarmo-nos “Júbilo” ou “Luz”, enquanto não deixarmos para trás de lado todos esses fardos, energias impuras e crenças incorretas do ser e nos rendermos totalmente. Contudo, isto não é um processo simples. Alguns referem uma agitação interior como “lutar contra os seus demónios” e “a noite escura da alma”. Isto é a Deusa Sekhmet a levar-nos através de um processo de purificação para que possamos voltar para a verdade de quem somos. É isto que a Luz de Rá e o Júbilo de Hathor simbolizam; a verdade da nossa natureza divina da qual de alguma forma nos afastámos e esquecemos.

fonte: http://www.sintoniasaintgermain.com.br/Sekhmet_Hathor.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário