Imagem by ©Nicole Cadet
Eu Sou a lua decrescente,
A Deusa que se despede da terra.
Na Primavera, procurei o meu Senhor, e com ele me deitei sob as árvores e as estrelas.
Em Beltane, casei com o meu Senhor,
Debaixo dos primeiros ramos das acácias.
E no verão, Fiz amadurecer as maçãs nos pomares,
E os frutos cresceram redondos e fortes, como a semente no meu ventre.
Aquando da colheita do trigo,
Eu abati o meu Senhor para que, pela sua morte, o nosso povo possa ser alimentado.
E atualmente, em Outono, desço para o reino de baixo,
Para residir com o meu Senhor no seu sombrio reino,
Até que a nossa criança nasça.
No Solstício de Inverno, porei ao mundo a criança e reviverei a vossa esperança,
E em Imbolc estarei eu mesma de regresso, para renovar a terra.
Deixo-os mas retornarei para vocês.
Quando virem o meu poder diminuir, e as folhas das árvores cai;
Quando a neve apaga, como a morte, qualquer vestígio de mim sobre a Terra,
Então procurem-me na Lua, e lá nos céus vereis a minha alma,
Elevar-se devagar entre as estrelas.
E neste sombrio período, quando a Lua está coberta pelas sombras,
E que não há nenhum vestígio de mim no Céu ou sobre Terra;
Quando olharem para fora e que as vossas vidas pareçam frias, sombrias e estéreis;
Não permitem que o desespero corroa os vossos corações.
Porque quando estou escondida,
Apenas estou a renovar-me;
Quando declino, preparo-me para retornar.
Recordam a minha promessa e olhem no vosso interior,
Pois lá, encontrará o meu espírito, aguardando aqueles que me procuram;
Porque perto da fonte do vosso ser,
Eu sempre espero por vós.
Tripla eu sou;
Uma em Três;
O meu corpo a Terra, a minha alma a Lua,
E no interior do teu Ser mais profundo,
O espírito eterno,
O meu.
©Vivianne Crowley, traduzido e livremente adaptado por Brydea
fonte do texto e foto: http://murmuriosdasbrumas.blogspot.com.br/search/label/Mabon
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